Era 1 da manhã e lá estava Harley, em sua cama, bem acordado, e olhando para o teto. Suas fungadas eram o único barulho em seu quarto silencioso e abafado. Ele rolou de lado, olhando pela grande janela para o céu noturno.
Ele enxugou as lágrimas molhadas e as secas do rosto e se encolheu quando ouviu uma batida suave na porta. Ele se levantou da cama e abriu a porta, encontrando um Peter trêmulo.
"P-Peter." Harley respirou fundo. "Ei, u-um-"
Peter examina o rosto de Harley, grato por ser capaz de ver bem no escuro, "O que... o que há de errado?"
"Nada." Harley murmurou, desviando o olhar.
"Harley..." Peter murmurou baixinho, puxando seu irmão para um abraço.
As lágrimas acumuladas de Harley finalmente caíram de seus olhos. Peter pegou dois pufes, sentando-os lado a lado e fazendo Harley sentar em um. Ele acendeu um pequeno abajur na mesa situada no canto, deixando a pequena luz se espalhar. Ele voltou e sentou-se ao lado de seu irmão.
"Você pode me contar." Peter sussurrou enquanto os dois olhavam para a parede.
Harley balançou a cabeça, enxugando as lágrimas de seus olhos, "Eu não vou colocar mais problemas nos seus ombros."
"Mas..." O aracnídeo fungou com um suspiro. "Harley, estamos passando pela mesma merda. Podemos fazer isso juntos, não estamos sozinhos. Até o pai ainda lida com..."
"TEPT. Pois é." Harley murmurou, cerrando os punhos.
Peter estremeceu, "O que você... o-o que você ainda pensa."
Harley se inclinou para trás, mordendo o interior de sua bochecha e hesitando em falar: "Antes que eles trouxessem você..." Ele respirou fundo. "M-Deus... foi um pesadelo... eles tentaram me sufocar por não responder a uma pergunta, cortavam profundamente minhas pernas quando tinham vontade, e tudo o que eles fizeram... Eu posso ainda..."
"Sentir a dor?" Peter perguntou, virando-se para encarar Harley.
Harley assentiu, "Eu não tenho nenhuma cicatriz disso, mas há cicatrizes invisíveis que eu ainda posso sentir." Ele tremeu e esfregou o topo de suas coxas. "Eu..."
Ele foi interrompido por uma batida suave na porta. Peter se levantou, abrindo-a e encontrando Morgan parada ali, segurando seu cobertor com lágrimas nos olhos.
"E-Ei, Morgs." Peter cumprimentou, enquanto Harley rapidamente enxugava as lágrimas de seus olhos. "O que houve?"
"E-eu tive um sonho ruim, e eu fui para o seu quarto e você não estava lá. E-E eu fiquei preocupada, então vim a-aqui." Morgan fungou enquanto ela explicava.
Harley suspirou, empurrando de cima do pufe, "Vocês dois estão prontos para uma noite de cinema até adormecermos?"
"Claro." Peter respondeu enquanto Morgan rapidamente balançava a cabeça.
Harley sorriu suavemente enquanto ia ligar a tv na frente de sua cama. Morgan pulou na cama, ficando debaixo das cobertas. Peter se deitou à direita dela enquanto Harley se sentou à esquerda.
"Podemos assistir Tinker Bell?" Morgan timidamente perguntou.
"Por mim está ótimo." Harley sussurrou, então se virando para Peter. "E você Aranha?"
Peter estava olhando para seu colo, tocando seu peito, mas ergueu os olhos rapidamente ao ouvir seu irmão, "Ah, claro."
Harley foi para a Netflix e colocou um dos filmes de Tinker Bell. Ele deu um tapinha nas costas de Peter, que lhe deu um aperto tranquilizador no braço. Os três se aconchegaram na cama de Harley, debaixo dos cobertores quentes e riram do filme.
Por horas eles ficaram acordados, assistindo Tinker Bell e Barbie.
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Starks Make Sparks (tradução)
HumorUm adolescente de 17 anos, um de 15 e uma criança de 10 anos podem não parecer tão ruins para se ter em uma família. A menos que sejam todos Starks. Harley Stark, Peter Stark, Morgan Stark são filhos, nascidos e criados, de Pepper e Tony Stark. A...