Capítulo 48

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capítulo 48.

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capítulo narrado por um psicopata, podendo lhe trazer gatilhos.

ulisses.

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Morei com meus pais biológicos até os meus quatro anos, quando fui deixado no orfanato, os motivos poderiam ser traumatizantes para você, que provavelmente tem uma mente um pouco normal. Mas me trouxe descobertas, novos horizontes e alguns hábitos não muito convencionais.

o trauma infantil foi convertido em descobertas da melhor forma de viver.

Meu pai biológico abusava da minha mãe na minha frente, espancava ela, me espancava também, já jogou água fervendo em mim só para ter o prazer de me ver gritando de dor. Não julgo ele, provavelmente se fosse pai faria a mesma coisa. Aquilo doía, doía muito.

a débora e a isabela me fazem lembrar da minha mãe, o jeito era tão puro que quase me cativava.

como toda mulher presa em um relacionamento abusivo, minha mãe sabia que não podia contar com as leis brasileiras, que a deixariam ao relento e futuramente seríamos mortos por ele que tinha o mesmo nome que eu.

Um dia, quando ele chegou em casa espancou ela até a morte. Eu ainda me lembro que ele batia a cabeça dela na parede do quarto deles, destruiu ela completamente até matar.

Depois de acabar com ela, ele foi até a sala aonde eu estava, se cortando na minha frente. Aquilo foi fascinante, doeu ver ela morrendo mas no caso dele foi ótimo.

aquele corpo em decomposição me fascinou de tal maneira eu queria ver aquilo de novo, fazer com alguém a mesma coisa que ele tinha feito com minha mãe.

o conselho tutelar me encontrou cinco dias depois, trazendo-me para granville.

A Rosa bem que tentou procurar assistência psicológica para mim quando era criança mas a diretora do orfanato ignorou todos os pedidos que ela fez dizendo que eu parecia bem e que não era necessário. Claro porque a prioridade da justiça assim como daquele orfanato era o meu bem-estar não é mesmo?

Quando cheguei no orfanato, conheci o Eric. Até aquele momento juro para você que tinha ele como um irmão mas tudo começou a ficar complicado quando ele começou a roubar tudo que era meu.

Com 8 anos, fui adotado pelos meus pais adotivos. Mais uma vez tive o doce prazer de ser criado por uma mulher que realmente me deu carinho assim como mais uma vez fui parar em uma família com marido abusivo que não só torturava ela como fazia o mesmo comigo.

Quando tinha 15 anos, mandei o Levi afrouxar os freios do carro daquele verme, foi meu primeiro crime e foi muito satisfatório também.

Ninguém suspeitou de mim, então pude viver tranquilamente.

Agora, vamos falar da minha doce Débora.

pela débora eu até seria capaz de matar, ao menos por um tempo até que ela estivesse manipulada e presa totalmente na minha teia de aranha.

Levei ela na formatura do Eric, que até aquela época como eu já disse era meu irmão. Os dois se conheceram começaram a se aproximar e eu percebi que estava perdendo ela. Isso se confirmou no maldito dia em que o amor da minha vida Chegou na minha casa com uma aliança dada pelo Eric, então meu ódio por ele começou.

Convivi com eles, realmente tinha a Ana como minha sobrinha, estava me preparando para um dia me tornar o pai dela quando terminasse meu plano para matar o Eric. Acredite ou não, não é fácil matar um irmão que por um lado eu ainda tenho um certo amor por ele. Amo pois ele sempre esteve do meu lado mas ao mesmo tempo odeio porque ele sempre roubou tudo o que é meu.

a bela e a fera, granville livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora