Capítulo 3

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Hoje era o dia da visita dos pais,e por um motivo que não sei qual eu não sei porque aceitei ajudar Félix e alguns outros estudantes a organizarem o Campus para a chegada dos pais, eu deveria ter recusado o pedido de Félix e ter simplesmente me trancado no quarto e chorado como eu chorava todos os messes nas visitas dos pais sabendo que os meus pais não viriam nem vovó Elisa. Eu estava forrando algumas mesas de piquenique no Campus com toalhas de masa xadrez até que eu ouço um grito animado que eu reconheceria em qualquer lugar.
-Natasha! Amy parou ao meu lado sorrindo de orelha a orelha.
Pela primeira vez em muito tempo eu não gritei apenas a ignorei continuando a forrar as mesmas.
-Por favor, fale comigo eu realmente sinto muito a sua falta, não só eu mas todos os nossos amigos. Olhando de esguela para Amy eu vi que o seu alegre sorriso tinha sumido e agora os seu olhos demonstravam profunda tristeza. Eu fechei os meus olhos e suspirei, eu realmente queria gritar para ela ir embora. Me virei e forcei um sorriso.
-Amy porque que você não tira esse seu rabiosque daqui dando meia volta volver e indo embora? Perguntei ironicamente arqueando uma sobrancelha. Os olhos de Amy estavam brilhantes pelas lágrimas que denunciavam cair. Eu realmente a tinha magoado mas era melhor assim. Lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Amy, ela limpou as lágrimas e disse:
-Desculpa, eu não vou mais te encomodar. Ela foi embora correndo. Puxa eu realmente a magoei. Mas o que eu podia fazer? Eu não quero gente sendo morta, muito menos os meus amigos. Mas afinal de contas quem quer que essa pessoa seja, porque ela matou todas as pessoas que amo? E porque ela quer me matar também? Eu nunca fiz mau a ninguém, nem a uma mosca. Será porque eu sou filha de Esther? Possivelmente sim. Respondeu a minha pergunta o meu subconsciente. Essa pessoa quer acordar um grande mau. Vovó Elisa disse quando falou comigo no meu quarto, mas que mau era esse? Eu iria descobrir e iria vingar a morte de todas as pessoas que eu amava.
    Ficar no meio de todos aqueles pais com os seus filhos era muito desconfortável. Eu estava sentada numa mesa de piquenique sozinha beberiscando um copo de limonada, olhando para a porta de entrada para o Campus a espera que os meus pais ou vovó entrassem, mais a não ser que eu morra eu os veria. Eu vi Daniel olhar para mim e me lançar mais um dos seus sorrisos sexys que já estavam me irritando faz uma semana. Ele desvia o seu olhar de mim para abraçar dois idosos, uma mulher com um longo e grosso cabelo grisalho, e um homem careca e barrigudo. Pelo menos ele tem alguém, ao contrário de mim. Pensei e ri amargamente. Daniel direccionou os idosos até uma mesa de piquenique próxima a minha, ele se virou mais uma vez para mim e sorriu. Revirei os olhos e mostrei o dedo médio para ele que riu.
-Natasha. Ouvi uma voz familiar me chamar. Eu em viro e vejo Agnes perto de mim.
-Oi. Comprimento bebendo mais um pouco da minha limonada.
-Não estás desconfortável? Ela perguntou se sentando ao meu lado. Agnes astava mais linda do que nunca. Já não usava mais os seus vestidos compridos, mais sim uma saia preta, uma blusa branca de cetim e um salto alto preto. Seus cabelos pretos estava soltos por volta do seu pescoço em lindas ondas.
-Você  quer que eu seja sincera? Perguntei por fim ríspida.
-Sim. Disse Agnes firmemente.
-Sim, eu me sinto desconfortável. Respondi.
-Eu sei que estás a sofrer....... Começou Agnes mas eu a cortei irritada.
-Não! Você não vai começar com esse papo que todos nós já perdemos alguém que amamos, porque eu não  perdi apenas uma mas várias pessoas, e essa pessoa que mandou Alisha mata-los ainda está a solta por aí e se eu a encontrar não sei o que poderá acontecer. Disse com raiva que me preenchia por completo. Eu mais parecia uma pessoa irracional do que racional, mas isso não me importava porque eu era capaz até de matar para vingar a morte de todos que eu amava. Agnes me olhava com a testa enrugada de preocupação.
-As feiticeiras supremas não são assim criança. Ela disse me deixando ainda mais irritada.
-Mas porque diabos vocês me chamam de criança?! Não sou nenhuma criança, e eu não sou vocês para me comportar como se tudo estivesse bem. Falei e me levantei indo no prédio dos dormitórios pisando duro. Me joguei na cama e explodi em um choro. A minha vida estava realmente uma droga. Alguém abre a porta do quarro fazendo com que a luz do corredor irradie para denteo do quarto escuro por causa das cortinas passadas. Piscando várias vezes eu vejo quem é.
Droga e Daniel.
-Porque choras? Ele perguntou docemente se sentando ao meu lado na cama.
Eu funguei e sem perceber eu já estava com a cabeça no peito largo de Daniel manchando toda a sua camisa branca.
-Eu não quero falar sobre isso. E hã, desculpe pela sua camisa. Me desculpei me afastando dele.
-Não. Ele me puxou novamente para perto dele. -Você pode chorar e manchar a minha camisa quando quiseres. Ele disse fazendo eu sorrir.
-O seu sorriso é muito bonito. Elogiou Daniel.
De repente eu percebi o que eu estava fazendo e me afastei bruscamente de Daniel. Ele me olhou confuso.
-Vai embora! Gritei.
-O que? Ele perguntou frazindo a testa.
-Você ouviu, vai embora! Gritei. Ele se levantou carrancudo e saiu porta à fora me deixando sozinha novamente.
Eu não podia me apaixonar por ele, não mesmo. Repeti isso várias vezes não minha cabeça sem conta. 
   No dia seguinte na aula de  feitiço Daniel ainda me lançava os seus sorrisos sexys que eu ainda ignorava. Eu estava dando o máximo de mim para me concentrar na aula do professor Bartolomeu que estava profundamente encantado com a facilidade com que eu manuseava os quatro elementos. Como hoje a aula seria com a terra nós não estávamos na sala de aula, mas sim no Campus. Bartolomeu estava nos  explicando como fazer uma barreira de terra, que pelo menos eu achava que era moleza de fazer, já os outros alunos estavam tentando fazer e sem sucesso me olhavam me lançando olhares nada animadores, que eu aliás ignorava mais do que eu ignorava Daniel.
Amy ainda estava profundamente magoada, eu sei disso porque eu podia ver no seu olhar toda vez que ela me olhava mas o que eu podia fazer? Eu não arriscaria a vida das últimas pessoas que me restavam.
-Você tem de lá voltar! Gritou o fantasma de uma mulher ao meu lado enquanto eu almoçava. O fantasma tinha um cabelo vermelho curto e uns assustadores olhos cinzas mortos.
-Voltar para onde? Perguntei em um sussurro irritada.
-Para o cemitério. Respondeu a mulher. -Sua irmã quer ver-te.
Aline? Quando eu olhei para o meu lado o fantasma já não estava mais lá. Me levantei e corri porta à fora do refeitório. Eu tinha que falar com Aline, talvez ela saiba quem é a pessoa que mandou Alisha matar todas as pessoas que eu gostava. 

Academy of the guardian. Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora