-Querida acorde. Alguém me balança, e eu reconheço a voz doce e suave de Charlotte.
-Só mais cinco minutinhos. Resmungo me virando para o outro lado.
-Você precisa acordar, agora! Diz mais uma vez Charlotte mas a sua voz já não está mais em um tom doce mas sim em um tom sério e impaciente. Abro os meus olhos relutante e lentamente e pisco várias vezes antes da minha visão se focar em uma Charlotte com o semblante sério. Me levanto o que foi errado a fazer porque a minha cabeça deu uma rodada e começou a latejar.
-Beba isso. Ela me entrega uma pílula e um copo com água gelada. Eu a agradeço e coloco a pílula na minha boca e bebo água gelada. De onde eu estou na cama eu consigo ver Charlotte fazer alguma coisa no closet, depois de alguns minutos lá dentro fazendo sabe-se lá o que ela sai trazendo consigo uma calça jeans uma t-shert verde musgo e os meus ténis converse.
-Você ontem deixou o palácio inteiro preocupado, os empregados tiveram que andar de um lado para o outro que nem loucos a tua procura até que John avisou que você não estava se sentindo bem e a trouxe para o seu quarto. Disse Charlotte séria colocando as roupas na minha cama e se sentando.
-Desculpa, eu...Eu não queria fazer isso. Digo, eu realmente não queria. Imagens da noite anterior invadem a minha mente, principalmente do selinho que John me seu antes de eu cair em um sono profundo e tranquilo.
-Eu te avisei para não beber antes de comer alguma coisa. Ela me diz mas a minha cabeça está em outro lugar, no beijo suave que John me dera ontem a noite, e isso foi errado, muito errado, eu praticamente traí Daniel coisa que eu esperava que nunca fosse acontecer. Eu não podia ter cometido o mesmo erro que eu cometi com James e apenas um selinho pode provocar uma briga.
-É, eu acho que eu estava muito nervosa é isso. O que em parte não era mentira porque eu não sabia que averia um baile pela minha chegada e depois de várias pessoas te encarando e se curvando na sua frente não é uma coisa muito legal para mim não, nunca gostei de ser o centro das atenções e agora que eu sou uma feiticeira então eu serei o centro das atenções para o resto da minha vida. Beber acho que me deu um pouco mais de coragem para lidar com tudo e infelizmente também permitiu que John se aproveitasse de mim, não aproveitar tecnicamente mas beijar-me.
-Menina, Natasha. Charlotte estala os dedos na minha frente tentando chamar a minha atenção. Eu percebo que fiquei tempo demais no mundo da lua e não percebi que Charlotte falava comigo.
-Sim? Respondo a olhando.
-Se vista, vais tomar café e depois vais andar a cavalo. Dito isso ela se levanta alisa o seu vestido rosa claro e sai do quarto me deixando sozinha.
Me levanto duramente da cama e vou até o banheiro tomar um bom banho. O bom era que a minha dor de cabeça e os meus enjôos já aviam passado o que significa que hoje passarei o dia bem, nem parece que ontem eu estava bêbada e John teve que me colocar na cama e depois beijar-me. Beijar-me! Hoje ele vai se ver comigo a se vai. Termino de tomar banho e me visto rapidamente, pela primeira vez desde que eu acordei eu me olho no espelho e vejo que estou horrível, com círculos escuros debaixo dos olhos, pálida e com o cabelo todo desgrenhado. Passo uma escova no meu cabelo loiro e o prendo em um rabo de cavalo, no meu rosto passo uma base para esconder as olheiras e um gloss nos meus lábios.
O café da manhã foi tranquilo, eu era a única que estava sentada na grande mesa de magno com lugares para vinte pessoas na sala de jantar. Depois do café Charlotte me levou até os estábulos onde vários cavalos estavam. Um homem magro e alto com cabelos castanhos curtos que estava vestindo uma calça jeans desbotada e uma camisa branca suja veio até nós e se apresentou como Bobby, era ele que junto com o seu filho cuidava dos cavalos. Bobby nos levou até o estábulo de uma linda eguá branca.
-O nome dela é Linda, e ela te pertence suprema feiticeira. Diz Bobby respeitoso.
-Não precisa me chamar de suprema feiticeira, eu tenho nome sabe. Apenas me chame de Natasha e nada mais. Digo. Ele assente e dá um sorriso luminoso que me faz sorrir também.
Já fora do estábulo com Linda
e um outro cavalo que era para Charlotte Bobby me ajuda a subir no lombo do cavalo e pergunta:
-Sabes andar de cavalo supre...Natasha? Ele se corrige.
-Sim. Respondo. O meu avô pai do meu pai antes de morrer a três anos atrás ele tinha me ensinado a montar um cavalo, Stefano era o nome dele tinha uma fazenda e lá continha três cavalos. Eu e Charlotte cavalgamos lentamente pelo jardim do palácio. O palácio realmente era enorme e ficava bem pertinho da torre Eiffel, alguns dos empregados passavam e faziam algumas reverências eu sorria para eles e continuava a cavalgar.
-Wey! Natasha! Ouço a voz de John atrás de mim. Me viro e o vejo cavalgar até mim, em poucos minutos ele está ao meu lado sorrindo para mim.
-O que é? Pergunto rudemente.
-Wow, não precisa ser tão rude. Ele sorri novamente mostrando as suas duas fileiras de dentes brancos e perfeitos. Olho para Charlotte que está como se não ouvisse nada. Me viro novamente para John e digo:
-Eu tenho namorado.
-Eu sei disso. Ele continua sorrindo o que me deixa ainda mais irritada e com vontade de gritar com ele, fecho os olhos e respiro fundo quando abro os meus olhos pergunto:
-Então porque você me beijou? Ao meu lado consegui ver Charlotte olhar de mim para John e depois para mim novamente surpresa.
-Era um beijo de boa noite querida. John arqueia uma sobrancelha.
-Não me chame de querida, e não, não era um beijo de boa noite. E diabos eu tenho namorado. Gritei a última frase.
-Hum, ok. Ele lança um último sorriso e cavalga rápido até desaparecer de vista. Charlotte limpa a garganta audívelmente. Eu olho para ela e pergunto:
-O que?
-Nada querida. Ela diz balançando a cabeça e depois sorri.
Depois de uma hora mais ou menos cavalgando nós deixamos os cavalos no estábulo e entramos no palácio silencioso. Há alguns empregados e vem e vão fazendo os seus respectivos trabalhos e quando ele me vêm eles fazem uma breve reverência, sorri e depois vão embora.
-Há alguma coisa que queiras fazer? Pergunta Charlotte quando me jogo na enorme cama do meu quarto.
-Sim. Digo. -Será que podemos sair? Quero comprar algumas coisas e conhecer um pouco a cidade.
-Claro. Me encontre na cozinha. Eu assenti e Charlotte foi embora fechando a porta atrás de si. Assim que fiquei sozinha pulei da cama e fui até o closet, de lá peguei um shorts jeans e uma t-shert rosa. Me vesti rapidamente e calcei os meus ténis converse novamente. Eu sai do quarto, mas eu não fazia ideia de onde era a cozinha olhei para a direita e para a esquerda no corredor vazio e decidi seguir para a direita. Comecei a andar e logo avistei uma garota que parecia ter a minha idade, ela carregava lençóis brancos passados e vestia o vestido azul dos empregados e a toca, mas uma mecha loira escapou da toca. Eu fui até ela, a garota era a minha única salvação. Assim que me viu a garota fez uma rápida reverência.
-Suprema feiticeira. Ela disse nervosa e pálida.
-Me chame apenas de Natasha. Digo.
-Sim, Natasha. A garota sorri fracamente.
-Por favor, você pode me levar até a cozinha? Pergunto.
-C-claro. Ela gagueja. -Por aqui. Indica e começamos a andar. O caminho até a cozinha não era muito longo, nós descemos algumas escadas, e andamos por outros lindos corredores super iluminados até que chegamos. A cozinha era moderna, decorada de branco e preto. Tinha outras mulheres cozinhando, Charlotte estava sentada na mesa que ficava no meio da cozinha.
-Obrigada. Agradeci.
-De nada, senhorita. A garota que eu nem sabia o nome e que parecia ser bem tímida e simpática sorriu e foi embora em passos largos.
-Charlotte, cheguei.
Charlotte se levantou e veio até mim.
-Desculpa querida, eu me esqueci de falar para você onde ficava a cozinha. Ela se desculpou.
-Não se preocupe, uma garota me ajudou. Vamos? Perguntei, Charlotte assentiu.
-Não! Ouço a voz autoritária de Agnes atrás de mim, me viro e a vejo com um vestido cor de ameixa, e os cabelos negros soltos por volta do pescoço.
-Não? Pergunto franzindo a testa. -Não, vocês não podem sair do palácio. Ela disse se aproximando mais de mim.
-Mas Agnes...
-Chega, você e Natasha não vão sair. Agnes cortou Charlotte bruscamente e lançando um olhar matador para ela. Ok, realmente avia alguma coisa entre as duas e fiz uma nota mental de perguntar isso mais tarde para ela, mas primeiro eu precisava convencer Agnes de nos deixar sair.
-Agnes, eu preciso comprar algumas roupas e, hum uh absorvente. Menti, mas não era de todo mentira porque o meu estoque de absorventes avia acabado.
-Mandarei uma pessoa fazer isso. Ela diz fria.
-Não! Quer dizer, eu não gosto que outras pessoas comprem essas coisas hum, pessoais para mim. Tomara, realmente tomara que eu não tenha soado nervosa nos ouvidos de Agnes como eu soei nos meus próprios ouvidos.
-Se é assim, então pode ir mas voltem antes do almoço. Dito isso ela sorriu para mim e para Charlotte lançou um olhar de desprezo que eu não gostei nem um pouco porque geralmente ela é doce para com as pessoas.
O nosso passeio foi maravilhoso, conhecemos vários pontos turísticos de Paris. E o clima estava ajudando muito, o dia estava ensolarado e refrescante. Avistei uma pequena loja velha que chamou a minha atenção, eu decidi entrar, Charlotte atrás de mim me seguiu. Abri a porta da loja e um pequeno sino tocou alertando a chegada de um cliente. Uma mulher idosa com um cabelo cinza ferro, pequena e de estatura frágil veio até nós sorrindo docemente.
-O que desejam? Ela perguntou a sua voz era baixa e rouca e aleluia! Ela falava inglês.
-Apenas algumas roupas. Disse, ela assentiu e foi para trás do balcão e agarrou um grosso livro velho e continuou a ler de onde tinha parado. Comecei a andar pela loja com Charlotte atrás de mim. Na loja avia diversas coisas como: livros velhos, bujigangas, instrumentos musicais, quadros, alguns móveis para casa, e roupas. E não eram roupas modernas que eu estava acostumada como calça jeans e blusa, mas sim roupas velhas dos anos 60 e 80. Vi um delicado vestido branco com rendas comprido que eu achei bonitinho e o peguei olhei para o preço e merda era caro.
-Mas que p*.
Charlotte me olhou com cara feia pelo palavrão que eu acabei de pronunciar em voz alta. Murmurei um pedido de desculpas e voltei a olhar para o preço do vestido. 1000 euros num vestido desse? Sério!? A velinha que estava atrás do balcão veio até nós e perguntou:
-Algum problema?
-Não!
-Sim. Eu e Charlotte dissemos ao mesmo tempo fazendo a velinha franzir a testa.
-Sim há, esse vestido é muito caro. Aponto para o delicado vestido branco. A velinha sorriu fracamente.
-Sim ele é caro. Sabe porque? Ela perguntou mas como eu não fazia ideia do porque eu balancei a minha cabeça em um não.
-Porque Esther deu esse vestido para uma parente minha a quase quatrocentos anos atrás e desde aí foi passado de geração a geração. Ela me explicou os seus olhos azuis gelo brilhando.
-Mas porque vender esse vestido? Pergunta Charlotte. -Está na sua família a anos. Ela continua.
-Eu não tenho mais família, só sou eu nesse mundo, e além do mais eu não venderia esse vestido para uma pessoa qualquer. A velinha disse.
-Mas eu sou uma qualquer. Digo.
-Não querida, você não é uma qualquer, és uma suprema feiticeira. Ela diz apontando para a minha marca azul escuro brilhante.
-Ah. É a única coisa que eu consigo dizer.
-Você é filha de Esther leve-a. A velinha falou docemente.
-Mas é muito caro. Digo.
-Jesus! Não irás pagar. Ela sorri, mas mesmo assim eu me sinto mal, eu não posso simplesmente pegar no vestido e ir embora.
-Eu não o posso levar de graça. Falei.
-Então o que sugeres? Perguntou a velinha arqueado um sobrancelha.
-Eu hum uh...
-Toma, o seu cartão. Me virei para Charlotte e vi ela estendendo a mão com um cartão de crédito.
-Mas eu não tenho um cartão. Falo.
-Esse cartão é seu. Charlotte pega na minha mão e coloca o cartão na minha palma.
Depois de pagar o vestido eu me despeço da doce velinha, passo na farmácia para comprar alguns absorventes e depois voltamos para o palácio bem na hora do almoço.
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Academy of the guardian. Livro 2
FantasyNatasha nunca se sentira tão triste e sozinha. depois de quase todas as pessoas que amara morrerem Natasha não suportará viver sabendo que foi o motivo da morte de todos principalmente de Aiden que a salvara e morrera. Mas isso mudará quando conhece...