Capítulo 7.

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capítulo 7.

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isabela.

Na manhã seguinte, Me levanto e sigo para cozinha para tomar café, todos os funcionários da casa estão comendo juntamente com meus pais.

Leonardo, o filho de Rosa tem por volta dos 15 anos, é um menino bem extrovertido, não fala muito mas quando fala faz todos rirem.

--Bela, você sonhava em viver uma história igual à da Bela e a Fera quando você era criança?. Leonardo indaga.

--contanto que meu pai não fosse aprisionado por uma fera ou que ele não roubasse a Rosa de uma fera por minha causa sim, já sonhei sim. Eu falo fazendo minha mãe rir.

--isso nunca poderia acontecer minha filha, a Fera devolveria o Tiago em menos de um dia porque pense num homem dramático!. Minha mãe fala fazendo todos rirem enquanto meu pai olha para ela com um olhar reprovador.

--ai ai Rebeca, ai ai. Ele fala.

--a conversa está ótima, vocês foram os melhores Inquilinos que essa casa poderia ter, os outros eram muito sérios. -não queria ter que sair assim mas eu preciso ir para confeitaria e os outros vão fazer as compras do mês. Rodrigo fala rindo.

--falando na Confeitaria Rodrigo, Eu gostaria de pedir um Emprego, eu tenho curso de gastronomia e minha especialidade é doces. Eu falo enquanto ele se levanta da mesa.

--Ok Bela, vou dar uma olhada no quadro de funcionários e te dou uma resposta assim que eu voltar. Rodrigo fala se retirando.

Os outros funcionários também se retiraram e minha mãe foi para primeira reunião com As Irmãs do Círculo de Oração da Igreja.

Meu pai ligou para o Isaac e pouco tempo depois ele chegou.

--nós vamos nos separar e procurar cada um em um lugar ou vocês acham melhor irmos todos juntos nos dois lugares?. Eu pergunto.

--vamos todos juntos, em grupo vai ser melhor para procurar. Isaac fala e meu pai concorda balançando a cabeça.

--vamos começar pelo Terceiro andar em seguida vamos para o porão. Meu pai fala pegando o molho de Chaves dentro do armário perto da escada.

O terceiro andar é composto por dois quartos então Nós entramos no primeiro.

Não tem  nada, só dois armários.

O primeiro está cheio de roupinhas de criança, brinquedos, e algumas fotos da pequena Ana.

O segundo armário está repleto de livros, roupas de mulher, e fotos da Débora.

parece ter sido uma mulher muito alegre, que demonstrava muito amor pelo marido e pela princesinha que tinha como filha, apenas no olhar.

a beleza da criatura era de dar inveja a qualquer mera mortal como eu.

--o Eric não está aqui, Esperamos que ele esteja no outro quarto. Isaac fala trancando a porta.

Entramos no segundo quarto e a cena é muito triste, não encontramos o Erick mas encontramos várias cartas que ele escreveu durante o tempo em que ficou recluso aqui dentro.

-o que eu daria para não ter acontecido esse maldito acidente?. -o que eu daria para ter morrido no lugar delas?. -deveria ter aceitado o convite dela, deveria ter ido para igreja com ela uma semana antes do acidente, talvez ela não estivesse morta agora, nem ela, nem o nosso bebê surpresa..

--a Débora era Cristã?. Eu pergunto, depois de fazer a leitura da primeira carta que encontro.

Isaac abre a segunda carta.

--minhas cicatrizes estão doendo, mas a culpa que eu estou sentindo é muito maior do que as dores; talvez essas sejam minhas últimas palavras porque sinto que já estou perdendo até mesmo minha lucidez. Isaac lê a carta em voz alta e eu não consigo deixar de me emocionar.

Vou começar a orar por esse homem, ele precisa de ajuda.

Meu pai abre mais uma das cartas que estão espalhadas pelo armário.

--eu matei os três. --A dor pela morte da Débora já é absurda, mas a dor pior é pela morte dos meus filhos!. --eu não vou poder implicar com os namoradinhos da Ana, não vou ver o rosto do meu outro filho que morreu graças a mim. --Acho que não existe dor pior do que ver sua filha de 2 anos dentro de um caixão e saber que eu não vou mais ouvir minha Ana me chamando de papai. --a Rosa me sugeriu procurar tratamento psicológico, mas vou pagar pela morte da minha família até o fim da minha maldita existência!. --a lembrança da minha filha tão pequena, tão linda naquele vestido rosa dentro daquele caixão vai ser uma coisa que eu vou guardar para sempre para me lembrar do fracasso de marido e pai que eu fui. Meu pai ler a carta em voz alta e nós três não conseguimos evitar as lágrimas, especialmente o meu pai que conhecemuito bem a dor do Erick já que ele havia enterrado meus dois irmãos que tinham a mesma idade da Ana quando morreram.

--Que Deus tenha misericórdia dele. Isaac fala.

-é verdade isaac,, a dor da perca de um filho é a pior do mundo, você se sente no fundo do poço. meu pai diz de forma complacente.

nas outras cartas só tem os nomes das duas, ele já não estava em seu juízo perfeito

Chegamos ao porão e tudo que nós vemos é várias máscaras vermelhas espalhadas pelo chão

--pelo amor de Deus, nós estamos lidando com um verdadeiro psicopata. Isaac fala olhando para as máscaras que estão no chão

--e agora?, voltamos à estaca zero?. Meu pai pergunta.

--por enquanto sim pastor, mas nós não vamos parar até descobrir Aonde esse homem está. Isaac fala.

já não estou me aguentando de curiosidade para encontrar e conhecer essa criatura.

qual será a sua reação ao me ver?.

a bela e a fera, granville livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora