Depois do almoço eu volto sozinha para o meu quarto. Kelly combinou comigo que depois de todas as aulas passaria no meu meu quarto com Kristin e Kristie. Eu estava exausta por isso antes de Kelly e as gémeas vierem me encontrar no meu quarto resolvi dar um cochilo. Tomei um bom banho quente e fiz um feitiço. Agora eu estava com um pijama de flanela rosa muito parecido com o que eu tinha antes. Quando encostei a minha cabeça no travesseiro macio da cama gigantesca adormeci sem sonhos. Fui despertada por gritos e batidas na porta. Ainda grogue me levantei da cama e abri a porta. Kelly e as gémeas estavam carrancudas e com os braços cruzados no corredor super iluminado.
-Até quem fim! Disse Kelly erguendo as mãos.
-Desculpe. -Digo bocejando. -É que eu estava muito cansada. Kelly e as gémeas invadem o meu quarto. Kristie abre as cortinas pesadas mostrando um céu escuro com estrelas brilhando. Kelly e Kristin se sentaram na minha cama e olharam ao redor.
-O seu quarto é melhor do que o meu. Comentou Kelly. Fechei a porta revirando os olhos. Me sento ao lado de Kristin e Kristie.
-Então, -Começou Kristie franzindo os lábios. -Como eu faço para conquistar o Sam? Pergunta. Pensei um pouco. Sério. Eu não era muito experiente nessas coisas mas, se Kristie realmente gosta do Sam ela te que falar isso para ele directamente
-Eu vou ser directa. -Respondo depois de muito tempo pensando. olhei para Kristie que agora estava pálida. -Se você realmente gosta de Sam, vai até ele e fala isso na cara dele, sem hesitar.
-Sério? Ela pergunta.
-Sim. Sério. Quando estávamos almoçando ele estava a todo o momento olhando para você. Comento o que, era verdade. Sam as vezes se virava e olhava com os olhos castanhos brilhando na direcção de Kristie. Eu bem sabia que aquele brilho nos olhos dele era de amor e paixão. Kristie olhou para mim cética e com um sorriso largo nos lábios.
-Obrigada. Ela dá um gritinho e me puxa para um abraço caloroso. Quando nos afastamos vejo Debbie de braços cruzados com o corpo declinado me lançando um olhar cético.
-Eu não acredito nisso. -Ela disse com a voz de desaprovação. -Eu estive fora a apenas algumas horas e você já virou amiga dessa...dessa...
Debbie não encontrava as palavras certas. Revirei os olhos e voltei a olhar para kristie que estava com os olhos brilhando. Debbie continuou falando mas eu não a ouvi, depois de um determinado momento ela bufou e desapareceu, para a minha alegria. Debbie quando quer, ela pode ser muito chata.
-Natasha. -Disse Kelly. Me virei para ela e percebi que já não sorria, muito pelo contrário Kelly estava séria. -Eu ouvi dizer que toda a sua família foi morta, é verdade? Pergunta pousando a sua mão em cima da minha.
-S-sim. Respondi sentindo a minha garganta contrair e os meus olhos arderem.
-Alguém os mandou matar certo? Perguntou novamente. Eu arqueei a sobrancelha não entendo o porquê disso agora e, não entendendo o seu ponto.
-Certo. Balanço a cabeça.
-E se essa pessoa que mandou matar a sua família é a mesma que esteja mandando nos monstros. -Observou ela. -Porquê os monstros podem ser horríveis mas eles são burros pra caramba e estúpidos. Franzi a testa.
-Como você sabe que eles são burros? Pergunto, o tom da minha voz saiu sarcástica. Kelly e as gémeas olharam para mim estupefactas.
-Você não sabe disso? Pergunta Kristin por fim.
-Hum, não. Respondo. As três suspiram e Kelly diz:
-Continuando...Os monstros estão capturando guardiões e depois os matam, um por um. Eles, digo os monstros, eles não capturam guardiões em suas casas ou na sede do conselho, os monstros se encontram os guardiões na rua os matam na primeira chance. Ela termina olhando para mim com os seus olhos brilhando.
-Kelly tem razão. -Concordou Kristie se levantando. -Eles não planeiam matar ou capturam guardiões para depois os matar, eles apenas chegam e matam.
Ouvindo tudo isso das duas foi aí que a fixa caiu. Me levantei em um pulo que fez com que as três também se levantassem.
-Meu deus! -Gritei andando de um lado para o outro que nem louca. -Vocês têm razão. A mulher que mandou matar os meus pais é a mesma que comanda os monstros! A meu Deus, eu preciso dizer isso a Agnes. Não, não eu preciso falar com Daniel.
-Daniel? Seu namorado? -Perguntou Kristie. -Mas ele não está tipo, muito longe. Ele observa voltando a se sentar na minha cama. Me viro para ela com um sorriso sarcástico estampado no rosto.
-Sim, ele está mas... -Fecho os meus olhos e me concentro em um portal grande e brilhante bem no meio do meu quarto. Sinto o meu corpo aquecer e as minhas mãos formigarem. Logo eu já sei que criei um portal, não apenas porque o meu corpo aqueceu ou as minhas mãos formigaram, mas pelo simples facto de kelly e as gémeas fazerem sons engasgados. Abri os meus olhos e me virei para elas. -...Eu sou uma feiticeira. Então, querem vir comigo? Perguntei levantando uma sobrancelha. As três entre olham-se e depois balançam a cabeça concordando.
-Eu sempre quis conhecer os Estados Unidos. Diz kristin pulando de alegria.
-Idem, mana. Concorda Kristie.
-Ok. Mas agora vão até o vosso quarto e peguem tudo que precisarem, acho que ficaremos alguns dias lá. Digo. As três concordam e correm até a porta me deixando sozinha.
Vinte minutos depois elas voltam trazendo mochilas com as coisas necessárias e ah, como eu imaginei Brad e Mike o namorado de Kelly e Kristie.
-Então vamos para Los Angeles. Disse Brad.
-Kelly e kristin gastaram dez minutos contando para Mike e Brad tudo o que nós conversamos resumidamente aqui no quarto. Explica Kristie balançando a cabeça. Sorrio assentindo.
-Eu meio que já sabia disso. -Falo.
-Vamos embora. Todos nós pegamos um na mão do outro e adentramos no portal.
Abro os meus olhos e observo o Campus vazio e escuro da escola de guardiões de Los Angeles. Tiro a minha mão da de kelly e olho para os meus novos amigos, que estão olhando tudo em volta com um grande fascínio. Estava fazendo frio em Los Angeles claro, estávamos em Novembro Não era de se admirar, o que me faz pensar que daqui a algumas semanas será natal, o meu primeiro natal sem a minha família.
-Vamos para o dormitório dos rapazes. Digo e começo a andar para o sul, onde fica localizado o prédio dos dormitórios dos rapazes. Brad, Mike, as gémeas e Kelly começaram a me seguir calados. Quando chegamos as pesadas portas duplas de madeira eu as abro e entro e os outros me seguem. No interior do prédio estava frio e só agora eu me lembrei que eu ainda estava com o pijama de flanela rosa que eu conjurei e com as minhas pantufas brancas. Subimos as escadas silenciosamente até o segundo andar onde Daniel dividia o quarto com Cris. Parei em frente a porta familiar dele e bati, mas ninguém atendeu. Bati mais forte ainda várias e várias vezes até que a porta se abriu revelando um Daniel sem camisa apenas com a calça do pijama e com o cabelo negro todo despenteado. A imagem de Daniel assim fez com que eu prende-se a respiração e continuasse a fita-lo. Daniel esfregou os olhos com as mãos como se não acreditasse que eu e mais os meus novos amigos estivéssemos mesmo lá. Sorri para ele e pulei em cima dele, entrelacei os meus braços por volta do seu pescoço e dei um beijo vasto e feroz nele pelos dias que eu fiquei sem o ver. Naquele momento eu esqueci totalmente de Brad, Mike, kelly as gémeas e os meus outros problemas. Naquele momento era só ele e eu nós beijando ferozmente. O beijo dura alguns minutos apenas porque Daniel para de me beijar, pousa a sua mão grande e quente no meu rosto e me observa, seus olhos brilhando de luxúria, amor e intensidade.
-Quanto tempo, hein? -Ele pergunta num tom de brincadeira e depois ri. Daniel olha por cima da minha cabeça para os meus novos amigos.
-Quem são eles? Eles não parecem ser daqui? Observa voltando a me olhar.
-São guardiões irlandeses.
-Explico. -São meus novos amigos. Daniel Franze a testa.
-O que aconteceu, Natasha? -Ele de repente fica sério. -Porque você está de pijama?
Daniel nos convida para entramos e, por sorte Cris o seu companheiro de quarto não está aqui, o que me faz perguntar onde ele se enfia. Me sento na cama bagunçada de Daniel e os outros na arrumada cama de Cris. Daniel permanece de pé com os seus braços grossos cruzados sob o peito.
-Comece a contar, Natasha.
Comecei a contar tudo para Daniel desde que Charlotte a minha Dama sabe de alguma coisa sobre a morte de Esther até a minha conversa com Kelly e as gémeas. Os meus novos amigos ouviram as histórias atentamente e quando terminei olhei para Daniel que estava com o polegar e indicador no queixo pensativo.
-Faz sentido o que vocês falaram. Disse Daniel para Kelly e as gémeas. -Isso tudo está ligado. Alguém quer não só destruir os guardiões como também quer matar Natasha, Agnes, Desdemona e Lilith. Assenti.
-Então...O que nós vamos fazer? Perguntou Kelly falando pela primeira vez.
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Academy of the guardian. Livro 2
FantasyNatasha nunca se sentira tão triste e sozinha. depois de quase todas as pessoas que amara morrerem Natasha não suportará viver sabendo que foi o motivo da morte de todos principalmente de Aiden que a salvara e morrera. Mas isso mudará quando conhece...