Love for two ( Chaennie )

"Capítulo 25 "

Prov's Rosé

Senti Jennie se mexer na cama, estava incomodada, sabia que estava difícil dormir naquela situação, o dia ainda amanhecia, e como acabei despertando resolvi levantar de vez, desci as escadas da mansão, foi difícil adaptar a um novo lar no começo, mas nada que o tempo não ajude, a casa maior com uma sala grande, a cozinha industrial, o sonho da minha esposa, um quintal enorme com piscina, um escritório, cinco quartos, pra mim era perfeita, minha vida parecia até um sonho.

Fui até a cozinha já ouvindo Nina e Joana chegar, uma cozinheira e uma arrumadeira, elas chegaram bem cedo e até se assustaram quando me viram de pé, sorri pra elas e murmurei um bom dia, depois da mudança de casa, Jennie percebeu que não daria conta de tudo sozinha, e por mais que eu estivesse em casa, não dava certo.

- Bom dia dona Roseanne, madrugou hoje - Nina falou sorridente.

- Bom dia meninas, Jennie está com dificuldade pra dormir, acabei acordando - falei me sentando a mesa enquanto Joana preparava um café.

- Deve tá sendo menso com aquele barrigão - Joana falou e eu sorri. - Daqui a pouco o bebê de vocês nascem - eu assenti.

O bebê de escape veio, mas não quando eu queria, tive que esperar sete anos por ele, meu menino, Jimim, minha esposa estava a beira do parto, seriam nove meses completos na próxima semana, não podia negar que estava ansiosa, não só eu, as gêmeas contavam os dias para a chegada do irmãozinho, já Henry estava meio alheio a tudo, mas era o jeito dele.

- Bom, vou aproveitar que acordei cedo e dar uma corridinha pelo condomínio, até mais meninas - falei e as duas se despediram.

Subi para meu quarto, mas antes passei pelo quartos das crianças, agora estava lidando com duas pré adolescentes, gêmeas, mas completamente diferente uma da outra, os quartos se tornaram individuais, cada uma no seu estilo e humor, Lisa exibia um extensa coleção de coisas vintages, o estilo não mudou, ainda adorava usar calças jeans e tênis, o quarto era um bagunça, muitas câmeras, bonés, discos, camisas de bandas.

Jisoo também mantinha sua essência, meiga, rodeada de livros e tecnologia, adorava videogames, também gostava de coisas vintages, mas clássicas, isso refletia também em sua maneira de se vestir, muito inteligente e estudiosa, diferente da irmã, Lisa era sim inteligente, mas odiava estudar.

Já Henry era um rapazinho de onze anos, ainda curtia super heróis e muito quadrinhos, era mais tímido e acabou se apegando muito a Jennie, por isso se mantinha indiferente desde que soube da gravidez, talvez por ciúmes, ainda mais por o bebê ser um menino, talvez pense que será deixado de lado por Jennie, o que jamais aconteceria, isso é óbvio, meu menino apesar da timidez, era inteligente e sorria bastante, ele e Lisa compartilhavam o mesmo neurônio, o que rendia a Jisoo muita dor de cabeça por causa dos casulas.

Abri a primeira porta onde tinha escrito bem grande em letras cursivas " STOP " como um alerta para quem chegasse perto, o que era ignorado por todos da casa, visto como apenas mais um ato de rebeldia de Lisa, olhei para a bagunça, e logo achei minha filha ali, jogada na cama, o cabelo loiro estava cumprindo e com mechas rosa na ponta, isso foi motivo de um quase colapso de Jennie, mas ela conseguiu superar bem, me perguntava como ela reagiria se Lisa aparecesse com um tatuagem.

Fechei a porta e segui o corredor, pulei um porta, aquele era o quarto de Jimim, todo decorado com tema de safari, ideia de Jisoo, parei em frente a porta verde com letra brilhantes escrito " Henry". Abri a porta e o safadinho tomou um susto ao me ver, era seis da manhã e ele estava acordado jogando videogame, fez um cara de coitado e eu fechei a minha já pra dar um bronca.

- Desde que horas está acordado? - perguntei brava, não era boba, e pelas olheiras passou a noite toda jogando.

- Acordei agora mama - soltou um sorriso amarelo e eu estreitei os olhos - Tá bom, tá bom, já vou desligar...

- Não vou precisa tirar o Xbox do seu quarto filho? - perguntei seria e ele se encolheu, eu não era um mãe chata, deixava meus filhos a vontade, dava de tudo, não só eu como Jennie também, mas tínhamos nossas regras, e nenhuma pena de punição - Desligue tudo agora e volte a dormir - falei.

- Mas eu tô sem sono mama - murmurou.

- Ótimo, então pode vir comigo correr pelo quarteirão - cruzei os braços em baixo dos peitos.

- Na verdade, eu tô com muito sono mama - fingiu um falso bocejo - Muito mesmo, na verdade, já estava desligado tudo pra dormir - falou desligando a tv e indo para cama, cada dia mais parecido com Lisa, a cara de pau era a mesma.

Não disse nada, ele se enrolou nas cobertas e virou para "dormir " neguei com a cabeça fechei a porta e saí, fui até o quarto de Jisoo, era o único que não tinha nada na porta, em compensação a parte de dentro era cheio de pratileiras com livros, alguns bibelôs e as coisas que ela gostava, abri a porta e a mesma estava dormindo em sono profundo, com um livro sobre o peito, entrei e tirei o livro de suas mãos, com cuidado para não misturar as páginas, isso daria uma grande confusão, beijei sua testa e ela se acomodou na cama.

Era estranho, sete anos e tudo estava diferente, meus filhos enormes, logo estariam no ensino médio, namorando, não gostava nem de pensar, voltei para o corredor rumo a suíte, peguei Jennie se mexendo na cama, exibindo um enorme barriga, linda, Deus, eu era completamente apaixonada, lembro-me quando me contou sobre a gravidez, eu já tinha desistido, levei um susto e até chorei de felicidade, minha esposa me fazia feliz a cada dia, mesmo nosso casamento não sendo perfeito, nenhum era, a gente brigava, descordava, ela ficava estressada com os restaurantes e toda a administração, eu com a empresa, as crianças...

Mas ainda sim, éramos felizes, cada dia mais, me sentia completa, amada e com a chegada do bebê eu transbordava, sorri me aproximando dela, desisti da caminhada quando me aconcheguei e me abraçou, ela adorava dormir agarrada a mim, ajudava por causa da barriga, acabou virando um rotina, beijei seus cabelos agora mais curtos, ela se mexeu querendo despertar, mas ainda era muito cedo.

- Hum...amor - murmurou sonolenta - Seu filho não me deixa dormir...- reclamou e eu sorri, me lembrou quando estava grávida das gêmeas, Lisa era sempre mais agitada, sentia saudades daquela época.

- Acho que o Jimim já está querendo ver o mundo amor - falei próxima ao seu rosto e lhe dei um selinho.

- Não ia achar ruim, ele podia nascer hoje...- murmurou novamente, fiz um carinha em suas bochechas, logo estava dormindo de novo.

Gente, tá acabando tá ....