Capítulo 11 | A viagem

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Era cedo de manhã, o vento fresco entrava pela janela com sua melodia que passava pelos cabelos rebeldes de Kaoru, sentado próximo da janela lendo um livro antigo de poesia, no qual costumava a tentar entender suas palavras cantadas quando era menor. Ele sempre falhava.

A distração era tamanha, o suficiente para fazê-lo dar um salto no momento em que o silêncio da sala principal foi interrompido pela voz de Carla, juntamente de uma leve melodia.

—Senhor, seu telefone está tocando.

—Sabe me dizer de quem se trata?

—Desculpe, o número é desconhecido.

Kaoru respirou fundo, estressado por ter sido interrompido, deixando seu livro sobre a pequena mesa e se aproximando do celular tocando sem descanso do outro lado da sala, próximo da estante de porcelanas. Ele atendeu sem nem mesmo conferir o número.

Apenas de estar em pé lhe percorre com um alívio, ele não aguentava mais a cadeira de rodas.

—Sakurayashiki Kaoru falando. 

—Bom dia senhor Sakurayashiki, desculpe o incômodo logo cedo da manhã…

—Sem problemas, oque deseja?

—Me chamo Takamufuji Ren, gostaria de lhe fazer uma proposta de trabalho em Miyakojima.

Apenas de ouvir o nome, Kaoru já sabia de quem se tratava.

Takamufuji é uma família tradicional japonesa, cidadões da ilha de Miyakojima, que tem seu sobrenome conhecido pelas redondezas por conta de seu famoso hotel, um dos melhores e mais aconchegantes da região. Kaoru já se hospedou lá uma vez, onde conheceu Ren por conta de uma coincidência.

—Ah, claro. Me conte mais detalhes, por favor.

Kaoru voltou a se sentar no aconchego da poltrona em frente a janela, observando o lado de fora enquanto ouvia atentamente a proposta de Ren.

O hotel Takamufiji está próximo de celebrar vinte e três anos desde sua abertura, desde então sofrendo pela fama e mantendo um alto padrão em seus serviços e estabelecimento, nunca deixando a desejar e honrando o sobrenome Takamufiji. Isso ocasionou em várias reformas frequentes no local, assim como essa.

Dessa vez, Ren explicou que estavam interessados em proporcionar novas inspirações e decorações no estabelecimento, desejando uma das obras de caligrafia de Sakurayashiki para completar uma das paredes pintadas da sala principal.

—Estou disposto a lhe fornecer o preço da passagem do cruzeiro que sai esse sábado.

Kaoru rapidamente pegou sua agenda de capa dura e checou seus compromissos daqui a dois dias. Estava vazia.

—Me perdoe pela proposta repentina, irei lhe compensar por isso. Não pude fazer o pedido antes por conta de certas complicações no estabelecimento, se é que me entende.

—Sem problemas, senhor Takamufuji. Poderei comparecer no sábado.

Após a confirmação, Ren utilizou mais alguns minutos de seu tempo para dar certas instruções para o rosado antes que partisse no sábado, com isso, eles encerram a chamada após uma despedida formal.

Após largar o celular sobre a mesa, passou a observar sua agenda de compromissos. Os próximos dois dias estão vazios, estranhamente vazios….

Não demorou muito para que o celular tocasse novamente, dessa vez, era um número conhecido, outra proposta de trabalho para o dia de hoje. A paz acabou.                                     
 Sua tarde se passou como um sopro, estava começando a esfriar e Kaoru ainda se encontrava fora de casa próximo de uma loja de departamentos movimentada, pela qual passou e seguiu caminho até a esquina, onde se encontrava uma cafeteria famosa da localidade.

Noites de Junho || Joe x CherryOnde histórias criam vida. Descubra agora