Capítulo 3 | A Visita

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-Kaoru -Sua tranquilidade foi aniquilada com apenas um simples chamado, que ecoou pelos seus ouvidos e o fez parar seu passo e se deparar com a figura alta de Kojiro, que o acompanhou e parou logo ao seu lado.

-Oque foi? - Seu tom de voz era seco, mesmo que não fosse a real intenção.

-A apresentação foi ótima, você foi muito bem parabéns -Sua feição era tão simples, transmitindo tanta empatia, mas nada disso conseguia ultrapassar a barreira de ferro de Kaoru, que não fez questão de retribuir qualquer sorriso ou evidência de gratidão em seu rosto pálido.

-Obrigado.

Suas palavras não pareciam sinceras o suficiente.

Um curto silêncio se estendeu, fazendo o franzir o cenho enquanto recebia um profundo olhar do esverdeado que o olhava calado, parecendo estar preso em pensamentos.

-Precisa de mais alguma coisa? -A fala do rosado o fez acordar.

-Queria te perguntar se vai aparecer no S hoje?

Tinha algo de diferente em seu tom de voz e no seu jeito de falar, era como se ele não tivesse oque dizer, mas quisesse continuar insistindo em estabelecer uma conversa com o rosado, que parecia não se interessar.

-Vou sim, eu sempre apareço -Ele fez uma careta, estranhando o questionamento, Kojiro nunca o perguntou sobre isso antes.

-Nos vemos lá então.

Ao voltar para casa, Kaoru fica novamente perdido em pensamentos, tão concentrado e ofuscado na própria mente que passou a estação, agora se sente obrigado a ir a pé para casa, já que está no meio do trajeto. Perfeito, outra coisa que Kojiro o fez perder além do ônibus e da paciência.

Esse pequeno cisco dentro do olho da relação deles que continua os perturbando é mesmo algo do passado, uma pendência que esta presente desde o começo da relação desses dois e que nunca foi desdobrada, mesmo depois de anos. Não é algo que foi fácil de se lidar, Kaoru sente que é oque mais sofreu com isso tudo, mas será que é verdade?

Não é a toa todos os xingamentos e ofensas, esse ódio não é algo simples, na verdade é algo mais intenso do que parece ser, além de uma simples negação. Foi o único jeito que Kaoru achou para proteger seu próprio psicológico de algo pior, mas acabou que essa mania continuou ao decorrer que o tempo passava, e por esse motivo continua praticando os mesmos hábitos antigos, agora, sem sentido algum.

Ele realmente não quer pensar demais sobre isto agora, quem sabe outra hora.

A brisa da tarde era tranquilizante, qualquer vestígio de raiva ou angústia era aniquilado pelo vento fresco que corria pelas janelas da casa grande e aberta aos raios solares daquele quase final de tarde na casa de Sakurayashiki, que se encontrava em seu quarto com os antebraços escorados sobre a janela ventilada.

O clima está ficando mais fresco e se aproximando de uma temperatura cada vez mais baixa silanizando o final da tarde.

Como era boa essa sensação, o vento fresco batendo contra seu corpo sobre a janela, sentindo a noite se aproximar lentamente, aquela vibração das árvores de sakura do lado de fora o chamavam para permanecer ali na calmaria da dança das cores vibrantes do céu das seis horas por mais tempo.
Kaoru decidiu se retirar de seu local de conforto e se direcionou ao interior do quarto, ficando cada vez mais escuro ao decorrer que o sol se derramava no final do horizonte daquele belo final de sábado.

Depois de longos minutos de descanso dentro da banheira quente e reconfortante, o rosado se sente obrigado a sair do envolto da água e se vestir, colocando uma roupa simples e confortável para passar mais algumas poucas horas dentro de sua residência até que a hora de ir até o S chegasse.

Noites de Junho || Joe x CherryOnde histórias criam vida. Descubra agora