Capítulo 9 | Uma noite

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Kojiro se aproximou com uma toalha e uma escova de cabelo que achou dentro do banheiro do quarto do menor, entregando para o mesmo que se encontrava sentado na cama o aguardando.

—Obrigado -Ele começa a se acostumar com a ideia de gratidão expressa por palavras. Era algo difícil pra ele quando se tratava de Kojiro.

O esverdeado se sentou sobre uma poltrona ao lado da porta, direcionada para a cama, onde observava atentamente o menor esfregando a toalha contra a cabeça molhada, rezando para que aquilo não o deixasse enjoado.

—Dessa forma você vai mesmo se matar! -O maior reclamou, fazendo o rosado levantar a cabeça ainda com os cabelos bagunçados sobre o rosto e o encarar mal humorado —Vou te levar de volta pro hospital!

—E oque você propõe? -Ele bufou com a toalha em mãos, dando de ombros com impaciência.

Kojiro suspirou e se levantou da cadeira, se aproximando do menor ainda sentado sobre a cama, que hesitou em deixá-lo pegar a toalha de suas mãos.

—Eu faço sozinho!

—Seu teimoso! -O maior protestou franzindo o cenho, puxando uma das pontas da toalha para o seu lado —Eu estou me oferecendo pra ajudar!

—Eu mesmo vou secar! 

—Você vai se machucar, seu idiota.

—Você que vai me machucar tentando arrancar a toalha de mim desse jeito!

Kojiro se assustou com a ideia e largou o item com calma para que não tornasse tudo pior, deixando Kaoru convencido de que havia ganhado o argumento, ainda com uma expressão de raiva, que se desmanchou após se tocar de suas ações. Ele mordeu o próprio lábios, sentindo culpa.

—Desculpe por isso…

—Então me dá a toalha -Kojiro estendeu a palma, naturalizando a capacidade do menor de agradecer e se desculpar.

Ele suspirou e finalmente cedeu, o entregando a toalha. O rosado estava irritado, se sentindo um lixo por ser tão teimoso. Por que não pode dar o braço a torcer? 

Ao receber a toalha, o esverdeado se sentiu nervoso com a oportunidade de secar o cabelo do amigo, sentindo o coração acelerar ainda mais assim que o rosado se acalmou e o permitiu tocar em seus cabelos úmidos, sendo penteados calmamente por Nanjo.

Kaoru mantia a estabilidade da sua cabeça, que era levemente puxada quando o maior escovada seu cabelo. Seu coração também estava agitado, permanecendo com uma expressão neutra, cuidando de sua respiração para que não ficasse tão evidente seu nervosismo.

—Como você consegue cuidar de toda essa cabeleira? -O esverdeado reclamou ao desembaraçar um nó com tranquilidade.

—Seu cabelo nem é tão curto assim. 

—É curto comparado ao seu, eu não teria paciência.

–Mas você está tendo agora -Kaoru contrariou —Poderia ter simplesmente deixado com que eu desse um jeito como sempre.

Kojiro se calou, sem qualquer argumento enquanto envolvia as pequenas mexas com a escova. Ele estava grato por não precisar olhar Kaoru nos olhos agora.

Ao terminar de escovar o grande e fino cabelo rosado, Kojiro largou a escova e toalha no banheiro novamente e se despediu de Kaoru, que se deitou e o desejou uma boa noite, vendo o maior partir pela porta após as despedidas.

Ao deitar na cama macia e confortável, era como se todos os seus músculos latejantes se acalmassem e se aquecessem contra aqueles cobertores leves que cobriam seu corpo naquela noite fria, conseguindo finalmente se aconchegar dentro do colchão profundo que o envolvia. Não demorou muito para que ele adormecesse por completo.

Noites de Junho || Joe x CherryOnde histórias criam vida. Descubra agora