Capítulo 17

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Wilhelm

Wilhelm nunca teve problemas para dormir, mas naquela noite, não conseguiu pregar os olhos.

Os últimos dias não foram fáceis.

Sua mãe o fez sentir como se fosse uma aberração. Não sabia como iria tornar essa situação menos pior. Ela com certeza iria precisar de tempo para se acostumar com a nova verdade.

Ernesto não o procurou mais. Embora ele estivesse fazendo o que pediu, ficou chateado com o afastamento dele. Afinal, era seu único amigo.

Já Simon... Simon. O que tinha para falar dele? Passar a noite com ele fez uma certa felicidade se infiltrar dentro de si. Sentiu-se bem por conseguir arrancar risadas da boca dele depois da merda que Gregory fez.

Poxa, ele merecia mais. Ele merecia ser tocado com carinho. Apenas com carinho... O que raios estava pensando?

Wilhelm virou de lado na cama.

Eram quase 5 horas da manhã. O céu clareava pouco a pouco pela janela. Disse para si mesmo que deveria descansar mais uma hora, no entanto, seus olhos permaneciam abertos e sua cabeça continuava pensando em Simon.

Virou para o outro lado.

Tinha que parar de pensar nele e voltar a dormir. Fechou os olhos e conseguiu ficar sem pensar nada por três segundos até se lembrar dos dedos dele entrando e saindo da sua boca.

Seus olhos esbugalharam e a última parte do seu corpo que não podia despertar, despertou.

Wilhelm suspirou pesadamente.

Fazia um tempo que só encontrava alívio debaixo da coberta. Nem podia contar com o cara da faculdade de tão nulo que foi.

O problema era que estava farto de prazer vazio. Queria algo mais intenso, com conexão, paixão, e a única pessoa que veio na sua cabeça foi Simon.

Ao fechar os olhos, Wilhelm não podia evitar de pensar no rosto dele, no sorriso e... Nos dedos dele entrando e saindo da sua boca.

Wilhelm já estava desistindo do sono.

Era um caso perdido lutar contra sua excitação. Pelo menos, na sua cama era permitido extravasar. Não iria significar nada se fizesse pensando em Simon, certo? Nada iria mudar. Era apenas um desejo, uma fantasia. Fantasiar era algo normal.

Com essa certeza em mente, se virou de barriga para baixo e tirou rapidamente sua cueca. Abafando os gemidos, começou a acariciar seu pênis inchado, enviando um raio de eletricidade por todo seu corpo.

Em seguida, apoiando-se em um cotovelo, empurrou seus quadris e começou a foder sua própria mão.

Na sua fantasia, a mão era Simon de joelhos, com boca aberta, tomando cada centímetro do seu pênis e querendo mais.

Gemendo e olhos cerrados, Wilhelm quase podia sentir a maciez dos cachos de Simon enquanto segurava a cabeça dele em sua imaginação. Com um suspiro, apertou ainda mais seu pênis, sentindo o orgasmo próximo.

Quando imaginou Simon engolindo tudo, chegou no ápice, tendo um dos melhores orgasmos dos últimos tempos. Gozou em sua mão, gemendo alto o nome dele.

Ofegante, Wilhelm rolou na cama e encarou o teto branco do seu quarto. Seu peito subia e descia. Ficou inerte por alguns minutos. Lá no fundo da sua cabeça, uma vozinha o dizia que havia extrapolado quando gritou o nome dele.

Isso o assustou. Assustou demais.

Pulou da cama e foi tomar banho.

***

Sem Deixar Vestígio [Wilmon]Onde histórias criam vida. Descubra agora