Ele estava sorrindo como um lunático quando bateu na porta dos quartos de Severus algumas horas depois. Ele não precisava bater, é claro, já que entrava e saía quando queria, mas não estava tentando fazer uma visita, estava tentando deixar claro .
A porta se abriu, revelando um Severus carrancudo cuja expressão imediatamente se transformou em perplexidade.
— Harry? Desde quando você bate? — Ele perguntou.
Harry sorriu ainda mais.
— Já que vim buscar você... e estou tentando ser um bom acompanhante. — Ele disse alegremente, puxando o braço de trás das costas para revelar o que estava segurando.
Severus olhou para as flores que segurava como se nunca tivesse visto nenhuma antes.
— O que é isso? — Ele perguntou, apontando para as flores como se quisesse ter certeza de que Harry sabia o que ele estava perguntando.
Ele deu ao homem mais velho seu sorriso mais brilhante.
— Flores. Eu trouxe flores para você, Severus. É um presente. As pessoas fazem isso, às vezes, quando vão a um encontro como um baile... Severus? — Ele questionou, perdendo o fôlego rapidamente ao notar a expressão do outro homem.
O outro homem parecia quase apavorado, olhando para Harry como se ele tivesse enlouquecido.
Seu braço baixou um pouco.
— Elas são... elas são ingredientes de poções. Não é raro nem nada, mas não existem muitos ingredientes de poções que sejam bonitos. — Ele disse olhando para as flores rosa e amarelas unidas em um buquê.
Severus ficou em silêncio.
— Você... não gosta delas? — Ele verificou, de repente se perguntando se havia cometido um erro.
Uma mão elegante surgiu e escondeu o rosto de seu amante. Ele ficou preocupado, realmente preocupado por um segundo - então Severus espiou por cima dos dedos. Harry descobriu quando viu as manchas vermelhas reveladoras nas bochechas do outro homem. Ele suspirou de alívio, no momento em que o sonserino aceitou as flores – com cuidado, como se estivesse manuseando algo muito mais raro do que alguns ingredientes bonitos de poções.
— Você... você deve saber que ninguém faria isso... — Severus disse, apontando para as flores. Ele voltou para seus quartos e Harry o seguiu.
— Ninguém nunca te deu flores? — Ele verificou. Severus não respondeu, mas encolheu os ombros fracamente enquanto invocava um vaso para colocá-las. O vaso foi direto para sua mesa - Harry sabia que era onde o outro homem passava a maior parte do tempo em que estava sozinho em seus quartos, e ele quase derreteu com a onda de sentimentos que puxou de dentro dele.
As flores foram tratadas, Severus se arrastou desajeitadamente - ele parecia estar esperando por alguma coisa. Quando Harry não disse nada, ele fez uma careta.
— Minha... aparência atende aos seus padrões? — Ele verificou.
Harry traduziu como uma pergunta se ele achava que o outro homem parecia bem, e então o estudou detalhadamente. Severus vestiu vestes, é claro – pretas e verdes, com toques de azul nos bordados mais finos. Elas eram muito mais elaboradas do que ele sabia que seu parceiro preferia, o que só poderia significar...
Ele se aproximou de seu parceiro e estendeu a mão. A carranca não desapareceu, mas não houve hesitação antes que o sonserino estendesse a mão a Harry também.
— Você está fantástico. — Ele elogiou, apertando os dedos entre os seus para que Severus não pudesse se afastar. Quando percebeu que o outro homem ainda estava – talvez de novo – corado, ele decidiu aumentar a aposta.
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Blowing Smoke | Snarry
Fiksi PenggemarHarry não se importa com Snape além do fato de ter de cumprir detenções com ele, apesar de ser maior de idade. Ele não se importa. Ele o convida para tomar uma bebida só para se livrar da detenção. E daí se você for... legal? E se eles se tornarem a...