Capítulo 8 | Repouso

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Era um belo final de tarde, várias pessoas aproveitavam esse agradável momento para passear com sorrisos estampados em seus rostos, enquanto Kaoru sentia a brisa fresca batendo contra seu rosto com delicadeza, usando esse momento silencioso para refletir em suas futuras palavras, desejando não arruinar tudo novamente. Ele ainda tem uma segunda chance.

Não demorou muito para que a cadeira de rodas parasse e Kojiro desse algumas batidas sobre a porta de madeira, que foi aberta surgindo assim a figura do mordomo que arregalou os olhos.

—Vim trazê-lo em casa, não esqueça de obrigá-lo a ficar na cama até se recuperar totalmente…

—Obrigado por trazê-lo.

—Isso é algo que eu deveria falar -Kaoru murmurou com a voz cortante, fazendo o senhor se calar no mesmo instante, fazer uma breve referência e entrar novamente na casa. Isso foi meio rude, mas pelo menos ele os deixou sozinhos.

O menor suspirou e virou a cabeça para o amigo, é agora.

—Kojiro, quero agradecer pelo oque você fez por mim.

O esverdeado ficou surpreso, mas logo relaxou a feição.

—Finalmente um agradecimento decente -Ele sorriu aliviado —E não tem problema, fico feliz que você esteja bem agora. 

Kaoru mordeu o lábio inferior levemente frustrado, desviando olhar enquanto pensava no que falar. Por que suas palavras não pareciam convincentes o suficiente?

—E gostaria que você ficasse para o jantar. 

—Como agradecimento? -Kojiro deixou uma risada rápida escapar, sem desviar os olhos do menor que concordou com a cabeça, tentando manter o controle de suas atitudes —Já que é assim, eu aceito.

Kaoru quase deixou um sorriso escapar, mas acabou o contento por mania, era quase um mecanismo de defesa fazer o máximo para não expressar nada em sua feição, ele se sente tão vulnerável.

—Carla, vamos para dentro de casa.

—Claro, mestre.

Com esse pedido, a cadeira de rodas começou a andar sozinha para dentro da construção, passando pela porta e indo até a sala de estar após a sala de visitas.

Kojiro veio logo atrás, mas não sem antes tirar os sapatos e apressar o passo para acompanhar o rosado que parou diante ao sofá.

—Então ela andava sozinha esse tempo todo? -Ele exclamou olhando para o aparelho, completamente perplexo —Você me fez empurrar isso até aqui!

—Idiota… -Kaoru murmurou franzindo o cenho. Respirando fundo, não deseja dar explicações.

Com um suspiro profundo, Kojiro se jogou no sofá, se sentando de forma confortável, se sentindo em casa no momento em que colocou os braços sobre o encosto. Seus olhos pararam no rosado, imóvel sobre a cadeira de rodas.

—Ah, sim -Kojiro se levantou em um salto, estendendo ambas palmas da mão para Kaoru, que nem mesmo se moveu —Vem, vou te ajudar a ir pro sofá.

O rosado desviou o olhar e mordeu o lábio levemente, pensando em recusar, mas no momento em que voltou seu olhar para a feição humilde do maior, se obrigou a aceitar a gentileza e colocar suas mãos frias sobre as dele, se esforçando então para se levantar da cadeira de rodas, mas não se sentia completamente confiante para tal coisa.

—Não dá, vou cair. 

—Relaxa, o sofá nem é tão longe assim -Kojiro protestou confiante, segurando uma das mãos do menor com firmeza, enquanto sua outra mão se firmou por trás das costas, o trazendo para frente e o ajudando a sentar no sofá.

Noites de Junho || Joe x CherryOnde histórias criam vida. Descubra agora