Capítulo 10

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Eu e Charlotte andamos pelo corredor super iluminado do palácio até que paramos em frente a uma porta dupla branca. De fora dava para ouvir a doce melodia que tocava do outro lado da porta. As portas de repente se abrem revelando um lindo salão decorado com rosas brancas e vermelhas. Avia mesas com bolos e outras guloseimas, vários tipos de comidas, os empregados andavam de um lado para o outro com bandejas servindo vinhos e champanhe, em um canto do salão avia um pequeno palco onde se encontravam os músicos tocando graciosamente a música metódica. Quando entrei todos pararam o que estavam fazendo e olharam para mim sorridentes e com os olhos brilhando em admiração. Eu sorri de volta e os convidados se curvaram, eu fiquei perdida não sabia o que fazer e senti as minhas bochechas esquentarem. Mas graças aos céus Chrlotte de fininho sussurrou no meu ouvido:
-Diga obrigado, e fale para se levantarem. Sorri agradecida e fiz como me foi orientado:
-Obrigado, podem se levantar. Todos os convidados se levantaram e a música começou a tocar novamente. Varri os salão a procura de Agnes e finalmente a encontrei sentada em uma mesa. Ela estava linda como sempre com um lindo vestido violeta, seus cabelos negros estavam presos em um elegante coque e a sua maquilhagem estava leve deixando a sua beleza natural exposta. Assim que me vê Agnes lança um sorriso encantador e se levanta vindo em minha direcção.
-Natasha querida, você está tão linda. Ela diz me abraçando. -Charlotte fez um óptimo trabalho. Ela continua e eu me viro para ver Charlotte apenas acenando séria, o que me faz pensar que alguma coisa deve ter acontecido entre as duas. De repente o clima fica tenso e eu me sinto desconfortável.
-Yeah, ela é óptima. Digo sorrindo.
-Vá e se divirta, é a sua festa. Agnes fala e volta para a sua mesa. Vejo um dos empregados passar com uma bandeja de champanhe e agarro a taça tomando todo o líquido delicioso de uma vez só. Charlotte olha para mim com a testa franzida e eu não pode deixar de perguntar:
-O que?
-Querida, eu acho que antes de beberes deverias comer alguma coisa. Ela diz com a preocupação óbvia na sua voz. Eu balanço um braço e estalo a língua no céu da boca.
-Não se preocupe eu estou bem. Dito isso eu agarro outra taça de champanhe mas dessa vez eu o bebo com calma.
-Madame. Uma mão quente toca o meu ombro nu me fazendo pular e engasgar com o champanhe. Começo a tossir e logo Charlotte me socorre batendo de leve nas minhas costas.
-Calma querida, respira. Ela diz suavemente.
-Você está bem? Pergunta o estranho, quando eu levanto a minha cabeça para olha-lo e agradece-lo o meu queixo quase vai ao chão. O estranho era lindo, ele tinha um longo cabelo preto que estava preso em um elegante rabo de cavalo, os olhos dele eram tão escuros que pareciam não ter pupilas. O estranho era alto, musculoso e sorria torto para mim.
-S-sim, estou bem. Gaguejo me endireitando.
-Ainda bem. Ouço Charlotte suspirar aliviada.
-John! Vejo Lilith praticamente correr até nós e abraçar o estranho. Franzo a resta e olho para Charlotte que encolhe os ombros, eu bebo mais um pouco da minha bebida e escuto o estranho falar.
-Olá mãe.
Ok, e eu me engasgo novamente, novamente Charlotte bate suavemente nas minhas costas.
-Mãe? Você tem um filho? Pergunto atónita quando a minha tosse para.
-Você não sabia criança? Pergunta friamente Lilith mudando a sua atenção para mim.
-Claro que não! Digo no mesmo tom frio.
-Pois, mas agora já sabes. Ela cuspiu.
-É pois. Reviro os meus olhos irritada, existe uma mulher mais chata e irritado do que está? Com certeza há mas mas não uma que eu conheço.
-Mãe, eu ia chamar Natasha para dançar. Diz constrangido John pela cena que eu e a mãe ou seja Lilith acabamos de fazer.
-Oh, claro querido. Ela diz docemente, Lilith se aproxima mais do filho e sussurra alguma coisa no ouvido dele que o mesmo asenti e depois cai fora.
-Se precisar de mim estarei sentada naquela mesa. Sussurra no meu ouvido Charlotte e aponta para uma mesa não muito longe de onde estávamos. Eu asinto e a vejo se afastar.
-Então Madame, aceita dançar comigo? Pergunta John estendendo a sua mão para mim. No começo eu hesito mas depois aceito, eu não posso negar uma dança além do mais eu sou uma suprema feiticeira e provavelmente dançarei com quase todos os convidados homens da festa. Eu coloco as minhas mãos no seu ombro e ele coloca as suas mãos na minha cintura, e começamos a dançar lentamente. Graças a deus a minha avó me ensinou a dançar se não eu estaria perdida.
-Então... comecei a puxar um papo. -Como é ser filho de uma suprema feiticeira? Perguntei. Ele franze a testa mas depois sorri de lado.
-Bem, tem lá as duas vantagens e desvantagens. Ele responde.
-E quais são as vantagens e desvantagens? Faço outra pergunta e antes de ele responder John me rodopia e depois os nossos corpos voltam a se colar novamente.
-As vantagens...são meio egoístas mas já que você quer saber vamos lá. Ele sorri novamente e continua. -As vantagens é que eu nasci já um guardião e eu moro nesse palácio e já as desvantagens é que Lilith não se fez presente na minha vida totalmente por é claro ser muito ocupada.
-Ok. Nós ficamos em silêncio dançando até que uma coisa passa pela minha cabeça e decido perguntar:
-O que a sua mãe falou no seu ouvido?
John ri.
-Ah! Vejo que temos uma curiosa aqui. Seus olhos negros que me encaravam eram tão intensos que eu tive que desviar os meus olhos deles.
-Apenas me conte. Digo já sem paciência.
-Ok, ok ela disse que você já tinha namorado. Franzi a testa e comecei a rir. Porque diabos ela falaria isso para ele? A não ser que ele fosse me conquistar. Olhei desconfiada para John.
-Não se preocupe eu não vou tentar nada. Ele balança a cabeça.
-Eu não confio em você. Digo porque além do mais era verdade, esse rostinho de anjo não me convence lá muito e até porque John era filho de Lilith a suposta assassina de Esther.
-Bem, com o tempo nos conheceremos melhor. A música lenta para e começa uma outra batida mais forte, uma boa oportunidade de eu cair fora. Paro de dançar e me afasto de John.
-Foi um prazer dançar com você, agora se me der licença eu preciso ir me sentar os meus saltos estão me matando. Digo o que de todo não era mentira esses saltos são muito desconfortáveis e com certeza amanhã os meus pés terão borbulhas.
-Natasha, você é muito directa. Ele ri gostosamente. Eu sorri e giro os calcanhares indo em direcção a Charlotte que me observa atentamente. Quando chego desabo ao lado dela na mesa.
-Com fome querida? Ela pergunta.
-Nah, apenas com sede. Pego a taça de champanhe que está em cima da mesa e bebo tudo de uma só vez.
-Natasha querida, não se enbebede antes de comer algum alimento. Ela diz preocupada olhando para a segunda taça de champanhe que eu pego. Só hoje eu acho que já bebi umas quatro e me sinto levemente tonta.
-Charlotte querida, eu admiro a sua preocupação mas realmente eu estou bem. Digo sarcástica.
-Natasha eu sou sua dama e sirvo para aconselhar-te. Esfreguei a minha têmpora já com dor de cabeça.
-Charlotte! A fuzilei com o olhar e ela se calou. Um garçon passou com uma bandeja de champanhe e eu agarrei uma e a bebi também de uma vez só. Eu estava aborrecida, a festa estava uma porcaria, a música era lenta, os convidados só conversavam, comiam e dançavam. Tirei os meus saltos altos que estavam dando cabo dos meus pés e cambaleante atravessei a porta francesa que dava acesso ao jardim do palácio. Apesar de que me levantar não foi uma boa ideia por que fazia o meu enjoo piorar eu tive, porque lá dentro estava muito abafado. Cheguei no jardim e respirei fundo o doce aroma das flores, uma fresca brisa ricocheteou no meu rosto fazendo o meu enjoo melhorar um pouco. Avistei um banco de mármore e fui até ele me sentar.
-Natasha, você está bem? Ouço uma voz familiar, me viro e vejo uma silhueta que logo consigo ver por completo.
É John que se senta ao meu lado.
-Você está bem? Eu vi você cambaleando para aqui. Ele pergunta mais uma vez preocupado.
-Eu quero ficar sozinha. A minha voz sai estranha, rouca e embolada. Esfrego a minha têmpora novamente tentando apaziguar a dor de cabeça que me atingiu em cheio.
-Você está bêbada. Ele diz sério, seu rosto que a minutos atrás era brincalhão agora estava sombrio sob a luz do luar.
-É claro que não! Eu nunca fiquei bêbada na minha vida e não é hoje que eu vou ficar. Digo revoltada me levantando o que foi a coisa errada a se fazer porque o enjoo que já estava melhor me atingiu novamente em cheio.
-Wow. Me senti cair para trás e braços fortes me agarraram a tempo para eu não desabar no chão. John me pegou no seu colo e reencostei a minha cabeça no seu peito músculo. Ah! Ele cheirava muito bem, a algum sabonete caro e terra.
-O que você está fazendo? Perguntei num murmúrio as minhas pálpebras insistiam em se fechar mas eu as forçava a ficarem abertas.
-Para o quarto. Ele responde.
-O seu? Pergunto novamente o fazendo rir.
-Não Natasha, para o seu. O movimsnto que ele fazia andando me deixava ainda mais enjoada e com vontade de vomitar até que eu não aguentei mais e gritei:
-Me ponha no chão rápido! Confuso John obedeceu as minhas ordens e me colocou no chão. E foi aí que eu vomitei as minhas tripas para fora, eu vomitei tanto até que não sobrou mais nada no meu estômago.
-Ah Natasha. Você não comeu nada antes de beber. Diz John balançando a cabeça em desaprovação. Ele se abaixa e me pega no colo novamente e recomeça o seu caminho até o meu quarto. Quando chegamos lá ele me deposita na minha cama macia e me cobre com os cobertores.
-Boa noite, Natasha. Ele diz e me beija suavemente nos lábios e as minhas pálpebras finalmente se fecham e eu caio num sono profundo e sem sonhos.

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