Capítulo 7

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Na manhã seguinte, Jessica foi se espreguiçar e percebeu que ainda estava completamente envolta em seu próprio casulo de Baekho. Enquanto estavam deitados sobre o lado direito do corpo, o braço dele debaixo do travesseiro para aninhar a cabeça dela, e sua mão esquerda agarrando seu seio. Ela conseguia sentir sopros de ar no pescoço e descobriu que não se importava.

Jessica saiu devagar da cama, colocando um travesseiro nos braços de Baekho para que este continuasse dormindo. A mão dela voou aos lábios para conter a risada enquanto ele apertava o travesseiro e sorria lascivamente. Balançando a cabeça, ela silenciosamente pegou suas verdadeiras roupas e foi ao banheiro para se refrescar. Arrumou rapidamente o cabelo e a maquiagem, então, não pela primeira vez, mandou uma oração de agradecimento a Ji, que exigia que seus oficiais usassem apenas a camisa do uniforme. Em vez de calças quentes de poliéster, ela vestiu sua calça jeans favorita. Colocou o cinto com o coldre e em vez de prender o distintivo na camisa, colocou a faixa na qual estava prendido seu novo broche.

Jessica saiu pela porta na ponta dos pés e desceu as escadas. E encontrou um punhado de homens na cozinha preparando o café da manhã. Do lado de fora da janela, o mundo clareava lentamente.

— Bom dia, rapazes — ela disse, em saudação.

Donghee e Matthieu acenaram e Donghee apontou para a frigideira.

— Os madrugadores podem escolher como querem o ovo.

— Mexido para mim e obrigada. Tem café? — ela perguntou, olhando ao redor.

Matthieu apontou para a pequena alcova onde várias urnas industriais de café borbulhavam.

— Acabei de terminar.

Ela se aproximou, se serviu uma xícara da ambrosia preta, acrescentou adoçante e tomou um gole. E suspirou, encostando um quadril na parede.

— Isso é incrível.

— Agradeça a Ryujin. Ela está montando uma pequena cafeteria no bar do Junsu e se ofereceu para pedir um café com sua conta de atacadista. De outra forma, nunca conseguiríamos grãos tão bons — Donghee explicou.

Ramsey deu a volta na ilha, segurando uma pequena jarra.

— Você deveria tentar com meio-a-meio. Pedi ao Leo para me mostrar como acertar a proporção de leite com o creme.

Normalmente, ela não tomava creme no café, apenas um pouco de adoçante, mas ele parecia tão animado que ela se viu estendendo a xícara. Ele a serviu e parou, olhou para a bebida em movimento e acrescentou um pouco mais. Foi até a estação de café, pegou uma colher e mexeu para ela.

— Experimente agora.

Ela tomou um gole, esperando completamente odiar o café, mas descobriu, pela primeira vez, que o creme não superava o gosto do café, apenas adicionava suavidade à experiência.

— Isso é incrível pra caramba!

Ramsey sorriu largamente.

— Né?!

Ela olhou para os caras na sala.

— Ok, qual é a pegadinha?

Eles trocaram expressões confusas.

— O que quer dizer? — perguntou Ramsey.

Ela apontou primeiro para Donghee e depois para Ramsey.

— Vocês são perfeitos demais. Na noite passada, vocês fizeram tudo o que podiam para me receber, pelo bem do Baekho. — Ela ergueu uma sobrancelha. — E não pensem que não percebi como mimam ele e a Unidade Tau. — Ramsey estremeceu e ela continuou: — Criar crachás foi incrivelmente adorável e vocês são tão domésticos que meus ovários estão espiralando de vergonha, então qual é a pegadinha?

Encanto e Confusão 12 - Meu GuerreiroOnde histórias criam vida. Descubra agora