𝐀𝐋𝐋 𝐎𝐅 𝐌𝐘 𝐒𝐎𝐔𝐋; 𝐜𝐡𝐨𝐢 𝐛𝐞𝐨𝐦𝐠𝐲𝐮

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𝗕𝗿𝘂𝘅𝗮...

Eu estava completamente confusa sobre minhas notas, que, assombrosamente, haviam sido todas boas. Era esquisito, já que jurava reprovar, depois de ter passado todas as últimas semanas escrevendo na base do ódio e deixando de lado trabalhos e atividades avaliativas.

- O que está fazendo? - Perguntou Hwa-yen saltando de sua cama em direção à minha escrivaninha desorganizada. - Checando se não reprovou?

- Estou confusa! Como posso ter me saído tão bem nesse teste? Como posso ter tirado a nota máxima em uma redação onde escrevi três linhas? Impossível... - Falo escancarando o papel na cara de Chen, para reforçar minha aversão.

Peguei um lápis e comecei a correção de uma das mais de trinta provas, para que pudesse conferir o resultado final de meu boletim.

- Nossa, mas respondendo isso aqui você não passa mesmo, hein! Esse tópico é coisa que a gente aprende no oitavo ano... - Minha amiga deu um tapa em minha nuca ao ler uma questão da prova, que, para variar, eu errei também.

- Mas não estava óbvio!

- Estava sim!

- Está querendo dizer que não consigo pensar direito?

- Estou querendo dizer que você é uma burra! - A garota voltou para seu aconchego. - Qual é, Lee Man-yah? Você foi uma ótima aluna por um longo tempo... Caiu assim do nada?

- Não foi do nada, e você sabe pelas coisas perturbantes pelas quais estive passando nesses últimos tempos... - Respondi juntando os papéis em uma pilha no canto da mesinha. - Além disso, você sempre falta às aulas do Min-hook! - aleguei me referindo ao professor mais odiado por Hwa-yen, já que o mesmo não permitiu que a garota preparasse um sanduíche de atum no meio de sua aula. - Não entendo direito seu ódio por aquele velho. É só um quase idoso rabugento!

- Você nunca vai entender...

- Por que eu nunca irei entender? Ele fez algo que não quer me contar?

- Ele me faz lembrar de Soobin... - Disse a última palavra bem baixinho, quase como se eu não pudesse ouvir.

- Soobin?

- Senhor Min-hook tinha costume de me ajudar a escrever cartas para Soobin, já que minha escrita é horrível. E sempre que Soobin me respondia, o professor me entregava a cartinha, como um pombo-correio.

No mesmo instante acabei por me lembrar de Taehyun. E, caramba, me esqueci completamente de abrir mais cartas. Deveria continuar as lendo?

- Mas agora acabou. Porque aquele idiota não me ama mais!

- Eu ainda estou achando essa história muito estranha. Por favor, me deixe conversar com ele! Beomgyu não conseguiu contato com Soobin. Talvez, se ele perceber que você ainda sente algo, ele possa...

- Ele não pode nada! Na verdade, ele não quer... Ele não liga mais, Man-yah. Esse é o problema. Ele não liga mais! - Falou aumentando seu tom, para a conversa acabar logo. Me senti mal.

Desisti. Não adiantaria continuar insistindo em algo que ela não queria. Mas e se...

[ . . . ]

Ok. Eu estava andando pelo campus inteiro a fim de buscar qualquer pista ou rastro de Soobobo. Mal havia conseguido encontrar algo até então. No entanto, a voz do anjo sussurrou no meu ouvido.

- Lee! Lee Man-yah! - Vociferou Yeonjun, que me observava atentamente, enquanto fechava uma revista de fofocas.

Acenei me aproximando.