[12] Sete minutos no paraíso

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#YvesFrancesa

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As risadas baixas eram comprimidas por suas próprias mãos, Jiwoo sentia seu corpo ferver, era uma sensação diferente de todas as outras. Não sabia dizer se pela bebida, pela companhia, ou por todas as emoções do dia, mas se sentia satisfeita, como se finalmente as coisas pudessem ser mais alegres e claras.

Parecia que Dongsan era o seu maior problema, apesar de amar tanto o pequeno cubículo.

O corredor do dormitório havia chegado ao fim, e finalmente estavam em frente a porta do que seria o quarto de Chuu, o 919.

— Está entregue, senhorita. – A voz ligeiramente rouca disse em seus ouvidos, as mãos desgrudavam das suas e iam em direção a sua nuca.

Deixou um beijo em seu pescoço, subindo para seus lábios, os quais despejou milhares de outros, como se tivesse achado seu sabor favorito. Kim não podia negar que gostava, era intenso, forte, viciante. Mas faltava algo, que ela não sabia o que era, porém, iria descobrir.

— Preciso ir. – Jiwoo sussurrou contra os lábios da morena, dando um último selinho antes de tentar abrir a porta.

Fechada. A porta estava trancada, teria que bater e acordar quem estivesse lá. Deu três batidas, com medo de que não fosse nenhuma de suas amigas, ou que acabasse sendo algum dos garotos da sua sala. Seria no mínimo constrangedor.

Seus olhos intercalavam entre a porta de madeira fria e os olhos grandes e castanhos da garota. Estava levemente nervosa, e seus nervos ficaram ainda mais a flor da pele quando os passos se aproximaram da porta, e finalmente conheceu a pessoa com quem iria dividir quarto.

Yves parecia energética, apesar de que havia algo levemente apático em seus olhos. Seus cabelos curtos estavam desgrenhados, percebeu aí que Sooyoung havia os cortado mais uma vez, estavam jogados para o lado, e vestia apenas um top de alça preto e uma calça de moletom, que parecia ser colocada às pressas, pois estava abaixo da cintura, mostrando boa parte de seu quadril. Carregava na mão direita uma garrafa de vodca, e em outra, um cropped de cor rosa.

Jiwoo reconheceu a roupa em apenas alguns segundos. Lembrava perfeitamente quem a usava. Yves não estava sozinha no quarto. E Chuu estava prestes a xinga-la pelo resto da noite.

— Não faço a menor ideia de quem está na merda desse quarto, mas se não for embora agora, eu juro que arranjo algum jeito de te ferrar. – disse baixinho, próximo ao rosto de Sooyoung.

A francesa mantinha a mesma expressão de raiva e apatia, encarava a acompanhante de Chuu com certa raiva, porém já sabia o que deveria fazer. Olhou para trás, como um sinal para que a garota deixasse o quarto. E voltou a encarar as duas garotas.

— Bem-vinda ao seu quarto, Chérie. Te esperei a noite inteira. – falou com um sorriso ladino em seu rosto.

Ryujin respirou fundo, revirando os olhos.

Si attrayante et si stupide, maintenant je comprends tout ce qu'elle m'a dit. – Shin comentou, olhando para Yves. — Vou embora, Jiwoo. Até amanhã...

— Você sabe falar francês? Acho que é um karma... – pensou alto.

— Aulas particulares. – explicou de forma simples.

O Amor (não) é Uma CorridaOnde histórias criam vida. Descubra agora