EPÍLOGO

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E você continua perfeita enquanto os dias passam. Mesmo nos piores momentos, você me faz rir. Eu pararia o mundo se ele nos desse mais tempo. — Lukas Graham (Love Someone). 


— Mamãe, como está a torta de amora? — Sarah berrou do quintal da casa de Fátima porque não conseguia se movimentar, já que Ravi havia grudado em suas pernas e dizia que ele era o monstro gosmento e que seu poder era grudar nas pessoas

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— Mamãe, como está a torta de amora? — Sarah berrou do quintal da casa de Fátima porque não conseguia se movimentar, já que Ravi havia grudado em suas pernas e dizia que ele era o monstro gosmento e que seu poder era grudar nas pessoas.

— Está no forno! — a mulher gritou de volta à medida que limpava suas louças de porcelana, guardando-as no armário de madeira do sótão. Na verdade, as escondia, uma vez que seus netos haviam ido a sua casa e queria evitar infortúnios – e também por Dirce ser extremamente estabanada. — Não coma a torta antes de ninguém! 

Sasa torceu o nariz, desistindo de ir furtar a torta. Ao visualizar o sobrinho finalmente soltá-la, seguiu em direção à entrada da casa e partiu para a geladeira atrás dos burritos que Sally tinha levado para Helena. Sobre isso dona Fátima não a havia proibido.

Arthur, disperso e sentado nos degraus da varanda ao lado de Dirce, sorriu maravilhado ao assistir Helena correr com Cícero pelo gramado extenso como se não houvesse nenhuma preocupação, brincando com o irmão mais novo de pique-pega e escondendo-se por trás de enormes árvores. Estava impressionado até mesmo com a cor do céu, muito mais límpido e aconchegante que o da capital. As casas simples, com seus telhados inclinados, traziam tons mais terrosos, contrastando com as vegetações e as flores espalhadas nas janelas. 

Inesperadamente, Ravi acabou tropeçando e caiu de bunda no chão. Preocupada, Lena correu até o garotinho, que lhe apontou imediatamente seus machucados e simulou alguns traços de dor. 

— Ei, tá tudo bem, baixinho. — Ela sorriu para o ruivinho, que a retribuiu. Helena se agachou, limpou as pequenas feridas no joelho do irmão e o ajudou a se levantar.

Apesar da filha já estar adolescente, Arthur desejava que o tempo não passasse tão rápido. Não agora que tudo parecia finalmente ter se encaixado.

Tinham ido para o interior no intuito de visitar a Sra. Bessa, que já estava devidamente casada com o policial Willians, mas reclamava pelos cotovelos da ausência de suas meninas. Por isso, nas férias escolares das crianças, decidiram vê-la.

Após visualizar o filho mais novo se cansar, o ruivo reagiu e se levantou, caminhando em direção aos filhos e ao agregado chamado Cícero. O garoto também já estava mais alto, crescia até mesmo alguns músculos, e exibia uma cabelereira preta estilosa que combinava com seus olhos claros. 

— Vou pôr seu irmão para dormir. Vocês dois, se comportem. — Mirou a dupla adolescente enquanto pegava o garotinho no colo, que sem protestar deitava a cabeça no ombro do pai.

O amor que deixamos para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora