Segunda-feira - O Julgamento

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O final de semana passou depressa, parecia que o destino queria que ficasse logo diante do juiz e de todos. Apesar do Ricardo está vivo, não estou confiante que sairei inocente deste Julgamento, afim com certeza a sua querida irmazinha já fez a minha caveira pra ele. Quais outros motivos ele teria pra me tratar tão mal como vem me tratando.

Saio dos meus pensamentos ao escutar batidas na porta. Com certeza é o André. Todos nesta casa hoje está uma pilha de nervos, estou tentando me controlar o máximo possível, não quero passar esse tipo de sentimento pro meu pequeno príncipe, mais acho que não estou obtendo muito sucesso referente a isso.

- Está pronta? Vamos! Todos já estão esperando a gente lá em baixo. Assinto com um leve movimento de cabeça e seguimos para encontramos meus pais.

A viagem seguiu com todos em silêncio, era notório perceber a tensão dos meus pais. Minha mãe ficava o tempo todo controlando as lágrimas, o meu pai não parava de bater com os dedos no vidro da janela e André só não estava seguindo o mesmo ritmo por que não podia tirar as mãos do volante.

- Chegamos! Tios será que vocês podem me deixar á sós com a Naty um minuto por favor? Olho pro mesmo intrigada, porém sei que chegamos adiantados e temos tempo de conversar o que ele quer.

Minha mãe diz que sim, descendo em seguida juntamente com meu pai. Sorrio pro mesmo e fecho meus olhos ao sentir ele acariciando meu rosto.

- Tenho certeza que vamos sair daqui com a sua inocência provada naty, não precisa ficar nervosa meu amor. O abraço com todas as minhas forças, o André nunca deixou de me apoiar um minuto se quer, apesar que o meu coração por mais que tente explicar isso não entendi e continua batendo mais forte pelo Guilherme.

- Obrigada por está aqui comigo e por sempre está me apoiando André, não sei o que seria de mim sem o seu apoio. O abraço mais uma vez descendo do carro.

Seguimos de mão dadas até entrar no tribunal, assim que entramos percebo o Guilherme ao lado do meu advogado não posso deixar de olhar o mesmo está tão sério vestido de maneira formal assim como todos presentes neste tribunal.

Olho para o outro lado, vejo que o Ricardo está acompanhado da sua irmã, que por sinal está com uma cara péssima.

- Bom dia Natalie, como está o nosso pequeno príncipe? Sei que a situação é muito difícil, mais tente por favor ficar calma por ele.

Tento tranquilizar ele, mais no fundo eu sei que calma, neste momento não sei qual o significado desta palavra.

- Juro que estou tentando Guilherme.

Logo entramos para nos organizar, cada um foi se acomodando em seu devido lugar.

Abracei todos que estavam comigo, eu não sei como vai terminar ou qual vai ser o veredito do juíz. Na verdade temos que convencer o júri popular que eu sou inocente e que nunca na minha vida tentei matar o Ricardo.

Também espero que ele tenha a consciência de não mentir na frente do juiz apenas para me prejudicar. Só espero que o veneno que a Ariane faz questão de destilar contra mim, já não tenha o envenenado.

Novamente sou tirada dos meus pensamentos ao me dá conta de que o juiz acaba de declarar oficialmente aberta a sessão do meu julgamento.

Meu advogado a todo momento me tranquiliza e pede que fique calma e que por hipótese alguma interrompa o Julgamento tudo está sobre controle.

- Com a palavra o representa do ministério público. Olho para o representante do ministério respirando fundo sei que para ele por alguma razão eu planejei friamente matar o Ricardo.

Entre A Culpa E O DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora