Capítulo 17

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— É impossível. Ele não pode criar algo do nada — Baekho argumentou pela quinta vez. — Não importa o que você diga, aquela mulher não existe.

— Ela existe se você não tiver que tocá-la — Jessica refutou.

— Isso é mais difícil de entender do que magia — ele admitiu, balançando a cabeça.

Ela apertou a mão dele enquanto passavam pelas lojas e restaurantes da Cidade Alta, agora fechados porque era basicamente o meio da noite. Não demorou muito para que os prédios ao redor deles se tornassem familiares, enquanto viraram na rua que levava à propriedade Saja.

— Só quero ir para a cama e esquecer que esta noite aconteceu — disse Miso, apoiando-se em Minhyun enquanto caminhavam.

Jessica piscou, depois piscou novamente. E percebeu que os segundos entre as piscadas estavam ficando mais longos. Depois de mais alguns passos, ela foi repentinamente pega nos braços de Baekho e ele a aconchegou contra si.

— Você está caindo de sono. Da próxima vez que houver uma reunião depois de uma missão tão importante, vamos pulá-la.

Ela descansou os olhos.

— Não acho que teremos essa opção.

— Vocês dois, levem as minhas irmãzinhas para a cama, eu atualizarei o pai adequadamente — Jong comandou.

Ela e Miso riram de sua ordem imperiosa que colocava mais importância no fato de elas serem suas irmãzinhas, do que as companheiras de seus irmãos.

Jong abriu a porta e permitiu a entrada deles no saguão.

— Boa noite, bebê Saja, seu tio Jong ama muito você — disse Jong. Jessica abriu um olho para vê-lo se abaixando para falar com a barriga de Miso.

— Elas estão bem? — sua mãe perguntou.

— Sim, mas cansadas. O pai ainda está acordado? — Jong perguntou.

— Você já deve saber mesmo antes de perguntar, ele está andando de um lado ao outro no escritório, esperando seu retorno. Pedi ao Leo para fazer aquele bolo de Frutas Proibidas que vocês dois amam tanto. Tentem dormir um pouco esta noite — ela repreendeu.

— Boa noite — Baekho falou e se dirigiu para as escadas.

Um coro de boa-noite foi dito e Baekho carregou-a ao quarto. Ele a colocou no corredor e abriu a porta. Entraram no quarto iluminado apenas pela luz âmbar suave da pedra brilhante na mesa de cabeceira. Ele fechou a porta atrás de si. Sem dizer nada, ela rapidamente tirou suas vestes e subiu na cama.

Baekho apagou a luz antes de se juntar a ela. Ele mal havia deslizado nos lençóis antes de puxá-la para perto.

Quando mãos começaram a esfregar seus ombros, ela bufou.

— Você não vai se dar bem essa noite, Saja, eu nem sei em que planeta estou.

Ele lhe beijou o ombro.

— Vá dormir. Eu só queria esfregar algumas dessas marcas. Seu equipamento deixou marcas em sua pele; a sensação disso não pode ser boa.

Jessica estendeu a mão ao local onde seu companheiro estava esfregando. E, como dito, ela podia sentir os sulcos em sua pele onde seu coldre havia pressionado.

— Você é incrível, Baekho.

— Eu sei. — Jessica pensou que seria capaz de aguentar um pouco mais para desfrutar de sua massagem, mas no segundo que ele começou a ronronar, ela apagou.

Encanto e Confusão 12 - Meu GuerreiroOnde histórias criam vida. Descubra agora