Entrei na sala de jantar junto com Charlotte. Todos estavam sentados na mesa de vinte lugares principalmente John que quando me viu lançou um sorriso malicioso para mim, revirei os olhos e fui me sentar ao lado de Agnes que sorriu e perguntou:
-Comprou as coisas que precisava?
-Sim. Respondi. Um homem colocou um prato de sopa de legumes na minha frente e foi embora rapidamente nem ao menos consegui agradecer de tão rápido que ele se fora. Peguei na colher de prata e afundei no prato e pus na boca e, hummm estava deliciosa.
-Então Natasha...Você está gostando de ser uma feiticeira? Pergunta John tomando um pouco do seu vinho tinto sem tirar os olhos de mim.
-Quer que eu seja sincera? Pergunto.
-Oh sim. Ele volta a por a taça na mesa, coloca os dois cotovelos na mesa e a cabeça apoiada entre as mãos.
-Não. Digo. -Não quando uma pessoa que eu não sei quem é e, que com certeza eu vou descobrir quem é, matou a sua família, a sua melhor amiga e seu quase namorado. Por mais que o meu tom fosse irónico eu me sentia triste em falar isso em voz alta, eu sinto falta de todos que eu perdi, é um vazio enorme no meu coração que nunca poderá ser preenchido novamente. Sinto os meus olhos arderem e a garganta apertada. Pisco várias vezes afastando-as e engulo em seco.
-Desculpa eu...
-Não. Eu levanto uma mão sinalizando para que ele parasse de falar e assim o fez.
-Natasha querida, eu sei que você se sente vazia mas a vida é assim. Nós vamos encontrar a pessoa que matou a sua família. Disse suavemente Agnes colocando uma mão no meu ombro.
-Agnes, não comece com esse mesmo papo novamente. Digo friamente olhando para ela, senti uma lágrima quente descer pela minha face.
-Com o tempo esquecerás e voltarás a ser feliz. Continua Agnes me ignorando o que me irrita mais ainda, odeio pessoas que me ignoram e não é porque ela é uma feiticeira e líder que ela vai me ignorar assim.
-Como você quer que eu seja feliz se vocês me obrigaram a vir para essa droga de palácio e deixar as únicas pessoas que me restaram e que eu realmente amo na América? Vociferei olhando para Agnes, depois para Lilith que parecia indiferente e Desdemona que parecia preocupada.
-Se acalme, criança. Disse Desdemona se levantando.
-Não! Eu não vou, todos a minha volta morreram e vocês agem como se nada tivesse acontecido. Gritei. -Vocês nem ao menos se preocuparam em achar a pessoa que os matou! Continuo gritando e de repente quadros, pratos, taças e janelas se quebram fazendo cacos de vidro voarem para todos os lados. Uma caco de vidro cortou o meu ante braço mas eu não liguei para a dor porque eu continuava a olhar para as supremas feiticeiras que também me olhavam.
-Você acha que nós não nos preocupamos? Diz desdenhosa Lilith. -Nesses cinco meses que você esteve deprimida, trancada no seu quarto nós investigamos mas não avia nada, não fazemos ideia nenhuma de quem mandou Alisha fazer essa barbaridade. Cuspiu Lilith seu rosto ganhando um tom vermelho.
-Mãe, não fale assim. Olhei para John que me olhava preocupado. Eu vi um brilho nos seus olhos que eu já vi em todos os garotos em que eu já estive apaixonada e, John realmente estava apaixonado por mim. Desviei os meus olhos dos olhos negros de John e olhei em volta e pela primeira vez percebi que Charlotte não estava na sala de jantar. Com dor, triste, sem fome e com lágrimas que não paravam de cair eu girei os calcanhares e sai da sala de jantar. Chegando no quarto me joguei na cama e chorei mais ainda, chorei até não poder mais e adormecer.
Eu estava no corredor pouco iluminado da escola. De repente eu ouço uma explosão na direcção da sala de tronos. Corro pelo corredor até lá e quando chego abro a porta e fico horrorizada pela cena que vejo. A sala está totalmente destruída, entro na sala de tronos e vejo Daniel ajoelhado chorando inconsolávelmente, ele segurava uma pessoa de cabelos louros que eu logo descobri que era eu.
Droga, eu estava morta.
Meu rosto e a minha testa estava cortada, os meus lábios azuis e o meu rosto pálido e sereno. Daniel não parava de chorar e fungar o que fazia o meu coração se apertar.
-Daniel. Chamei mas ele não levantou a cabeça ou fez um sinal qualquer que realmente tivesse me escutado. Me aproximei ainda mais dele e me ajoelhei ao seu lado. Passei os meus dedos no seu sedoso cabelo preto, mas ele não sentia o meu toque.
-Por favor, me escute. Chamei com as lágrimas já, descendo na minha face. Mas ele não podia me escutar porque eu era um fantasma e, fantasmas são pessoas mortas. Encostei a minha cabeça no seu ombro e fechei os meus olhos desejando que Daniel me visse e me escuta-se. Ouço as portas da sala de tronos se abrirem. Abro os meus olhos e vejo Madie entrar. Ela estava com o mesmo vestido do dia em que foi morta. Seu rosto demostrava medo e preocupação. Ela corre até Daniel e se ajoelha na frente dele.
-Daniel, ela está morta? Pergunta Madie o que foi desnecessário porque é mais do que óbvio que estou. Daniel tira os seus olhos do meu corpo morto e olha para Madie, vejo os seus olhos cinzas tristes e vazios.
-Madie? Mas você estava morta. Ele diz confuso.
-Sim eu estava, mas Natasha trouxe todos que perdera de volta, por isso a sua alma foi destruída. Ela disse com a voz embargada, eu percebi que nenhuma lágrima caia porque ela se esforçava para quê isso não acontecesse, era coisa típica de Madie dar o ar de durona, mas no fundo tudo que ela queria fazer era explodir em um choro.
-Não. Daniel chorou mais ainda e aproximou o meu corpo mais preto de si.
-Venha comigo, Natasha. Ouvi a voz serena de Esther atrás de mim. Virei para vê-la em um lindo vestido branco, ela parecia um anjo.
-Ir para onde? Perguntei me levantando.
-Para casa.
Eu acordei sobressaltada e com batidas fortes na porta do meu quarto. Mas eu não liguei os meus pensamentos ainda estavam no sonho estranho e horrível que tive. O quarto estava escuro o que significa que já era noite. Olhei para o relógio e vi que já eram vinte horas. Levantei da cama e abri a grossa cortina branca. Estrelas brilhavam no céu e a e era lua cheia. Ouvi mais batidas estrondosas na porta e decidi abrir pensando que talvez fosse Charlotte. Quando eu abri a porta me deparei com John que estava com a mão levantada pronta para bater novamente.
-O que você quer? A minha voz estava grossa e rouca.
-Eu só queria saber se você está bem, faz horas que você está trancada nesse quarto. E diz seus olhos me avaliando de baixo para cima. -Você está ferida. Ele adicionou pegando no meu ante braço e o verificando. Ele suspirou e sorriu.
-Nao é superficial.
-Esse corte não é nada comparado ao buraco que tem no meu peito. Murmuro para mim mesma mas eu acho que John ouviu porque ele me olha confuso.
-Eu lamento. Ele diz se aproximando mais de mim, mas eu dou um passo para trás e levanto a mão.
-Chega de lamentações! Vá embora eu não preciso de você! Esbravejo e fecho a porta na cara dele. Tranco a porta e me sento na cama. Pensando em como eu mudei e a minha vida deu uma girada de 360 graus. Uma ideia esplêndida passa pela minha cabeça e pulo da cama. Tiro a minha roupa rapidamente e me enfio no chuveiro de água quente. Saio do chuveiro e me enrolo na toalha macia, vou até o closet e opto por um shorts estilo caqui, uma t-shert branca e as minhas sapatilhas pretas. Escovei o meu cabelo e o prendi em um rabo de cavalo. Já pronta eu me sento na cama e penso em como eu vou fazer isso. De todas as aulas que eu já tive com as supremas feiticeiras fazer um portal com certeza não me foi ensinado. Na minha segunda aula com Desdemona ela me disse que o nosso poder vem da mente e é apenas com ela que podemos criar várias coisas. Fechei os meus olhos e me concentrei em um portal grande e brilhante e há, e eu também não podia esquecer de onde eu queria que ele me levasse. Senti as minhas mãos aquecerem e formigarem, uma brisa leve e refrescante passou por mim e eu não sei porquê mas um sorriso bobo preencheu o meu rosto. Abri os meus olhos e no meio do meu quarto vi um enorme e brilhante portal. Olhei para o meu relógio e já eram vinte horas e trinta e três minutos o que significa que nos Estados Unidos eram quatorze horas e trinta e três minutos e, como hoje era sábado Daniel provavelmente estaria no quarto. Me levantei da cama e entrei no portal, como na primeira vez senti um peso no meu corpo e logo senti um alívio. Abri os meus olhos e vi Daniel olhando para mim com um lindo sorriso no rosto, seus olhos brilhavam ao me ver. Ele se levantou da cama e ainda sem falar nada selou os nossos lábios em um beijo quente e doce.
-Sempre soube que você não iria conseguir ficar longe de mim em uma semana. Eu sorrio.
-Ah, claro que você sabia. Digo sarcástica e o beijo novamente. Quando nos separamos novamente ele me leva até a sua cama e nos sentamos.
-Então, está gostando de Paris? Ele perguntou, eu estava olhando para as nossos dedos enlaçados.
-Um pouco. Falei dando um longo suspiro.
-O que aconteceu? Ele pergunta preocupado.
-Nada com que você deva se preocupar. Sorrio mas o meu sorriso não chega aos olhos.
-Mas algo está chateado você. Daniel falou gentilmente. Eu não disse nada e Daniel se inclinou para frente e me beijou nos lábios. -Fale para mim. A sua voz estava suave, os seus lábios acariciam os meus. Eu não podia falar o motivo de eu estar chateada e também eu não podia falar que John o filho de Lilith me beijara enquanto eu estava bêbada. Os meus pensamentos foram cortados porque tudo que eu podia sentir eram os lábios e as mãos de Daniel que percorriam o meu corpo me fazendo tremer.
-Por favor, fale comigo sou seu namorado. Ele sussurrou entre os meus lábios.
-E-eu... -Guaguejei já sem fôlego. -Não é nada.
-Eu posso te ajudar baby, alguma coisa te chateia e se me contares te ajudarei. Ele me beijou mais e mais quente. Eu queria muito contar para Daniel mas a minha cabeça estava girando e desse jeito era difícil pensar, e muito menos falar.
-Eu vou te ajudar. Daniel se levantou e tirou a sua camisa preta pela cabeça mostrando seu abdómen mega musculoso. Daniel se inclinou para frente e me beijou. Eu sabia o que ele queria fazer e naquele momento eu senti que eu já estava preparada e não podia esperar mais. Eu me movi contar o corpo de Daniel querendo mais. Muito rapidamente e quase sem eu perceber Daniel tirou a minha t-shert, eu não tive tempo de nem ao menos gritar com ele pelo facto de ele estar me vendo apenas de sutiã, mas ele já me viu de sutiã uma vez por isso não tinha problema nenhum. Depois Daniel se ajoelhou e tirou o meu shorts, senti as minhas bochechas esquentarem e arfei. Daniel me analisou, com a mão no queixo como se estivesse a pensar em alguma coisa. Então ele parou e os nossos lábios se encontraram novamente. Daniel parou de me beijar e me jogou para trás, ele subiu em cima de mim e começou a me beijar no pescoço,o prazer era tão intenso que tudo que eu apenas pude fazer foi gemer. Daniel tirou os restante de suas roupas, e eu o ajudei. Tudo que o que eu sabia era que eu tinha que fazer com ele, agora nesses exacto momento. Tudo era tão intenso, bom e com várias sensações e desejo. A boca de Daniel e as mãos estavam em toda a parte do meu corpo me fazendo ficar ainda mais ansiosa. Então aconteceu, os meus lábios encontraram os labios de Daniel novamente e foi isso, eu fiz amor com Daniel até eu explodir de amor e sensações deliciosas.
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Academy of the guardian. Livro 2
FantasyNatasha nunca se sentira tão triste e sozinha. depois de quase todas as pessoas que amara morrerem Natasha não suportará viver sabendo que foi o motivo da morte de todos principalmente de Aiden que a salvara e morrera. Mas isso mudará quando conhece...