Capítulo 37

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Marília

- Como assim Alma? Do que você está falando?

- Maraisa não é dos Guardiões, ela é do Maximus, ela namora o Patrício, e ela dá todas as informações para ele de tudo que você planeja, inclusive, seu celular, foi ela quem roubou e entregou para ele, ela é uma menina boa, só está agindo por medo dele, por que ele a ameaça sempre.

Ela fala todas as informações de que eu já sabia, o que eu não consigo entender é, o por que dela estar falando isso agora, por que ela está entregando a Maraisa para mim dessa forma, já que ela se dizia amiga da Marsisa;

- Ta bom Alma, senta aí. - Ela se senta na minha frente e eu continuo pensando em alternativas;

- Alma, você foi a melhor amiga do meu pai por toda a vida dele, meu pai confiava tudo dele a você e eu jurei proteger todos, inclusive você Alma, agora me fala, por que é que você está me falando todas essas coisas?

- É verdade Mendonça, eu não estou mentindo para você, eu quero te alertar sobre o que está acontecendo para não trazer problemas para os Guardiões;

- Ta bom, tudo bem, mas por que? Porque você está me dando essas informações agora? Por que antes você não falou nada, por que só agora você está me dizendo isso?

- Por que eu tinha medo pela menina, ela era indefesa, mas agora ela está criando asas, ela está ficando forte, não reconheço mais aquela Maraisa fraca e indefesa de meses atrás, ela se tornou algo que não dá para confiar mais.

Não da para confiar mais? Que tipo de frase é essa? Para alguém que se dizia amiga, falar isso em tom de morte isso não bem dela;

- Por que o Patrício tá mandando você entregar ela Alma?

Os olhos dela se arregalam, e foi aí que eu peguei, era a mando dele, e ela estava obedecendo;

- Eu, eu não, não foi;

- Alma, o que é que está acontecendo, me fala!

Ela ia se levantar e eu seguro ela, fazendo ela se sentar de novo;

- Não me faça usar a força que eu tenho Alma, por que se for preciso eu uso, você diz que não posso confiar nela, mas e em você, eu posso?

- Eu vim te contar a verdade Mendonça, acredite se você quiser;

- Eu acredito, só não acredito que você tem coragem de vir entregar a sua amiga para a morte a mando do Maximus Alma, o Maximus, eles mataram o meu Pai Alma, seu melhor amigo, por que é que você está obedecendo o Patrício, fala agora Alma ou eu vou mandar irem atrás dessa informação.

Ela começa a chorar e é um choro de desespero, eu vejo que é um choro que estava guardado a muito tempo, ela me abraça e eu fico sem reação, não sou acostumada a esse tipo de afeto, mas eu entendia que ela precisava disso;

- Calma, me conta o que está acontecendo Alma, que eu vou escutar, como eu disse eu prometi cuidar dos Guardiões, e eu sei que você não saiu da família, você amava meu pai não iria virar as costas para ele.

Vejo ela voltar a chorar, e tento acalmar ela mais uma vez;

- Eles me sequestraram Marília, logo após a morte do seu pai, no velório, eu não fui, fiquei no morro, minha filha era muito pequena, eles subiram o morro, invadiram a sua casa, eu estava lá, eu estava guardado as coisas do seu pai, e estava mostrando para minha menina as fotos dele, e foi aí que o Felippo apareceu, e me ouviu fala só com ela, e ele me sequestrou, por isso que você não me achou mais no morro, eu não fugi, eles me sequestraram, roubaram a minha menina, e desde então eu sou obrigada a fazer tudo que eles mandam, se não quem sofre é a minha Helena que está na casa deles servindo de escrava, eu posso falar com ela uma vez no mês se eu fizer tudo que eles mandarem, no dia das drogas na cozinha eu não sabia o que estava acontecendo, eu só fui lá porque o motorista do caminhão leva e trás cartas nossas para a gente conversar, e justo nesse dia aconteceu tudo que aconteceu.

Prisão Sem GradeOnde histórias criam vida. Descubra agora