Capítulo 132

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Deixando de lado todos os seus planos extravagantes, Harry estava exausto quando a excitação de tudo aquilo diminuiu, quando o álcool o atingiu de verdade pouco tempo depois. Apenas deitado na cama, pressionado ao lado de seu amante, estudando seus anéis enquanto a prata e o ouro brilhavam onde seus dedos estavam entrelaçados sobre o peito de Severus... bem, era mais do que suficiente, cem vezes melhor do que seu plano real, ele pensou.

— Severus? — Ele cutucou seu amante com cuidado, sem saber se estava dormindo.

— Hum? — Seu amante cantarolou, sua voz mais baixa que o normal.

— Este é o melhor aniversário que já tive. — Ele admitiu com um sorriso. — Obrigado.

— Da mesma forma, Harry. Estou... feliz que você... tenha gostado do presente, que você... tenha aceitado.

— Eu aceitei. — Ele disse com firmeza, caso Severus não tivesse certeza.

— Sim. — Severus sussurrou, mudando até poder beijar Harry. — Eu amo você. — Ele sussurrou, seu tom quase frenético quando o fez.

.

Harry acordou lentamente, confortavelmente envolto em calor, mas sem saber por que estava acordado quando ainda estava escuro - então se lembrou de onde eles estavam e que era improvável que vissem o sol nascer. Ele sorriu enquanto olhava para o céu – ele não precisava dos óculos para ver o que estava acima deles.

Ele rolou e beijou Severus bem na boca.

Seu amante gemeu quando ele acordou lentamente, retribuindo o beijo antes mesmo de acordar. Quando ele acordou corretamente, quando suas mãos subiram e envolveram o cabelo de Harry, ele gemeu lindamente.

Harry se afastou.

— Bom dia. — Ele sussurrou animadamente.

Parece ser. — Severus ronronou.

— Olhe para o céu. — Ele insistiu, recuando o suficiente para que seu amante realmente pudesse. Severus estudou as luzes verdes e brancas acima deles. As Luzes do Norte eram cem vezes mais bonitas do que ele jamais vira em fotos.

— Lindo. — Severus disse calmamente. — Isso te agrada?

Ele riu com vontade.

— Sim, sim, claro que sim. Isso não faz você querer voar e estar nelas? — Ele perguntou, sentando de pernas cruzadas para poder ver melhor.

— Eles estão a centenas de quilômetros de altura. Você não conseguiria respirar, Harry. — Severus disse gentilmente.

— Eu sei que. Só... você sabe o que quero dizer, certo? Isso não faz você querer estar lá em cima?

Dedos roçaram o braço de Harry.

— Não sei... há muita beleza aqui também. — Severus disse - Harry sentiu-se corar, pego totalmente desprevenido pelo comentário inesperado - Severus estava sorrindo para ele quando olhou para baixo novamente, então se inclinou e o beijou.

Para sua surpresa – ou melhor, não – ele gostou muito mais de beijar seu amante do que de olhar para o céu, então ele felizmente fez questão de fazer exatamente isso, de se manter pressionado perto, movendo-se para segui-lo toda vez que seu amante mudasse de posição. Logo, eles estavam completamente pressionados um contra o outro, Harry cobrindo o corpo de seu parceiro com o seu, deslocando preguiçosamente sua ereção contra o quadril de seu amante, sentindo outra correspondente pressionada em sua coxa.

Isso o lembrou – seu plano, frustrado pelos anéis agora enrolados em seus dedos. Ele teve que lutar contra uma risada, e afogou-a em outro beijo, muito mais exigente desta vez. Seu amante gemeu baixinho e cedeu, quase relaxando para que Harry pudesse beijá-lo como quisesse.

Ele o fez, sua língua e lábios exigindo cada vez mais de seu parceiro. Severus deu, de boa vontade, deixando-o ter exatamente o que queria, até que Harry ficou tão sem fôlego que teve que recuar, o próprio quarto ao seu redor girando um pouco.

Quando ele olhou para seu amante, Severus estava com os olhos fechados e ofegando levemente.

Ele engoliu em seco, observando o belo homem sob a luz fraca das estrelas e das luzes verdes acima delas, e estudou suas feições de perto.

— Eu amo você. — Ele sussurrou, ainda tão feliz por poder agora.

— Assim como eu. — Severus respondeu alegremente, agarrando a mão de Harry e beijando o anel de Slytherin ali. Ou pelo menos ele tentou – Harry deu uma risadinha quando, bem diante de seus olhos, o anel se desviou e deslizou por sua mão, antes de se fixar novamente em seu dedo anelar.

— Bem... — Harry disse, olhando para ele. — Acho que não é um anel de insígnia, hein? — Ele brincou.

Severus não respondeu – ele estava muito ocupado cobrindo o rosto com as mãos enquanto Harry ria.

.

Eles observaram a lenta mudança das luzes coloridas acima deles por uma ou duas horas antes de Harry começar a se sentir inquieto.

Um tipo particular de inquietude também - ele se aproximou de seu amante novamente, satisfeito por sentir que, quando ele 'casualmente' roçou sua coxa na virilha de seu amante, encontrou Severus duro. Harry não estava, mas estava com muita vontade de fazer algo a respeito da ideia.

Ele se mexeu na cama até alcançar a garganta de seu amante e começou a espalhar beijos ao longo da pele ali. Como esperado, Severus suspirou e descobriu mais a garganta. Eles dormiram apenas de cueca, então não havia roupas para tirar - algo que Harry quase lamentou, considerando o quanto ele gostava de desfazer os botões de seu amante.

Severus gemeu baixinho, assim que Harry percebeu que havia mordido com um pouco mais de força do que pretendia. Ele acalmou o local lambendo-o, aproveitando o roçar de sua língua sobre a marca suave que ele havia deixado, já desaparecendo.

Ele beijou mais adiante, os lábios roçando a frente da garganta de seu amante, no momento em que Severus engoliu em seco. Como sempre, Harry sentiu vontade de pressionar aquele ponto na garganta do outro homem, um lembrete agradável de como foi ter seu pênis pressionado tão profundamente em seu amante.

— Toda vez... — Severus sussurrou com um gemido suave.

— Toda vez? — Harry perguntou, beijando seu peito.

— Cada vez que você... toca minha garganta, me lembro de como era sentir você. — Ele gemeu.

Harry congelou, recostando-se com um sorriso.

— Oh?

— Merlin, sim... — Severus gemeu, sua própria mão subindo para cobrir a extensão vulnerável de sua própria garganta.

— Eu também. Eu estava pensando... — Ele disse, tremendo.

— Eu poderia - gostaria de... — Severus começou a oferecer, e Harry estava tão perto de aceitar, exceto...

Exceto que havia algo mais que ele queria mais. Algo que ele nunca quis tanto quanto agora.

— Mais tarde. — Ele sugeriu. — Quero saber como é olhar para o céu. — Ele disse com um sorriso. Severus assentiu, seus dedos passando pelos cabelos de Harry, puxando levemente. Não em nenhum lugar em particular – seu amante parecia querer fazer isso.

Ele beijou seu peito, cada vez mais baixo, até chegar a uma barriga côncava. Ele já conhecia o corpo de seu parceiro, sabia quais toques ele gostava e onde, e Severus estava mais do que disposto, agora, a deixá-lo ver suas reações.

Na verdade, o homem mais velho gemeu e Harry lambeu logo abaixo do umbigo, estremeceu quando deu um beijo no cós da calça.

— Tira? — Ele pediu esperançosamente.

Blowing Smoke | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora