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𝗔 𝗙𝗲𝘀𝘁𝗮...

- Que ideia? - Perguntei desconfiada.

Yeonjun deu meia volta em seu lugar e me encarou profundamente.

- Eu não vou para a festa! Assim, terá minha incrível companhia - disse como se houvesse resolvido minha vida por completo.

- Uau, Choi Yeonjun. Você resolveu meu problema! - Ironizei a situação com palmas claramente forçadas.

- Reclamona! - Revirou os olhos bufando logo em seguida. - Deveria ser um privilégio viver ao lado desse rostinho bonito aqui - acariciou suas próprias bochechas.

Pensativa, fitei meu olhar no chão da sala e soltei um suspiro demorado.

- O que foi? No que está pensando?

- Preciso avisar Hwa-yen... - Acabei pensando alto.

- Avisar ela? Que aviso?

- Avisá-la de que não participarei dessa festa idiota - contei voltando ao meu estado atencioso.

- Vai mesmo perder a festança Man-yah? - Perguntou algo novamente, porém, dessa vez mais sério.

- É.

- Perder a chance de aproveitar pelo menos um momento de sua vida aqui nessa universidade?

- A festa não será aqui. Portanto, estarei perdendo um momento de minha vida na casa daquele filho da...

- Epa, epa, epa! Estressadinha. Sem palavrões para o meu lado!

Murmurei e senti meu sangue ferver ao relembrar a fala de Beomgyu. "Quero avisar que hoje a apresentarei aos meus amigos. Eles são legais. Pode ser companheira de algum deles".

- Está tão vermelha que pode acabar explodindo de raiva. Pare de pensar no tal idiota.

Yeonjun era irritante em muitos aspectos, porém me conhecia extremamente bem.

- Não sei como adivinha em tudo o que penso - eu disse baixinho.

- Oras, sou seu amigo! Amigos servem para isso - me puxou a fim um abraço e acabei me redendo ao ato.

Se Hwa não existisse, Yeonjun com certeza seria o melhor amigo que eu poderia ter tido durante minha formação. Ele era compreensível e não suportava dias em que eu me diminuía.

- Agora nós vamos te arrumar para a festa e achar qualquer gatinho que te queira como par - me incentivou com um sorriso enorme em sua face.

Não fui capaz de negar. Assenti positivamente balançando minha cabeça de cima a baixo.

Mesmo que nenhum garoto se disponibilizasse a aproveitar a farra comigo, minha autoestima melhoraria.

- Tem roupa para ir?

- Oh...

No exato instante, me lembrei da vestimenta que havia comprado anteriormente e me esquecido completamente da retirada.

- Tem? - Refez o questionamento com pulso firme.

- Tenho. Já volto com uma coisinha!

Saí correndo em direção ao meu primeiro destino. A portaria. Infelizmente - ou não - fui interrompida por um pequeno acidente.

Um garoto, aparentemente mais velho, havia esbarrado fortemente em meu ombro. Doeu. Ele parecia realmente forte.

- Não olha por onde anda? - Se estressou.

- Mas eu estava seguindo reto! Quem esbarrou em mim foi você - respondi irritada.

- Não sabe com quem está discutindo...

𝐀𝐋𝐋 𝐎𝐅 𝐌𝐘 𝐒𝐎𝐔𝐋; 𝐜𝐡𝐨𝐢 𝐛𝐞𝐨𝐦𝐠𝐲𝐮Onde histórias criam vida. Descubra agora