Capítulo 6

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— Deve ficar. — Lavender disse, deitada no sofá como estava.

— Não pode ficar. — Seamus respondeu.

Deve ficar. — Ela insistiu.

— Deve ficar o quê? — Harry perguntou alegremente, sentando-se em frente a eles.

— Mh, estamos debatendo se Snape fica com alguém. — Seamus disse com a boca cheia de doce. — Eu digo não, porque quem iria? — Ele disse, gesticulando no ar.

Lavender bufou.

— Eu digo que ele fica. Quero dizer, provavelmente não com frequência, mas todos podem encontrar alguém, certo? Me pergunto de quem ele gosta. — Ela disse.

Harry estremeceu, estranhamente desconfortável com o assunto. Em parte por causa do que ele viu nas memórias de Snape, e em parte por causa do 'novo Snape'.

— O que você acha, Harry? — Seamus perguntou.

Ele se encolheu.

— Eu acho... se ele conseguir alguém, provavelmente... não é frequente. Acho que ele estaria muito ocupado na maior parte do tempo. — Ele disse, considerando como Snape disse que estava fazendo vários trabalhos de tempo integral ao mesmo tempo.

— Quem quer que ele faça, quando o fizer, deve ser cego. Ou você acha que ele apenas fode no escuro? — Lavender perguntou com uma risadinha.

Ele se mexeu desajeitadamente, de repente desejando ter ficado lá em cima, no dormitório.

— Ele poderia simplesmente usar o Obliviate. — Seamus sugeriu. — Ou simplesmente Imperio.

— Chega! — Harry retrucou. Ambos os seus amigos congelaram e olharam para ele sem jeito. — Isto é ridículo. Quem se importa se ele ficou com alguém enquanto estava ocupado sendo um espião da luz e nos mantendo vivos? — Ele sibilou.

Um silêncio mortal pairou por um momento, então Lavender riu.

— Oh, vamos, Harry, é só uma brincadeira. — Ela disse levemente.

— É, cara, não leve isso tão a sério. — Seamus concordou. — É apenas Snape.

Harry levantou-se e saiu pela porta um momento depois, a fúria guiando seus passos para dentro do castelo. Ele nem sabia por que estava tão chateado em primeiro lugar. Nada do que eles disseram foi tão ultrajante – e realmente, algumas semanas atrás, ele teria aderido imediatamente.

Ele bateu direto em alguém, virando uma esquina. Ele o atingiu com um grunhido, tropeçando nos próprios pés e caindo de bunda no chão.

— Porra. — Ele amaldiçoou, empaticamente.

— Linguagem, Potter. — Uma voz baixa e familiar falou lentamente.

Ele olhou para cima, chocado ao ver Snape elevando-se sobre ele.

— Brilhante. Simplesmente incrível. — Ele gemeu, lutando contra a vontade de simplesmente deitar. Snape era praticamente a última pessoa que ele queria ver naquele momento.

— Levante-se, Potter. Você está machucado? — O homem perguntou.

Ele se levantou e sacudiu a poeira.

— Estou bem. — Ele retrucou, apenas para congelar – Snape não tolerava aquele tom específico, como ele sabia muito bem.

— Mau humor? — O homem perguntou com um sorriso de escárnio.

— Sim. Apenas... não faça isso. Hoje não. — Ele retrucou novamente, incapaz de se conter.

Os olhos escuros se estreitaram e Snape entrou em seu espaço pessoal.

Blowing Smoke | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora