Prisão Sem Grade

Capítulo 7

Maraisa

Todas olhavam para ela mas ninguém falava nada, ela andava lentamente pela sala, encarando uma a uma;

- RESPONDAM!

Ela gritou e fez as duas mulheres em cima de mim levantar, e que estava na porta tentou sair, mas duas mulheres com faixas amarelas entraram;

- Não façam eu ter que perguntar de novo!

Ela caminhou para a mulher que falou comigo e a encarava com muita raiva;

- Não, Mendonça, só queríamos nos divertir um pouco;

- E parecia que a Maraisa estava se divertindo?

Eu que já estava de pé me assustei ao ouvir meu nome, como ela sabia meu nome?

- Eu achei que ela estava se divertindo.

- Maraisa, você estava se divertindo?

Eu ainda estava em choque com todo o acontecimento, mas estava piorando em saber que ela estava falando comigo, eu não sabia o que responder, então eu só consegui negar com a cabeça;

- É o que eu imaginei, se ela não estava se divertindo então você iria fazer algo bem grave aqui, e na minha área não vai ter isso, você quer se divertir, tem mulheres que vai se divertir com você bem baratinho, agora estupro, na minha área não!

- Foi mal Mendonça, não sabia que a novata era uma das suas.

- Ela não é! E se eu souber que alguma de vocês decidiu fazer alguma "diversãozinha" na minha área, já fique ciente, vai perder os dedos, se uma fizer, todas vão levar, então já sabem.

A mulher que a minutos atrás parecia ser a rainha de tudo, agora parecia um ser insignificante e invisível, não tinha coragem de encarar a mulher do uniforme preto.

As meninas de vermelho saíram da biblioteca correndo, e eu estava tentando me recompor, meu coração ainda estava desesperado, e eu ainda estava me perguntando como ela sabia meu nome;

- Marcela, vai atrás da Alma e avisa ela o que aconteceu e fala para ela vir para cá, Fernanda você fica de vigia na biblioteca pra ver se essas pau no cu não volta a fazer alguma merda aqui, e Rafaela, tu vai ficar de olho a partir de hoje nas de vermelho, não confio mais nessas otárias, e agora elas estão revoltadas, então vão querer iniciar uma guerra, e eu estou cheia de vontade de acabar com a graça delas.

Ela andava pela biblioteca enquanto dava ordens, aquilo me despertou a lembrança do Patrício, ele fazia igual.

Ela caminhou em minha frente, só havia um balcão nos separando, ela me encarava, me olhava como se estivesse me analisando e eu tentava não encarar de volta, mas meus olhos estavam contra mim eles queriam encarar ela;

- Eu te conheço de algum lugar...

Ela começou a caminhar para fora e ela não dirigiu mais nem uma palavra a mim e eu não sabia o que dizer e se podia dizer, ela saiu e eu nem agradeci, nem sabia se eu poderia agradecer eu ainda estava em choque com tudo.

Alma entrou assustada e me abraçou, senti um carinho que eu não lembrava que eu poderia sentir novamente, um carinho de mãe, ela estaca realmente preocupada e eu estava gostando daquilo.

- Como você esta minha menina? O que elas fizeram com você? Elas te machucaram muito? O que aconteceu?

Ela me enchia de perguntas e eu não conseguia responder nem uma, aquilo me fez sorrir por um breve momento, quando eu ia responder uma Amanda e Luiza entraram desesperadas me assustando;