Capítulo 3.

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capítulo revisado.

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capítulo 3.

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Pouco tempo depois chego na casa, apesar de estar com a leve sensação de estar sendo observada durante todo o caminho

Óleo mais uma vez para foto na entrada, Analisando bem aqueles três rostos e me lembrando da mentira de Rosa

Encontro ela na cozinha, cortando algumas batatas.

--Oi Rosa. Eu falo me aproximando

--Oi querida.. Ela fala abrindo um pequeno sorriso para mim

pode ter mentido para mim, mas parece ser um doce de mulher.

--o que você está fazendo?. --posso te ajudar em alguma coisa?. Eu pergunto olhando para ela

--eu estou fazendo sopa, não precisa me ajudar mas se você quiser pode cortar as cenouras para mim.

--Eu amo cozinhar, especialmente na área da Confeitaria. Eu falo fazendo os olhos dela se entristecerem um pouco.

Me aproximo da bancada pegando as cenouras para cortar.

--a Débora também era apaixonada por Confeitaria, durante o curso cada receita nova que ela criava o Eric servia de cobaia para os testes malucos da minha menina. Ela fala abrindo um sorriso me fazendo imaginar o quanto os dois foram felizes.

me lembro da mentira, decidindo confrontá-la.

--Rosa, você não gostou de mim?. pergunto cortando a segunda cenoura que está na bancada

--por que você está me perguntando isso?. --É claro que eu gostei de você!.

--Então por que você mentiu para mim?, você me falou que todos eles tinham morrido e eu soube hoje na Confeitaria que o Eric está vivo.

--fiquei sabendo de toda a história do assassino, o acidente.. -gostaria de entender o motivo da mentira.

--Existem várias formas de morrer querida, infelizmente o meu menino morreu junto com a esposa e a filha naquele acidente. --o homem que saiu daquele hospital não era mais ele, não reconheço mais o menino que eu criei como filho. Ela fala com os olhos marejados.

--Você sabe aonde ele está Rosa?. questiono.

--não querida, os únicos que sabem onde ele está são o Rodrigo e o Levi. --os dois foram incumbidos da missão de cuidar dele, onde quer que esteja. --eu lavo as roupas dele, às vezes ele manda pedir alguma comida que gosta através do rodrigo, enfim, mas ele não quer me ver. --diz que é para o meu bem, ele saiu de casa para poupar a mim e ao leonardo de vê-lo daquela forma, nos livrando também dos rumores que essa maldita cidade faz sobre ele. --mas não é bom para uma mãe, ficar longe de um filho por pior que seja sua situação. Ela fala chorando

--ô Rosa, não fica assim!. Eu falo abraçando ela

--eu oro por ele todos os dias, oro para que aceite me ver, sinto muita falta do meu menino!. Ela diz, evidenciando o grande amor que sente por aquele homem.

--vou colocar ele nas minhas orações Rosa, vamos orar para que Deus toque no coração dele e traga o seu menino de volta. Eu falo abraçando ela com mais força

Ela se acalma voltando a cortar as batatas

--essa pergunta vai doer mas eu preciso perguntar. --você acha que é ele quem está matando essas pessoas?. Eu falo cortando a última cenoura e colocando na panela que já está fervendo

--o Eric que eu criei jamais faria isso, como ele mesmo dizia, nasceu para salvar vidas. --mas eu tenho dúvida às vezes, ele mudou completamente eu não sei do que ele é capaz agora que está totalmente fora de si. Ela fala mexendo a sopa.

esse homem deve estar completamente destruído mesmo, para chegar ao ponto de se tornar irreconhecível para mulher que diz tê-lo criado como filho.

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Vou até meu quarto, depois de tomar um banho e me trocar vou até o quarto dos meus pais para levar o pão de mel que eu comprei especialmente para eles, os dois são duas formiguinhas.

Os olhos da minha mãe brilham ao ver a caixa nas minhas mãos, ela pega rapidamente com aquele sorrisinho de criança que eu amo.

Antes de mim, meus pais tiveram um casalzinho de gêmeos mas os dois morreram em um acidente de carro. Eu fui um verdadeiro milagre na vida dos meus pais porque minha mãe não podia mais engravidar.

-O que tem aí meu bem?. Meu pai indaga se aproximando da porta do quarto.

--não é nada meu amor. Minha mãe fala tentando esconder a caixa de pão de mel atrás de si enquanto eu tento segurar o riso

Meu pai viu de relance a caixa nas mãos da minha mãe, olhando para ela com olhar suplicante.

--Rebeca quando nós nos casamos nos tornamos uma só carne, Então você não tem o direito de fazer isso comigo!. Ele fala me fazendo rir juntamente com minha mãe que abraça ele logo em seguida

--aonde foi que você aprendeu a fazer drama tão bem Tiago pelo amor de deus?. Minha mãe pergunta rindo.

--foi meu tempo de convivência com você, amor da minha vida. Meu pai fala fazendo minha mãe lançar um olhar assassino para ele.

--minha filha você pode sair rapidinho só enquanto eu mato o seu pai?. --Eu prometo que assim que eu terminar eu vou lá falar com você tá bom?. Minha mãe fala me fazendo rir.

--amo vocês!. Eu falo voltando para o meu quarto

A viagem foi extremamente cansativa, E como eu já tinha comido na confeitaria Decidi não jantar. Me jogo na cama deixando o sono me vencer.

a bela e a fera, granville livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora