Dangerous Game

Capítulo XII

N/A: a primeira parte possui conteúdo sexual, caso não se sinta confortável, pule para o divisor de texto e prossiga a leitura 😊

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O quarto que possuía um genérico design de hotel de luxo encontrava-se em uma rara ocasião onde ficava desarrumado por estar sendo usado. As roupas estavam espalhadas pelo chão e o lençol impecavelmente branco estava lutando para permanecer no colchão, mas Anastasia Lestrange a todo momento se contorcia e apenas fazia questão de manter os travesseiros perto, os agarrando com suas unhas longas e pontiagudas.

A bela bruxa de cabelos negros e olhos igualmente negros gemia falas em francês que não possuíam qualquer nexo. Descendo os olhos, estremeceu com o par de íris verdes a observando com uma flama dominante reluzindo e quebrando completamente qualquer postura que conseguira manter até aquele momento. Anastasia jogou a cabeça para trás e apertou com suas unhas hostis os fios rebeldes de Potter e se contorceu gozando contra os lábios do bruxo.

Não era o bastante.

─── Ficarei sem energia se continuar aí, volte para mim.

Anastasia insistiu e Harry admitiu a si mesmo que já estar a tempo demais ali, prolongando as preliminares quase tortuosamente, apesar de não haver qualquer desgosto por parte da francesa, era a única sentindo prazer ali. Harry ainda não sabia o que queria, quando a trouxe até o apartamento de fachada parecia muito certo do que desejava: aliviar aquela maldita abstinência, tentar encontrar em outra pessoa algo que dissipasse a euforia em seu corpo que não tinha ido embora completamente depois do beijo com Tom. Agora tudo era tão mecânico, feito sem qualquer finalidade, não fazia questão de foder com ela, se não ouvisse o pedido para ir até o fim, ficaria com o rosto entre suas pernas até que estivesse cansada ou completamente satisfeita.

Ao erguer o rosto e beijar o ventre, sentiu. Ele estava observando através dos seus olhos. Harry não pensou, agiu por instinto até mesmo ao sorrir. Depositou outro beijo, subiu mais um pouco, outro. E outro, e outro, cada vez mais lento, cada vez mais provocativo com sucções que acabaram deixando marcas na pele porcelanada da bruxa. Chegou aos seios e apalpou enquanto deixava mais uma marca entre eles, foi então que sentiu a raiva, uma raiva que não o pertencia, era dele. Ele estava ofendido de inúmeras formas, por Harry estar tocando outra pessoa, por essa pessoa ser uma mulher e Potter sabia que ter escolhido uma mulher o irritaria, era uma afronta.

Queria não estar amando saber que estava sendo observado pela legilimência, mas sentir aquela raiva, saber que aqueles olhos estavam dentro de sua mente observando com fervor uma ofensa tão grande era bom, tão bom quanto saber que por mais que o irritasse, estava amando observar, tinha desejo escondido atrás da raiva, Harry sentia absolutamente tudo e sabia que ele queria que sentisse.

Não foi tão incrível assim entrar nela, mas Harry gemeu e não permitiu que Tom soubesse se foi mesmo tão bom assim quanto pareceu. Anastasia agarrou novamente seu cabelo e fechou as pernas em seu quadril, Harry investiu com força uma, duas, três, a quarta foi lenta, ele tinha sumido de sua mente. Queria que voltasse, queria que ele visse até o final, que se torturasse da mesma forma que torturou Potter aquela semana inteira.

Nesse momento Anastasia viu uma brecha para dominá-lo e ficou por cima, quis conduzir um ritmo lento, mas seu quadril movia muito semelhante ao tom bruto e sedento de Harry antes.

Ele voltou. Harry o viu sentado em frente a um espelho, numa poltrona marrom escuro. Estava bebendo vodka em um copo requintado, seus olhos fixos no próprio reflexo para que Harry tivesse a ilusão de estar sendo observado por ele em carne e osso.