Capítulo 20

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Maraisa

Sentir a respiração dela bater em meu rosto verdadeiramente, é muito melhor do que na imaginação todas as noites, sentir sua mão segurando minha cintura, é muito melhor do sonhar, mas sentir seus lábios passando pelos meus, isso não tenho nem palavras.

Não posso dizer que não estava esperando por isso, a batida do meu coração entregaria como eu estou nervosa, e meus desejos de noite dariam risada de mim, não sei o que eu estou sentindo, mas eu precisava sentir mais.

Minha mão foi de encontro ao seu pescoço puxando para um beijo, sua mão passou por minhas costas me prendendo mais ao corpo dela, o beijo em um encaixe perfeito, sua língua dançava com a minha perfeitamente, como se já tivéssemos feito isso mais vezes, um beijo tão bom, um beijo que eu nunca tinha provado em toda minha vida, parecia que aquele momento estava escrito nos céus e era para acontecer ali e agora.

A falta de ar se fez presente, encostamos nossas testas ainda de olhos fechados, eu sentia o coração dela bater em mim, sentia o meu batendo nela, eu não queria parar, não sei o que está acontecendo comigo, mas não queria soltá-la.

Ela selou nossos lábios novamente, senti ela me soltando de seus braços e parecia que eu estava flutuando ainda, olhei para ela, e tinha um sorriso tão lindo, ingênuo, era aquela mulher que antes eu sentia inspiração de ver, e agora sinto mais do que isso;

- Eu pediria desculpas para você, se não fosse você quem tivesse me puxado para o beijo. - Ela fala abrindo um armário no vestiário;

- Nem se tivesse sido você quem tivesse puxado eu aceitaria a desculpa, eu tive vontade e fiz, não é isso que você anda me ensinando desde que começamos a andar juntas? - Perguntei para ela fazendo ela sorrir e caminhar até mim depois de fechar o pequeno armário e me trazer uma nova camiseta;

- Estou começando a ter orgulho de mim mesma como professora, não sabia que eu seria tão boa assim.

Ela me entrega a camiseta que era dela, diferente da cor que ela usa, tirei a minha rasgada e coloquei a nova, quando olhei para ela vi seus olhos passando por todo meu corpo, algo dentro de mim cresceu, em saber que ela me olhava com desejo;

- Obrigada por me salvar de novo, e pela camiseta.

Digo pegando a camiseta rasgada do chão e levando para a lixeira do banheiro;

- Foi um prazer te salvar de novo, mas agora como professora, tenho que te avisar, não peita as de vermelho sozinha, você não pode contra todas, se você estiver com a sua família, você terá apoio, mas sozinha não.

Eu apenas concordei com a cabeça, mas o que eu queria mesmo era sentir sua boca de novo na minha, e eu acho que não sou a única já que seus olhos caiam na minha boca toda hora;

- Você sabe que nós duas não pode acontecer publicamente não sabe?

Ela pergunta caminhando novamente para próximo de mim, fazendo minha respiração descompassar;

- Por que não? - Pergunto já com ela passando seu nariz em meu pescoço e fazendo minha pele se arrepiar inteira, suas mãos fortes já apertava meu corpo;

- Por que tecnicamente somos inimigas mortais, você é do Maximus, e eu sou Guardiã, devemos querer nos matar e não o contrário. - Ela fala com uma voz rouca, enquanto beija meu pescoço até roçar seus lábios nos meus;

- Eu não sou do Maximus, eu sou Guardiã.

Ela olha nos meus olhos e sorri, ela me beija dessa vez, e sinto meu corpo entrar em chamas, ela me carrega e me faz sentar na pia, suas mãos subiam pelo meu corpo, por onde passava ela apertava, eu sentia pegar fogo, eu nunca achei que diria isso, mas eu precisava dela;

Prisão Sem GradeOnde histórias criam vida. Descubra agora