Capítulo 8

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Os sons ainda chegavam baixos em seus ouvidos, mas o menino deitado na maca despertava aos poucos. A luz do ambiente causou uma leve ardência em seus olhos e mais uma  foi sentida quando o braço que tinha uma agulha escondida sob a veia, foi dobrado em busca de lhe dar apoio para tentativa - falha- de se sentar ali

— Eiii, não se mexa, continue deitado você ainda está tomando soro – o pânico está prestes a se iniciar, mas foi controlado quando ele reconheceu a voz do Omega

— Tul o que houve ?– agora com os sentidos mas dispertos Gulf voltava a reconhecer o consultório de doutor Gun — Agora está tudo bem, você teve uma crise de pânico por causa… da notícia – o nervosismo  do mais velho era claro, por  ter que lembrar o garoto da sua inesperada situação

— Olha sei que é um situação difícil, e estarei ao seu lado seja qual foi sua escolha, mas você devia pensar com – Tul foi rapidamente interrompido por Gulf que ao contrário do costume começava a parecer agitado e enérgico demais

— Onde está o Gun ? Chama ele pra mim, ele tem que tirar isso. Eu preciso me livrar disso Tul, diz pra ele tirar isso daqui – a voz do garoto era alta, algumas lagrimas corriam por seus olhos, mas os mesmo pareciam desfocados enquanto as palavras rapidas e quase desconexas sabiam pelos labios machucados pelas mordidas que o omega lhes dava — Rapido chama ele, tem que tirar antes que ele saia, não quero isso em mim, me ajuda Tul arranca ele daqui, ele vai me matar — o panico nos olhos de Tul refletia a loucura pela qual o menor estava passando, o choque de tudo aquilo, o peso da descição a ser tomada era de mais pro menor, um surto tomou seu corpo

— Não tenho tempo, tenho que me livrar disso – virando-se na maca e arrancando o soro do braço, o garoto se debruça sobre a mesinha de apoio onde haviam alguns materias utilizados em suturas, alcançando um pequena mais afiada tesoura, o garoto a segura firme entre os dedos a levando com força em direção a propria barriga. Ainda que Tul tenha conseguido agarrar suas mãos para evitar o pior, não foi rápido o suficiente, a tesoura conseguiu cortar a pele, que rapidamente se manchou de vermelho

— Socorro, alguém ajude, Gun – o ômega grita enquanto segurava firmemente o menor que ainda se debatia sobre a cama, murmurando súplicas para que se “  livrasse daquilo “, os olhos de Tul transbordavam, e graças aos ceus a porta foi aberta, Gun e dois enfermeiros passaram por ali — Kao, 5mg de Diazepam intravenoso. Mike prepare o material para sutura – Tul foi afastado do menor, quando os enfermeiros assumiram o controle da situação, seu peito doía ao ver o menor naquela situação, ele sabia o quão terrível e devastadora aquela situação pode ser, uma decisão como a sua não era um peso fácil a ser carregado, e era eterno. O menor que agora estava sedado, tinha seu ferimento tratado pelo jovem enfermeiro, que tinha um olhar triste enquanto tratava com carinho do garoto .

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Gulf sentia seu corpo ser embalado enquanto caminhava pelo corredor, seus olhos ainda estavam embaçados, pouco podia distinguir os detalhes do local alem da luz clara que o iluminava, como se fosse um corpo com vida propria ele é levado pelo espaço e só quando chega em frente a uma parede de vidro, seus pés param indicando que ele chegou onde deveria, do outro lado do vidro, pequenas formas, se escondiam entre as mantas coloridas, chumaços de cabelos mas claros outros mais escuros, fugiam das minúsculas tocas que os protegiam, alguns pequenos pés estavam pra fora do berço, enquanto outros se espichava espaçosamente dentro das incubadoras, mas sua atenção se voltou pro centro do espaço,quando um delicado e pequeno sorriso brilhou diante de seus olhos, como se estivesse em um filme imagens se formaram em sua mente 

Uma pequena  delicada mao que envolvia seu dedo

Uma risada que mais parecia o canto de um anjo 

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