Atitude desesperada.

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Não! O que você fez? Fala comigo pelo amor de Deus. Naty não faz isso, fala comigo. Por favor, alguém chama uma ambulância, pelo amor de Deus, não! Melhor a minha empresa possui uma equipe médica. Alguém me ajuda á levar ela.

­- O que aconteceu com ela senhor?

- Carla faz um favor pra mim, trás os médicos da empresa até aqui. Vai! Corre ela está aparentemente muito machucada.

- Por favor, maluquinha não faz isso comigo. Por que você não me esperou? Por que você se jogou na frente desse carro? Mas eu juro que se você morrer eu sou capaz de matar a Ariane com as minhas próprias mãos. Cadê você Carla?

- Senhor a doutora Flávia precisa de espaço para poder prestar os primeiros socorros, não se preocupe eu já chamei a ambulância.

- Flávia eu te peço por tudo que é mais sagrado salva ela, por favor!

- Eu vou fazer tudo que estiver ao meu alcance senhor. Agora, por favor, se você não me deixar chegar perto dela, eu não vou poder ajudar.

- Claro.

Não! Isso seria o pior dos castigos que eu poderia receber, se a Natalie. Não! Ela não vai morrer. A doutora Flávia vai conseguir salva-la.

- Senhor Guilherme pede para a Carla cancelar á ambulância, ela precisa ser levada para o hospital de helicóptero, ou se não ela correra um risco enorme de sofrer uma hemorragia interna e na ambulância não temos os recursos necessários para socorrê-la caso isso venha á acontecer.

- Deixa que eu mesmo cuido disso, quero que ela seja levada para o hospital que a empresa tem convenio.

Liguei para o hospital, exigir que eles manda-se um helicóptero, obvio que quando perceberam o meu sobrenome disseram que o helicóptero já se encontrava á caminho.

- está feito doutora Flávia, já se encontra á caminho.

- Ótimo, espero que não demore, ou se não algo pior pode acontecer com ela.

- Carla preciso que você ligue para a Patrícia, ela é melhor amiga dela. Vai ser bom mantê-la por perto. Creio que o numero dela encontrasse na minha agenda digital.

- Não se preocupe eu mesma vou ligar, vai dá tudo certo senhor, ela ficará bem.

- Assim espero Carla.

Os minutos passavam e para mim era angustiante essa espera sem fim, a minha respiração eu nem lembrava mas como se respirava. O meu coração parecia que ia saltar pela boca a qualquer momento. Foram longos minutos de espera, até que a equipe de socorristas chegaram. A Dr Flávia explicou as medidas que ela já tinha tomado e eles começaram a imobiliza-la para coloca-la no helicóptero. Quando ela estava devidamente imobilizada disseram que precisava de alguém para acompanha-la até o hospital. Em nenhuma hipótese eu deixaria outra pessoa fazer isso, sem pensar duas vezes entrei na aeronave. Rezei o caminho todo para que ela ficasse bem e que esse pesadelo acabe logo.

Chegando ao hospital levaram ela para dentro e impediram-me de continuar acompanhando ela.

Os minutos passavam-se e nada. Eu tinha á impressão que eu iria surtar a qualquer momento, sem saber noticias de como ela estava. Droga! Por que eu não conseguir alcança-la? Por que deixei isso acontecer? Já tinha se passado quase duas horas e ainda não tinha nenhuma noticia sobre o estado de saúde dela e eu particularmente já estava entrando em desespero por esse motivo.

- Com licença, é o senhor que está acompanhando a paciente Natalie?

- Sim sou eu mesmo, alguma noticia?

- Será que o senhor poderia me acompanhar até a minha sala?

- Claro, vamos então!

Será que ele estava me levando para falar que ela não havia resistido aos ferimentos. Por favor, que não seja isso.

- Sente-se, pode ficar a vontade.

- O que o senhor tem para me dizer Dr.

- A paciente está fora de perigo, mas a mesma está com diversas fraturas, e o caso dela apesar de está estabilizado espira cuidados.

- Que tipos de cuidados Dr? Desculpe não perguntei o seu nome.

- Márcio, especificamente ela terá que passar um mês aqui no hospital, ela encontra-se com a perna esquerda quebrada, o braço direito também está quebrado, o pescoço está com uma pequena lesão e por isso ela está usando um colar cervical, um corte na sobrancelha direita que precisou levar cinco pontos e algumas esfoliações pelo corpo.

- Meu Deus, mas agora apesar de parecer que ela está toda quebrada, ela está bem e fora de perigo não é?

- Sim ela encontra-se fora de pego senhor, qual o seu nome?

- Guilherme. Será que agora eu posso vê-la doutor? Confesso que estou ansioso, para ter certeza que ela está bem quer dizer bem entre aspas.

- Claro que você pode vê-la, mas não pode deixa-la nervosa em hipótese alguma.

- Seu pedido é uma ordem, já posso ir?

- Pode sim, vejo que está bem ansioso.

- Sim, ela é a mulher da minha vida, agora se o senhor me der licença irei vê-la.

Apesar de saber que aNatalie passaria um mês internada, meu coração não conseguia conter á alegria ea paz que eu estava sentindo por saber que a minha pequena estava bem etotalmente fora de perigo, mas tenho que me preparar pelo que o médico falouela está muito machucada e me doe só de

pensar que serei obrigado a vê-la assim, a Ariane que me aguarde, logo ela vai saber porque é mais seguro não mexer com nada que é meu.

Entre A Culpa E O DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora