Capítulo 4

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Corri pelo Campus até o meu quarto, chegando lá eu peguei as chaves do meu fusca vermelho desbotado e voltei a correr pelo Campus até o estacionamento. Abri a porta do fusca e entrei, liguei o carro e dei partida sai do estacionamento tão rápido que fizeram os pneus do carro cantarem. Dirigi o mais rápido possível até o cemitério de Los Angeles onde a minha família estava enterrada. Quanto cheguei no cemitério estacionei o meu fusca em uma vaga livre e me direccionei até os assustadores portões enferrujados e pontiagudos do cemitério. O cemitério era assustador eu tinha que concordar, mesmo que ainda fossem dose horas e o sol deveria estar no alto, não avia sol algum só nuvens cinzentas, no cemitério avia nevoeiro fazendo o cemiterio parecer mais assustador ainda, eu queria era sair correndo dali e nunca mais voltar, mas eu não podia essa era a única oportunidade que eu tinha de voltar a ver Aline depois de messes. Andei entre as lápides calmamente cerrando os olhos tentando ver se eu conseguia ver o fantasma de minha irmã.
-É Você novamente. Falou uma mulher de quarenta e poucos anos. Ela estava vestida de branco. Porque todos os fantasmas se vestiam de branco? Me perguntei. Afastei essa pergunta e me concentrei na mulher que estava na minha frente agora acompanhada de outros fantasmas também de branco (tanto branco!), eles me encaravam friamente.
-Onde minha irmã está? Perguntei, um homem alto, magro e loiro que eu não tinha visto antes entrou no meu campo de visão e respondeu:
-Ela te espera na lápide de sua família. Eu sorri e murmurei um obrigado, logo todos os fantasmas desapareceram me deixando sozinha novamente. Comecei a andar novamente por entre as lápides, eu encontrei a lápide de mármore preto da minha família só que lá não tinha ninguém.
-Aline! Gritei. Nada, tudo o que eu podia ver era só um nevoeiro.
Natasha. Alguém sussurrou o meu nome nos meus ouvidos tão metodicamente, e eu soube na hora que era Aline.
-Onde você está? Perguntei olhando mais uma vez ao redor, mas nada apenas o nevoeiro me acompanhava.
Eles me deram pouco tempo. Aline sussurrou no meu ouvido novamente.
-Aparece, eu quero te ver. Pedi. Por entre o nevoeiro eu vi a silhueta pequena de Aline, até que eu consegui a ver por inteiro. Aline já recuperara a sua cor e ela estava mais linda do que nunca parecendo um anjo, com uma luz celestial por sua volta, os seus cabelos loiro cacheados não estavam em desordem e a sua pele estava lisa e brilhante.
Dei um grande suspiro e sorri.
-Alguém muiro poderoso e próximo a Você quer matar-te, e se não tomares cuidado ela vai conseguir o que quer. Aline disse em um tom sério.
-Mas quem quer matar-me? Porquê vocês simplesmente não falam quem é a pessoa? Perguntei exasperada. Já estava cansada de tanto enigma na minha vida, não era suposto os fantasmas saberem de tudo? Eles não estão em todo o lugar? Aline ainda me olhava com profunda tristeza, sua testa estava enrugada de preocupação.
-Não. Ela balançou a sua cabeça de um lado para o outro tão forte que fizeram os seus cachos louros ricochetearem no seu rosto pálido. -Eu sei quem é, mas Esther disse que isso você terá de descobrir sozinha. Dito isso ela começou a desvanecer, eu corri até ela mas já era tarde de mais Aline já avia desaparecido. Eu estava completamente sozinha agora, sem saber como dar o próximo passo. Era tão fácil falar um nome apenas, mas Esther quer que eu descubra sozinha mas como? Me sentei na lápide da minha família, abracei as minhas pernas e precionei a minha testa contra meu joelho. Fechei os olhos e suspirei.
Tudo na minha vida era tão confuso! Apesar que no começo eu não queria nem ser marcada, agora eu desejava mais do que nunca ser apenas uma guardiã normal e não ser uma feiticeira. Eu via nos olhares nada discretos dos meus colegas que eles sentiam pena de mim, por eu ter perdido todas as pessoas que eu gostava. Eu me lembrei do meu sonho quando Esther falou que ela tinha poderes inimagináveis, se ela tinha poderes inimagináveis porque ela não ressuscita de uma vez e mata quem quer que essa pessoa seja que quer acordar esse grande mau. Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto, por mais que eu fechasse os meus olhos com força as lágrimas escapavam. Irritada limpei as minhas lágrimas e levantei para ir embora daquele lugar frio e triste. Comecei a andar novamente só que parei abruptamente quando eu ouvi passos rápidos, quem quer que essa pessoa seja ela estava com certeza correndo o seus pés batendo fortemente na grama. O meu coração começou a bater rápido,com esse nevoeiro todo eu não conseguia ver muito bem as lápides que estavam por minha volta. Eu estava preparada para lançar bolas de fogo quando ouvi uma voz familiar pronunciar o meu nome:
-Natasha!
Raios! Era Daniel.
-O que diabos você está fazendo aqui, Daniel. Perguntei gritando irritada por ele ter me seguido mas ao mesmo tempo aliviada.
-O que você está fazendo aqui? Ele perguntou entrando no meu campo de visão. O seu cabelo estava todo desgrenhado, Seu peito largo subia e descia rapidamente por conta da corrida e as suas bochechas estavam levemente coradas.
-Não te interessa. Eu disse ríspida. -Você me seguiu? Perguntei.
-Sim, você de repente saiu correndo do refeitório e eu estava curioso para saber o que tinha acontecido. Ele disse se aproximando de mim. Ele desviou os seus olhos dos meus e olhou para a lápide de mármore preta da minha família onde estavam escritos:
Elisa Rose Summers mãe e avó excepcional.
1947-2014.
Alice Charlotte Summers Petinsson Mulher e mãe amorosa.
1972-2014.
Nathaniel Pettinson marido e pai guerreiro.
1970-2014.
Aline Nicole irmã e filha querida.
2002-2014.
-Esse é o túmulo da sua família? Daniel perguntou voltando a olhar para mim.
Eu não falei nada apenas assenti.
-Cris o meu companheiro de quarto disse que alguém matou toda a sua família e a sua melhor amiga, porque? Ele perguntou.
Antes de lhe responder eu me sentei novamente na lápide, Daniel fez o mesmo se sentando tão próximo de mim que eu conseguia sentir o seu cheiro de sabonete e hortelã.
Suspirei e falei:
-Alisha, ela...ela era uma garota que eu pensava ser inocente, ela era todos os dias atormentada por Caroline e os gémeos e eu sendo eu a protegia...... Parei de falar e olhei novamente para Daniel que fez um sinal para que eu continuasse. -Eu estava errada ela foi mandada por alguém que eu não sei quem é para matar toda as pessoas que eu gostava. Ela matou primeiro a minha avó, depois os meus pais, a minha irmã e Aiden. Senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto novamente. Daniel se aproximou ainda mais de mim e me abraçou forte e carinhosamente.
-Quem é Aiden? Ele perguntou em um sussurro.
Eu estranhei a sua pergunta, mas sem me importar acabei por responder.
-Ele foi meu namorado, ou seja quase o meu namorado.
-Como quase o seu namorado?
Eu me afastei dele e olhei com a testa franzida para Daniel.
-Isso não é da sua conta, Daniel. Eu disse exasperada.
-Tem razão, desculpe. Vamos voltar para a escola?
Balancei a minha cabeça em um sinal de sim e me levantei. Eu e Daniel andamos pelo cemiterio em silêncio. Eu não ousaria a falar mais nada, eu não podia me apaixonar por ele e nem ele por mim. Quando chegamos no estacionamento peguei as minhas chaves do carro que estava no meu bolso traseiro da calça jeans e girei a chave destrancando a porta. Daniel olhou com cara feia para mim, revirei os olhos já sabendo o que ele ia falar.
-Esse é o seu carro?
-Sim, Daniel esse aqui é o meu carro. Respondi. -Onde está o seu carro? Perguntei.
-Está ali. Daniel apontou para um kia conversível preto.
-Hum, ok Tchau. Entrei rapidamente no meu carro e dei partida. Já eram quase dezoito horas quando cheguei na escola e o jantar seria daqui umas quatro horas. Daniel chegou junto comigo, mas eu o ignorei andando pelo Campus até o prédio do dormitório mas James se enfiou na minha frente. A sua expressão estava séria o que fez com que eu ficasse preocupada se alguma coisa tivesse acontecido com os outros.
-O que foi? Perguntei.
-Eu preciso falar com você Natasha, sobre a gente. Ele me respondeu.
Ah, não! Agora não.
-Eu não tenho nada para falar com você. Eu disse e comecei a andar novamente só que James pegou no meu braço me impedindo.
-Eu sinto a sua falta, Natasha.
Eu me virei surpresa para James.
-James, entre eu e você acabou. Falei firmemente, eu não podia simplesmente voltar para James, infelizmente eu já não sinto tudo que eu sentia por James quando ainda estávamos namorando. Ele me magoou sim, mas eu já esqueci e já o perdoei, além do mais tinha Amy que admitiu amar James.
-Não Natasha, eu ainda te amo. Eu sei que eu te magoei mas eu não paro de pensar em você e o quanto você está sofrendo. Eu olhei nos olhos verdes de James, neles ele pedia súplica.
-E Amy? Perguntei.
James suspirou e apertou a ponta do nariz.
-Eu namorei com Amy por impulso. Porque você me traiu com Aiden. Ele respondeu por fim.
-Eu nunca te traí James. Eu nem ao menos cheguei a fazer........ Parei de repente não querendo pronunciar a palavra sexo.
-.....sexo? Mas mesmo assim você o beijou. Ele disse o seu tom exasperado.
-Mas eu te amava! Gritei já frustrada. E James agora fica falando que eu o traí, eu estava errada sim mas ele também estava.
-Eu sei, eu também te amava, quer dizer eu ainda te amo. Eu quero você Natasha. James me puxou para perto dele fazendo com que o meu corpo estivesse colado ao dele. Olhei ao redor, por sorte não tinha nenhum aluno no Campus ou a espreita.
-Amy te ama, James. Ela me falou isso. Me afastei dele, James me olhava surpreso com certeza por essa ele não esperava.
-Ela me ama?
-Sim. Ela confessou para mim que que com você ela se senti completa.
-Não! Você está inventando tudo isso porque você não quer admitir que está com esse novo novato. Como ele se chama...? Ah! Daniel não é? Seu rosto estava vermelho por causa da raiva. Eu estava com tanta raiva também de James por me chamar de mentirosa que eu tive vontade de gritar com ele, mas me conti. Dei um grande suspiro antes de responder.
-Eu não inventei nada disso, se você quer saber vá perguntar para Amy. E por favor não a magoe como você me magoou. Dei de costas para ele, mas me lembrei de mais uma coisa e voltei a olhar para ele. -E não, eu não estou com Daniel. Eu não sei se eu um dia voltarei a me apaixonar por alguém. Dito isto andei até o prédio dos dormitórios consciente do olhar de James atrás de mim.

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