-Isso é muito perigoso, Natasha. -Disse Daniel pela milionésima vez. Nós estávamos deitados na cama dele abraçados. Se passou três dias desde que eu contara a Agnes que estava ao lado dela mas o problema era: Agnes não falara comigo nesses três dias sobre esse assunto, e eu preciso que ela fale sobre o seu próximo passo para saber como agir.
-Você pode se machucar. -Continua ele quando vê que eu não iria falar nada. -Eu não suportaria ver você machucada.
-Shhh. -Coloco um dedo em sua boca para cala-lo. Olhei para o rosto familiar do meu namorado. Os seus olhos cinzas brilhantes sempre enormes, o seu maxilar forte e quadrado, os seus cabelos pretos desgrenhados e seu nariz recto. Ele é bonito é claro. Não é apenas a beleza dele que me encantou mas também a sua personalidade, a sua teimosia de antes para que eu ligasse para ele. -Eu sei, mas alguns sacrifícios têm de ser feitos. De repente o seu corpo todo fica rígido e ele se afasta de mim como se eu o tivesse electrocutado.
-Não! -Ele balança a sua cabeça. -Você não vai se sacrificar por causa disso! Me levanto da cama e me aproximo dele com as mão levantadas.
-Daniel... -Agora eu estava tão próxima a ele que dava dava para sentir o seu hálito fresco, nossos olhos e narizes a centímetros um do outro. -...Eu te amo.
Silêncio.
Finalmente Daniel suspirou e sorriu.
-Me beije. Ele falou e assim o fiz. O puxei pela nuca e os nossos lábios se encontraram. Os seus lábios eram macios e molhados como sempre que eu o beijava. No começo nos beijamos lentamente mais depois mais selvagemente, ferozmente. Daniel me empurrou na cama e num piscar de olhos estava em cima de mim plantando beijos desde os lóbulos da minha orelha até o meu pescoço. Empurrei-o para o lado e rolei para cima dele. As minhas pernas em cada lado de sua cintura comecei a beijar-lo no pescoço e fiz o meu caminho até a sua boca. Senti a mão de Daniel subir até o fecho do meu sutiã e abri-lo. Quando vi o meu sutiã já estava estava jogado do outro lado do quarto. Parei um estante para tirar a minha blusa e Daniel fez o mesmo mostrando o seu abdómen sarado e bronzeado. Daniel me fitou, durante muito tempo. Então voltou a me beijar com mais intensidade. Ele me ajudou a tirar as calças jeans e os meus ténis velhos. Eu também tirei tirei a sua calça. Daniel e eu estávamos praticamente nus com apenas cueca e calcinha. Ainda o beijando passei as minhas mãos no seu cabelo, os meus dedos agarrando os seus fios sedosos. Daniel gemeu e mordeu o meu lábio inferior. De repente ouço um clique e a porta do quarto se abre revelando Cris no batente da porta. Assustada me cubro com os lençóis brancos.
-Opa! Cris diz sorrindo.
Daniel ao meu lado diz palavrões que eu prefiro não serem citados.
-O que você está fazendo aqui cara? Pergunta Daniel lançando um olhar muito significativo para Cris que parece indiferente.
-Sabe, -começa ele olhando para as unhas ruídas. -As vezes você se esquece que esse quarto também é meu.
Daniel grunhiu e depois disse:
-Ok, será que você pode sair por um minuto?
-Claro. Dito isso Cris fechou a porta do quarto nos deixando sozinhos novamente.
-Que vergonha! Digo me levantando. Pego as minhas roupas espalhadas pelo chão e as visto.
-Na melhor parte ele atrapalha. Reclama Daniel também se vestindo. Quando acabo vou até ele e planto um beijo demorado nos seus lábios.
-Eu vou ver como estão kelly e as gémeas. Digo.
Daniel faz que sim com a cabeça.
-Claro.
Quando abro a porta do quarto vejo Cris reclinado contra uma parede roendo as unhas. Assim que me vê sorri e depois entra no quarto sem falar nada. Reviro os olhos e faço o meu caminho para fora do prédio. Era uma noite muito frio por isso me enrolei mais no meu fino casaco de lã. Ainda tinha alguns alunos no Campus, esses que me viam olhavam surpresos para mim, outros acenavam em reconhecimento. Quando cheguei no quarto das meninas vi elas amontoadas nas camas olhando fixamente para a TV. E adivinhem o que elas estavam assistindo? Acertou quem pensou em Crepúsculo. Sério? Sempre o mesmo filme elas nunca se cansam. Depois me lembrei de Aline que adorava esse filme. Até Debbie que era um fantasma estava sentada num futon (que eu tenho a certeza absoluta que não estava ali quando eu sai) estava assistindo o filme.
-Olá meninas. Comprimento. Sem tirar os olhos da TV todas em uníssono dizem Oi.
Me sentei ao lado de Amy na cama. A mesma se virou para mim e sorriu.
-Você está bem? -Perguntou.
-Você parece cansada. No começo eu não gostava de Amy, mas com o tempo depois que eu a conheci melhor eu descobri que ela era uma boa amiga, sempre alegre e leal. Ela é muito linda confesso, os seus olhos verdes sempre brilhantes, seus cabelos castanhos sempre lindamente ondulados e um belo corpo, cheio de curvas.
Balancei a cabeça.
-Um pouco. Digo com sinceridade. Por dia eu só consigo dormir umas cinco horas, nada mais do que isso. Agnes estava usando grimorios que continham feitiços proibidos ou seja de magia negra para criar um exército de monstros inteligentes e pelo pouco que entendi ela quer que eu a ajude com isso já que supostamente eu passei para o lado dela. Aqui na escola de guardiões na biblioteca também tinha algum dos livros proibidos seguros atrás de grades que queimam. Com a ajuda de Charlotte consegui retirar o feitiço das grades, sem o feitiço eu e os meus amigos conseguimos roubar, quero dizer não é necessariamente roubar mas sim pegar emprestado para um propósito bom. Ashley, Adam, Arianne, Daniel, Kelly, as Gémeas, Brad e Mike estavam me ajudando a encontrar feitiços nos livros que eu poderia usar contra Agnes, mas até agora não conseguimos encontrar nada de mais. E eu não podia ajuda-los porque eu não podia deixar Paris toda a hora para Agnes não desconfiar.
-Eu sei que é difícil, Natasha.
-Disse Olivia se virando para olhar para mim. -Mas vamos ajuda-la.
-Eu acho que você deveria dizer o seu plano para Lilith.
-Comentou Ashley. -Ela pode ajuda-la.
-Você tem razão, -Falo me levantando da cama. -Eu preciso ir, continuem procurando e nos vemos por aí. Dito isso abro o portal e entro nele.
Charlotte estava esperando por mim sentada numa poltrona com os braços cruzados e a expressão séria no rosto.
-Você demorou muito, Natasha. -Charlotte se levantou. -Agnes deseja falar com você daqui a vinte minutos, é melhor você se preparar. Assinto sem falar nada. Depois de vinte minutos eu estava vestindo um vestido azul claro de renda e o meu cabelo estava puxado para trás em um rabo de cavalo elegante. Antes de sair do quarto dei um beijo em Charlotte que me desejou boa sorte e sai. Enquanto eu fazia o meu caminho para o escritório de Agnes fiquei pensando o que ela queria falar comigo, se passou três dias desde que eu falara com ela pela última vez, por que só agora? Quando cheguei bati a porta e sem permissão entrei no cômodo amplo. Agnes estava sentada atrás de uma mesa grande de mogno. Ela estava linda como sempre, seus cabelos negros estavam soltos e a sua pele negra longe de maquilhagem.
-Aqui está ela. -Disse Agnes indicando para que eu me sentasse na cadeira de couro em sua frente. -Eu te chamei aqui porquê eu quero que você me prove que está no meu lado. Ela diz directo e sem preâmbulos.
-Como? Pergunto não gostando nada do rumo da conversa. Agnes se inclinou para frente contra a mesa.
-Eu quero que você prenda Lilith, Desdemona, suas damas e Charlotte. Responde com um sorriso maligno.
-O que? -Pergunto atónita. -Elas são supremas feiticeiras, não tem como prende-las. Digo. Agnes revira os olhos aborrecida.
-Você acha que eu não pensei nisso, Natasha? -Pergunta balançando a cabeça. -Eu tenho um feitiço que pode fazer com que os poderes delas sejam bloqueados. Responde.
Penso...penso...e penso.
Isso que eu ia fazer era para "salvar o mundo" por tanto, eu não posso e nem poderia negar.
Finalmente falei:
-Ok, se assim desejas. Dei de ombros apologeticamente.
Agnes sorriu friamente mostrando a suas duas fileiras de dentes brancos.
-Muito bem. -Ela se levanta. -Começarei a fazer esse feitiço agora porque é muito difícil e poderoso. Assenti e me levantei também. Eu estava quase alcançando a maçaneta da porta quando ouvi Agnes dizer:
-Você escolheu o lado certo Natasha.
Quando chego ao meu quarto Charlotte ainda esta lá sentada na poltrona. Me jogo na cama ao mesmo tempo que ela pergunta:
-Então o que ela queria?
Olho para Charlotte os seus olhos castanhos chocolate estão ansiosos e seus lábios uma linha fina.
-Ela vai fazer um feitiço para que o vosso poder seja bloqueado, e depois ela vai prender vocês. Digo sem preâmbulos.
Charlotte se senta pesadamente na cama com a mão no peito. Ela estava pálida.
-Não se preocupe Charlotte. -Digo pousando a minha mão em seu ombro. -Vocês não ficarão muito tempo presas, eu arranjarei uma maneira de dete-la.
Charlotte olha para mim, seus olhos marejados.
-Eu sei querida, eu sei.
Depois que Charlotte fecha a porta Debbie aparece sentada na cama a alguns centímetros longe de mim.
-Natasha.
-O que foi Debbie? Digo fria. Já estava cansada dela. Sempre me enchendo o saco.
Olhei para Debbie, mas ela estava diferente. Ela já não estava mais com o rosto brincalhão. Ela me olhava séria.
-Eu sei como você pode destruir Agnes. Ela fala sem se importar com o meu tom frio.
Me sento erecta com a revelação dela.
-Como? Como eu posso dete-la? Pergunto desesperada.
-Tem um feitiço que liga a sua alma à de Agnes. Ela responde.
-Sim e daí? Pergunto não entendo a que ponto ela quer chegar.
-Ligando a sua alma à dela se você morrer ela morre. Diz por fim desviando o seus olhos azuis dos meus.
Penso no que Debbie acabara de dizer. Por dias eu e meus amigos estivemos a procura de feitiços no grimorio capaz de destruir Agnes, agora Debbie diz que tem um feitiço capaz de dete-la.
A minha morte.
Ligando as nossas almas, se eu morrer ela morre e assim ninguém mais sai morto ou ferido nessa história.
-Sendo assim eu vou ter que morrer.
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Academy of the guardian. Livro 2
FantasyNatasha nunca se sentira tão triste e sozinha. depois de quase todas as pessoas que amara morrerem Natasha não suportará viver sabendo que foi o motivo da morte de todos principalmente de Aiden que a salvara e morrera. Mas isso mudará quando conhece...