Capítulo 19

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Depois de Daniel dizer tudo sobre o que eu deveria fazer eu, ele e os meus novos amigos fomos até o quarto de Olivia que agora o dividia com Amy. Quando Olivia ainda sonolenta abriu a porta ela me olhou com os olhos esbugalhados e pulou em cima de mim falando o quanto estava com saudades de mim. Com o barulho Amy acabou acordando também. Depois de apresentar os meus novos amigos a elas, Amy foi chamar os outros para mim poder explicar tudo para eles do começo até o fim. Depois de eu com ajuda de Daniel explicar tudo eu disse que teria de ir embora novamente mas que voltava logo e Kelly, as gémeas, Brad e Mike iriam ficar na escola de guardiões de Los Angeles. Olivia conversar ia com Félix dia seguinte para avisar que temos novos alunos irlandeses claro que, ele iria pirar mas eu bem conhecia Félix e ele depois acabaria cedendo. Depois de meia hora me despedindo dos meus amigos finalmente consegui abrir um portal para Paris para poder conversar com Charlotte. Quando sai do portal, abri os meus olhos e olhei ao redor. O familiar quarto com móveis de cores claras, a enorme janela do quarto que permitia a luz do luar irradiar no meu quarto o iluminando fracamente. Fechei o portal e fui até o meu guarda roupa procurar uma roupa qualquer. Vesti uma calça jeans confortável, uma camisa de mangas compridas e o meu ténis converse velho. Sai do quarto e andei pelo corredor super  ilumiando do palácio. Eu não sabia aonde era o quarto de Charlotte mas a uma hora dessas de manhã ela deveria estar na cozinha comendo. Sim, realmente Charlotte estava na cozinha. Ela estava sentada na mesa tomando café numa xícara de porcelana. Charlotte estava como sempre muito bonita, os seus cabelos castanhos estavam soltos por volta do pescoço e o seu rosto gordinho estava corado.
-Charlotte. Chamei na entrada. Charlotte ergueu a cabeça e me olhou surpresa.
-Natasha querida! -Ela se levantou. -Você não deveria estar na Irlanda?
-Nós precisamos conversar. Digo directo, sem rodeios. Vendo a minha expressão seria Charlotte engole em seco e assenti.
-Então querida, o que você quer conversar comigo?  Perguntou Charlotte fechando a porta do quarto atrás dela. Me virei e olhei para ela, Charlotte vestia um vestido de seda lilás muito bonito. Ela me olhava com os seus olhos castanhos muito preocupados.
-O que aconteceu entre você e Agnes? -Perguntei. Todo o sangue do rosto de Charlotte foi drenado. Ela estava tão pálida que por um momento eu pensei que ela estava passando mau. Me aproximei de Charlotte preocupada e afaguei o seu cabelo. -Você está bem?
-Sim, sim. -Ela disse andando longe do meu alcance. Charlotte abraçou o próprio corpo. -Ela não é quem você pensa que é. Charlotte começou, a sua voz tremeu um pouco.
-Como assim? Perguntei.
-Foi Agnes, foi ela que matou Esther, a minha Esther. -Charlotte choramingou. -Ela sempre teve inveja de Esther, por ser mais poderosa, por ser a líder e por ser amada por todos. Então teve a batalha entre as forças do mau e do bem, essa foi a oportunidade perfeita para Agnes agir. Ela criou um monstro para capturar Esther e mata-la. Charlotte estava soluçando tanto que eu quase não conseguia entender nada. Peguei na mão de Charlotte e a conduzi até a cama e a fiz sentar.
-Por favor, continue Charlotte. Pedi.
-Apesar dela também ter criado a raça dos guardiões ela os odeia. Ela está usando magia negra para criar um exército de monstros inteligentes para matar os guardiões. Claro agora tudo estava claro na minha cabeça. Vovó quando apareceu messes atrás no meu quarto disse que as pessoas que eu penso que são os meus amigos são os meus inimigos, e as pessoas que eu penso que são os meus inimigos são os meus amigos. Tudo faz sentido agora, eu no começo pensei que Lilith era a inimiga, mas não é, Agnes sempre foi.
-Porquê você não me disse antes, Charlotte? Perguntei, a minha voz estava fraca e a minha cabeça rodava com  tudo o que eu acabara de ouvir. Charlotte me olhou, as suas bochechas vermelhas agora manchadas com as lágrimas.
-Agnes é muito perigosa. Ela sabe que eu sei, por isso ela ameaçou matar você. -Ela disse. -Ela queria que você sofresse, por isso ela matou todos que você ama minha querida. De repente raiva me inundou. Raiva de mim mesma por ter sido tão burra ao ponto de acreditar em Agnes e, raiva por Agnes ter destruído a minha vida. Me levantei e comecei a ir para a porta, mas Charlotte me parou.
-Aonde você vai? Perguntou.
-Eu vou destruir Agnes. Respondo.
-Não! Se você for agora Natasha ela vai te matar. -Disse Charlotte desesperada. -Temos de arranjar um plano. Relutantemente concordei com ela. Claro, nós tínhamos que arranjar um plano, um plano muito bom.
-Ok. -Digo. -Mas eu posso ir comer? Estou com fome. Era verdade. Eu realmente estava morrendo de fome. A quanto tempo eu não como? A horas. Charlotte sorriu fracamente e concordou. Saímos do quarto e fomos rumo a sala de jantar do palácio. Infelizmente, enquanto desciamos as escadas demos de cara com Morgana a dama sinistra de Agnes. Com certeza, assim como Agnes Morgana também era do mal. Morgana estava vestindo um vestido cinza que eu achei horrível, a sua pele estava muitíssimo pálida e o seu cabelo estava puxado rigorosamente para trás. Os seus olhos cinza mortos me observavam com surpresa.
-Suprema feiticeira! Não deverias estar na Irlanda? Pergunta. A sua voz era tão...chata e nojenta.
-Sim eu deveria. -Respondo. -Mas como vês agora eu não estou. Termino com sarcasmo. Morgana estreita os olhos para mim e depois de retira.
-Não se metas com Morgana, Natasha ela é perigosa. Sussurrou no meu ouvido Charlotte. Assenti, e voltamos a andar. Quando chegamos as quatro cozinheiras que lá estavam fizeram uma reverência e depois me sentei. Elas me serviram com uma torta de maçã e uma xícara de chá. Comi rapidamente, depois eu e Charlotte fomos até o jardim nos sentarmos na mesinha de chá. Estava frio é claro, estávamos no meio do mês de Novembro, mais algumas semanas e seria natal. O meu primeiro natal sem a minha família. Enfiei as minhas mãos no bolso do grosso casaco de lã e olhei ao redor. Criados andando de um lado para o outro fazendo o seu trabalho e tudo mais. Fiquei pensando até se Agnes, Lilith e Desdemona já descobriram que fui embora. Bem, eu tenho a certeza absoluta que já descobriram e devem estar furiosas.
-Natasha? Ouvi uma voz atrás de mim muito familiar. Me virei e vi John. Ele estava vestindo um casaco preto comprido, botas e um par de calça jeans. Ele se aproximou mais de mim com um sorriso.
-Olá, John. Sorri de volta. John puxou uma cadeira e se sentou com a gente.
-Porquê você está aqui? -Ele perguntou arqueando uma sobrancelha. -As feiticeiras supremas sabem que você está aqui? Balancei a minha cabeça.
-Não. -Respondi e tirei uma madeixa de cabelo que entrou na minha boca por causa do vento forte. -Eu estou aqui porque quero, elas não mandam em mim. John olhou para mim e depois sorriu balançando a cabeça de um lado para o outro.
-De Fato. -Concorda John tirando o seu cabelo comprido do rosto.
-Vamos sair? Ele pergunta. Balanço a minha cabeça. Eu tinha que por um ponto final nisso. Eu tenho um namorado, e além do mais eu não tinha tempo para isso eu precisava arranjar um plano para parar Agnes antes que isso fuja do meu controle. De repente eu fico cansada não só fisicamente mas também emocionalmente. Eu não avia dormido faz horas e só de pensar que Agnes não é quem eu penso que é faz com que eu me canse.
-Eu não posso John. -Começo fria. -Eu tenho namorado. John me olha fixamente com os seus olhos pretos e encolhe os ombros.
-Você tem razão. Ele se levanta.
-Olha John, -Pego no pulso dele no momento em que ele passa por mim. -Tem muitas garotas mortinhas por você. Dê uma chance a elas. John sorri e antes de ir embora me da um beijo na bochecha. Depois de John ir Charlotte olhou para mim com um sorriso.
-É incrível como você lida com as pessoas. -Ela disse. O semblante de Charlotte ficou sério novamente, ela se inclinou contra a mesinha e disse: -Ela tenho uma ideia.
-É perfeito Charlotte. -Digo me levantando da cama. -Boa ideia.
-Bem, a qualquer momento elas vão chegar. -Disse Charlotte.
-Lilith é muito confiável e faria qualquer coisa para vingar a morte de Esther.
-Exatamente. Concordo.
-Muito bem, vamos te deixar apresentável. Disse ela se levantando da cama.
      Depois de meia hora se preparando finalmente eu estava pronta. Eu estava usando um vestido cor de lavanda de seda, uns saltos altos a condizer e o meu cabelo estava solto em leves ondas por volta do meu pescoço. Tudo estava quase pronto, eu e Charlotte só estávamos a espera de Agnes, Lilith e Desdemona que, pelo o que eu sei, não demorariam a chegar.
-Você está linda. Elogiou Charlotte com um sorriso de lado.
-Obrigado. Agradeço. Alguém bate a porta de leva e depois enfia a cabeça pela porta. Era uma serva os seus olhos escuros estavam ansiosos.
-Suprema feiticeira, Charlotte As supremas feiticeiras chegaram. Ela anunciou e depois saiu. Olhei para Charlotte e ela me lançou um olhar encorajador.
-Você se sairá muito bem. Ela disse e deu tapinhas meio desajeitados no meu ombro.
-Tomara.
  Quando cheguei no grande salão principal Agnes, Lilith e Desdemona estavam olhando em volta com as caras confusas. Alguns dos convidados já estavam no grande salão, conversando e tomando champanhe. Assim que Agnes me viu ela perguntou:
-Natasha, o que está acontecendo? Ela perguntou, o seu semblante estava sério.
-Ora Agnes, -Comecei num tom alegre fingido. -Essa é uma festinha em homenagem a você. Digo, a expressão de Agnes suavisando.
-Em homenagem a mim. Ela repetiu um sorriso fraco estampado no seu rosto. Assenti e fui em direcção ao pequeno palco improvisado. Subi os degraus de madeira e peguei no microfone que um homem alto e magro avia me oferecido.
-Ah, você tem um belo plano. Disse Debbie aparecendo de repente me fazendo pular  para trás. Ignorando o comentário dela sorrio largamente e digo:
-Por favor, caros convidados peço a vossa atenção. Alguns rostos familiares e outros nem por isso se viram para me olhar. Sinto o meu coração pular dentro do meu peito, mas respiro fundo.
-Não é atoa que estejas nervosa, com esse monte de gente te olhando. Comentou Debbie irónica. Ela avia desaparecido durante muito tempo, e durante toda a tarde estive pensando onde ela se enfiara.
-Meu caros convidados, estamos reunidos aqui porque graças a Agnes a minha vida mudou por completo, os meus pais morreram, a minha irmã morreu, o meu namorado e a minha melhor amiga também morreram. -Olhei para Agnes que empalideceu. -Graças a ela eu consegui me recuperar da morte deles. Sorri estupidamente quando vi os ombros terços de Agnes relacharem. -Por isso vamos fazer um brinde. Um garçon passou por mim e me entregou uma taça de champanhe. A levantei e disse:
-Viva a Agnes! Gritei.
-Viva! Os convidados gritaram em uníssono e todos nós encluindo Charlotte que estava sorrindo para mim tomaram o champanhe. Desci os degraus e fui até Agnes, o jogo ia começar. 
      Fechei a porta atrás de mim quando Agnes se virou para me olhar. Nós estávamos num cômodo pequeno com móveis de madeira.
-O que você quer conversar comigo, Natasha? Ela perguntou.
-Eu sei de tudo Agnes. -Digo me lançando logo ao assunto. O rosto de Agnes agora estava pálido. -Eu sei do seu plano, eu sei que foi você que matou as pessoas que eu amava. O que eu não esperava era que, Agnes jogasse a cabeça para trás e gargalha-se friamente. Quando ela parou os seus olhos estavam brilhando por causa das lágrimas.
-Imagino que foi Charlotte que te contou? Perguntou. O seu rosto agora torcido em uma careta.
-Realmente. -Concordo me sentando no sofá chesterfield de couro preto. -Eu quero me aliar a você, Agnes. Agnes me olhava com os seus olhos negros intensos não acreditando. -E porquê diabos eu confiaria em você? -Ela perguntou pousando as mãos nos quadris largos. -Depois de matar a sua família?
-Ah, mas você me fez um imenso favor Agnes e além do mais, eu odeio os Guardiões. -Me levanto e fico de frente para ela. -Ela nunca quis ser uma, e eu prefiro dominar o mundo ao seu lado do que ficar no lado dos fracos fazendo papel de boba. Agnes riu novamente.
-Eu volto a te perguntar, porquê eu confiaria em você.
-Você não é obrigada a confiar, mas você pode ter a certeza que tudo o que eu desejo e ficar ao seu lado. Agnes me olha durante um bom tempo, os seus olhos avaliadores e desconfiados.
-Muito bem. -Ela finalmente diz. -Mas se você me trair Natasha, você morrerá. Dito isso ela siu do cômodo batendo a porta.

Academy of the guardian. Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora