III

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– Você tem certeza, Sheilla?

– Bem, para ter certeza eu tenho que fazer alguns testes.

Gabriela revirou os olhos. – Você sabe o que eu quero dizer.

– Então, sim. Mas eu vou pedir para Rosamaria confirmar, de qualquer forma.

Gabriela suspirou e cuidadosamente estudou a foto novamente.

– Se tivermos uma combinação nisso...

– Haverá um monte de possibilidades. – Natália concluiu.

– Melhor do que nada, certo? – Roberta adicionou.

– Claro.

– Ótimo! Finalmente temos algo no que trabalhar. Quanto tempo você acha que isso vai demorar, Vida?

– Um dia? Suponho que Rosamaria possa trazer os resultados amanhã. A primeira coisa na parte da manhã, amor.

– Wow! – Gabriela colocou a mão na parte inferior das costas de Sheilla.

– Eu vou dizer a ela para... – Sheilla estava prestes a sair, mas Natália a deteve.

– Não, doutora. Deixa que eu vou. – Ela disse. – É o seu dia de folga e você está trabalhando aqui por uma hora já, qual é! Leve Gabriela lá embaixo, isso seria um grande favor pra gente. Sério.

– Verdade, a gente já não consegue mais aguentar ela hoje. Parece que ela acordou com o pé esquerdo. – Roberta riu.

– Cale a boca, Roberta. Vocês duas, ou seus traseiros vão acidentalmente encontrar o meu pé.

– Viu só o que eu quis dizer?

Sheilla deu uma risadinha. A verdade é que Gabriela estava muito bem hoje, mas Roberta e Natália realmente apoiavam as duas. Sheilla se lembrou do dia em que elas haviam contado a novidade.

Elas as tinham convidado para jantar na casa de Sheilla. Era uma coisa habitual entre elas, então elas não suspeitavam de nada. Elas comeram, conversaram, beberam e logo após o jantar Sheilla olhou para Gabriela e respirou fundo. Gabriela se levantou seguida por Sheilla, todo mundo parou de falar e olhou para elas. Sheilla estava nervosa, Gabriela estava pronta para as piadas. Sheilla acenou com a cabeça para ela e então ela começou a falar.

– Bem, a razão pela qual Sheilla, quero dizer, nós convidamos vocês para vir aqui é que... Nós temos algo para dizer.

Uma pausa.

Natália arqueou as sobrancelhas. – Então... você vai nos dizer ou o quê?

– Sim, claro. Como eu estava dizendo... Nós queríamos que vocês soubessem que... – Ela olhou para Sheilla. Me ajuda.

– Shei e eu decidimos que... – Ela moveu as mãos no ar, tentando encontrar as palavras.

– Oh, dane-se. Sheilla e eu estamos juntas.

Todo mundo estava olhando para elas. Ninguém reagiu. Gabriela estava ficando muito nervosa. Talvez ela não tivesse sido clara o suficiente. Ela apertou a mão de Sheilla na dela e a levantou.

– Queremos dizer, juntas juntas.

E de repente todo mundo começou a rir.

– O que tem de tão engraçado nisso? – Ela perguntou na defensiva.

– A gente já sabia disso, Gabi. Quero dizer... Você não tinha que fazer um anúncio. – Henrique deu de ombros.

– É, quer dizer, já não era óbvio? – Natália brincou.

Sobre Amor, Tartarugas e Novas ChancesOnde histórias criam vida. Descubra agora