𝗧𝘂𝗱𝗼 𝗲𝗺 𝘀𝗲𝘂 𝗹𝘂𝗴𝗮𝗿...
Eu não fazia ideia de como deveria agir. Ignorar o impedimento e o ajudar? O ouvir? Eram tantas as informações que minha cabeça digeria!
Resolvi me agachar e o escutar. Ele parecia querer dizer algo, mas não estava completamente consciente. Presumi que o crânio do mesmo havia se chocado contra o tronco da árvore.
- Você está completamente machucado! Me deixe chamar alguém que possa te ajudar! - Eu disse preocupada com a situação do acidentado.
- Você pode me ajudar - disse entre gemidos de dor.
Observei sua camisa suja de sangue e aproximei meu ouvido do garoto.
- Gon-yok fez isso comigo. Espanque aquele idiota! - Disse tentando se expressar de maneira mais clara.
- Mas... Eu... Eu já volto! - Falei abandonando o local.
Corri pela terceira vez até a parte lotada da festança e procurei possibilidades. A primeira era eu simplesmente sair informando a todos que a festa havia terminado e Choi Beomgyu estava cheio de sangue no jardim. A segunda era apanhar o microfone do karaoke e informá-los em bando.
A segunda era melhor.
Passei por toda a multidão buscando a área de karaoke. Quando a achei, me aproximei de uma das meninas que estavam soltando sua voz e tomei o aparelho de suas mãos.
- Você está maluca?! - Vociferou se irritando com meu ato repentino.
A ignorei por completo e pensei instantaneamente em uma forma de conseguir o dobro da atenção de todos. Revirei meus olhos pelos cantos mais próximos e avistei uma mesa vazia.
Correndo, transferi uma cadeira até a espécie de távola para que a mesma me ajudasse a subir na mesa. Assim que alcancei meu objetivo, anunciei:
- Por favor, prestem atenção!A maioria dos alunos se assustaram e voltaram sua atenção ao meu aviso.
- Choi Beomgyu foi machucado por um dos alunos de nossa universidade! Peço a colaboração de todos para que deixem a festa agora mesmo. Beomgyu será tratado, não se preocupem!
Alguns me xingavam desacreditando da situação. Alguns riam de minha cara de idiota ao divulgar a informação. Mas a maioria dos estudantes deixavam a festa um tanto receosos.
Ao perceber que a tática havia dado certo, abandonei meu posicionamento de anunciante. E enquanto corria em meio ao mutirão de pessoas, fui avistada por um grupo de meninas que me seguiram até o garoto machucado. Provavelmente eram as mesmas que o seguiam por todos os cantos de nossa universidade.
Refiz o mesmo caminho que já havia feito diversas anteriores vezes e avistei o menino já em pé.
- Eu voltei. Você ainda está bem? - Perguntei estendendo meu braço para que Choi pudesse se apoiar.
- Estou. Me lembro de ter sido acertado por uma garrafa de vidro. Acho que isso causou tanto sangue. - Falou com seus olhos entreabertos. - Acha melhor ir ao médico? - Finalmente se apoiou em meu corpo.
- Acho que sim. Irei pedir para que Soobin o leve - eu disse. - Acha que dá para se virar sozinho?
- Não sei.
- Beom oppa! - Uma de suas "fãs" se aproximou. - Posso te fazer companhia no hospital!
- Não precisa Yun-hi - o menino negou estabelecendo uma expressão séria. - Man-yah me fará companheira.
- Espera. Eu?! - Me surpreendi.
O garoto me encarou. Pelo visto, estava fugindo de alguma situação maluca.
- Ah, é. Estarei o acompanhando!
- Aish! - A intrometida reclamou.
- Vamos Beomgyu. Soobin ainda deve estar por aqui.
[ . . . ]
- Não! Eu não quero levar pontos! - Gyu se esperneava sentado na cadeira de hospital.
- Se não costurarmos o corte, uma cicatriz muito grande irá se formar! Não acha pior? - A enfermeira insistiu.
Minha cabeça dilatava de tanto falatório vindo do agredido. Soobin e Hwa-yen haviam pegado no sono ao lado exterior da sala hospitalar.
- Por favor Choi! Tome logo esses tais pontos. Estou exausta - implorei o observando com meus olhos avermelhados.
A enfermeira me notou com uma quantia de pena. Demonstrava ter dó de meu cansaço.
- Não gosto de agulhas! Não quero! - O bebezão continuou seu chilique.
- Se renda logo, rapaz! - A trabalhadora perdeu sua paciência. - Não sente piedade de sua namorada?!
Logo meus olhos se arregalaram. Me esforcei para negar seu pensamento, mas minha voz falhou mais de uma vez.
- Ela não é minha namorada!
E após muito pedir, a cuidadora conseguiu convencer o manhoso de tomar pontos.
Quando Beomgyu foi levado para a sala de operações, aproveitei a única meia hora que tive de paz para tirar um leve cochilo.
Fui acordada com a voz calma de Hwa-yen me chamando recorrentes vezes. Meus olhos se abriram lentamente e observei a menina com olheiras.
- Vamos. Precisamos dirigir até a universidade.
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𝐀𝐋𝐋 𝐎𝐅 𝐌𝐘 𝐒𝐎𝐔𝐋; 𝐜𝐡𝐨𝐢 𝐛𝐞𝐨𝐦𝐠𝐲𝐮
Fanfiction🥀 | 𝖮 𝗆𝗈𝖽𝗈 𝖼𝗈𝗆𝗈 𝗍𝖾𝗆𝗈𝗌 𝖽𝖾 𝗇𝗈𝗌 𝖺𝗉𝖺𝗂𝗑𝗈𝗇𝖺𝗋 𝗉𝗈𝗋 𝗉𝖾𝗌𝗌𝗈𝖺𝗌 𝗊𝗎𝖾 𝗇𝖾𝗆 𝗌𝖾𝗊𝗎𝖾𝗋 𝗌𝖾 𝗂𝗆𝗉𝗈𝗋𝗍𝖺𝗆 𝖼𝗈𝗇𝗈𝗌𝖼𝗈 𝗉𝖺𝗋𝖾𝖼𝖾 𝖽𝗂𝗏𝖾𝗋𝗍𝗂𝖽𝗈. 𝖣𝗂𝗏𝖾𝗋𝗍𝗂𝖽𝗈 𝖺𝗉𝖾𝗇𝖺𝗌 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝖺𝗊𝗎𝖾𝗅𝖾𝗌 𝗊𝗎𝖾...