Capítulo 16.

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capítulo 16.

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isabela.

olhando por esse ângulo dá para entender ele, não está preocupado comigo mas muito traumatizado para me deixar sair daqui antes da chuva parar

--Eric, a chuva pode não parar hoje. Eu falo com a voz Suave direcionando um olhar compreensivo para ele.

--se a chuva parar daqui a 20 anos você só vai sair daqui daqui a 20 anos, não quero carregar mais uma morte nas minhas costas. Ele fala mostrando a dimensão dos traumas que tem.

--tudo bem, só vou avisar para o meu pai para ele não ficar preocupado. Eu falo abrindo a bolsa pegando meu celular.

Mandei mensagem para ele que ficou de avisar para minha mãe, ele disse que o Eric está certo porque o céu está desabando lá fora.

Comesso meu devocional abrindo a pequena Bíblia que tenho dentro da bolsa, ele me olha atentamente.

--Você também faz isso?. --a Débora costumava ler a Bíblia para Ana toda noite. --ela costumava ler as historinhas para ana, minha filha até perdia o ar de tanto rir com a forma divertida que a mãe contava as histórias bíblicas.. Ele fala com a dor refletida na voz.

imagino a mulher alegre contando as historinhas para filha, meus pensamentos vão a uma menininha que provavelmente ouvia as histórias segurando um ursinho de pelúcia e gargalhando como uma hiena.

um pequeno sorriso escapa dos meus lábios, apenas em imaginar a linda cena, tendo em vista a beleza de mãe e filha na foto que encontra-se na sala da mansão.

--sim, Eu gosto muito de ler a Bíblia. Eu falo sorrindo.

uma dor sobre humana me atinge apenas em imaginar todo o sofrimento desse homem.

quantas noites frias deve passar aqui sozinho desejando apenas voltar no tempo e recuperar a família que tanto ama?.

--ela começou a falar de Deus para mim, mas não conseguiu terminar por quê. Ele fala não conseguindo concluir a frase me fazendo ficar com o coração apertado.

--Oh Eric.--praticamente não te conheço mas Acredite, eu sinto muito. procuro demonstrar complacência em minhas palavras, mesmo sabendo que isso não vai mudar em nada a opinião que tem sobre mim

--isso não vai trazer as duas de volta, muito menos tirar a minha culpa do que aconteceu. Ele fala com amargura.

--você não teve culpa nenhuma, eu tenho certeza que se elas estivessem aqui não gostariam de ver você se culpando desse jeito.

--isso não importa. Ele fala demonstrando que já está exausto de falar desse assunto e eu também não vou insistir.

Coloquei o nome dele no meu caderno de orações, sei que Deus tem um plano na vida dele.

--você faz isso todo dia?. Ele pergunta olhando para Bíblia e o caderno que agora estão fechados e eu estou guardando os dois dentro da bolsa.

--todas as noites para ser mais precisa. Eu falo fechando a bolsa.

--a chuva já está parando Isabela. Ele fala me fazendo sentir uma vontade imensa de saber o que está se passando naquela cabecinha.

--eu já posso ir embora?. pergunto.

--já pode ir. Ele fala e eu me levanto.

sob a supervisão silenciosa de eric, organizo a bagunça que procrastinei sem imaginar que ficaria mais tempo do que o esperado aqui.

fico feliz por terminar de arrumar tudo, sabendo que em breve estarei no conforto dos meus lindos lençóis de veludo

estou morta de cansaço!.

ele se levanta, me acompanhando até a porta da Confeitaria que estava fechada obviamente.

--O que você achou da minha companhia?. Eu pergunto sorrindo.

meu sarcasmo é uma parte minha que nasceu de forma incontrolável, ou seja, não sei o significado da palavra filtro e não posso deixá-lo a sós em sua própria companhia sem estressar antes.

--suportável. Ele responde secamente.

--muito obrigada pelo elogio Eric. Eu falo me retirando.

Nota da autora.

Pelo visto Alguém passou de insuportável para suportável não é mesmo senhor Eric?.

Até o próximo Capítulo meus amores!.

a bela e a fera, granville livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora