Capítulo 1

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Olaaa 🙃 vi que algumas pessoas curtiram a ideia dessa história, apesar de não ter muita informação sobre ela 😅 então como forma de carinho a essas, principalmente a IseFrank vou postar o primeiro cap de AmarcA 🥳🥳 Espero que gostem e não desistam dela 🥲😅

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— Você esta bem? — perguntou o homem ao pequeno garoto assim que ele recuperou seu fôlego e a tosse cessou, tirá-lo do fundo do rio foi realmente cansativo, mas o grande ômega nem pensou antes de se jogar na água gélida em busca do corpo que afundava lentamente. O garoto se afastou com rapidez evitando qualquer tipo de contato consigo, e ao olhar para o corpo do menor Tul pode ter uma ideia do porque. Os pulsos tinham marcas quase roxas e a enorme mordida em seu pescoço mostravam os claros indícios de abuso.

— Não se preocupe, eu não vou te machucar — dizia esticando a mão lentamente como se tentasse se aproximar de um filhote assustado — Pode confiar em mim, sou um ômega também — o garoto parou de fugir, e apenas o encarava com olhos arregalados e os lábios roxos e trêmulos — Qual seu nome pequeno? — mas a resposta não veio ainda, e Tul gostou disso no pequeno garoto, era sábio nos dias de hoje, não confiar em qualquer um.

— Tudo bem, eu primeiro, prazer, me chamo Tul Nattapol, sou assistente na delegacia da cidade — dando um sorriso simpático, esperava que o mais novo percebesse que ele não representava perigo — So...Sou Gu...Gulf — o nome foi pronunciado entre o bater de dentes, o ômega mais velho queria dar tempo ao garoto, mas o vento frio da noite, combinado com a água gélida que escorria por seu corpo dificultava tal tarefa.

— Prazer em te conhecer. Gulf, me permita te ajudar, sim? Vamos até minha casa, tomaremos um banho quente e posso fazer algo para você comer — se aproximando agora, sem ser afastado pelo menor, que pelo jeito não tinha mais controle de seu corpo, já que cedia aos tremores intensos.

— Pode confiar em mim — gradualmente ele toca os braços do menino, o ajudando a se erguer, ainda que não completamente por conta do corpo dolorido, do frio e de toda bagunça que acontecia em seus pensamentos, guiando o garoto até o carro que havia ficado sob a ponte, Tul senta o menor no banco do carona e faz a volta para se sentar no assento do motorista, devidamente posicionado atrás da direção, ele se estica sobre o garoto o assustando, fazendo-o recuar e batendo as costas na porta — Desculpe, só queria colocar seu cinto — o medo do garoto era claro em seu rosto, o ômega mais velho espera um pouco antes de se pronunciar, esperando que o garoto conseguisse se acalmar.

— Sei que acabamos de nos conhecer, mas pode confiar em mim, eu... sei como você se sente, e posso te garantir um dia as coisas melhoram — ele sorri pro garoto tentando lhe mostrar uma esperança que ele não teve na sua vez — Se você quiser podemos achar esse Alfa maldito, e eu dou uma lição nele — Gulf não sabe por que, mais no meio de tudo aquilo a frase do homem lhe arrancou uma risada.

— Não, ele não — mas foi obrigado a se interromper, porque ele não sabia como terminar aquela frase. Sim, ele pediu ao alfa que o tomasse, mas eram os efeitos do cio, e de qualquer forma ele não sabia quem ele era, de onde veio, Gulf não sabia exatamente como ele mesmo havia parado naquele lugar, e ainda que soubesse, agora ele não conseguia lembrar, tudo em sua cabeça estava confuso. Seu corpo doía, seus pulmões ainda ardiam por conta da quantidade de água que engoliu quando foi jogado por aqueles homens no fundo do rio. Teria o alfa ordenado tal ato? Ele pensou ter ouvido o homem vir em sua defesa, mas no fundo ele não tinha certeza sobre qualquer coisa daquela noite.

— Tudo bem, tudo bem, não precisa pensar em nada agora, apenas vamos para casa — a frase foi dita tão espontânea que o próprio Tul se surpreendeu com o calor que sentiu ao dizê-las. Ligando o carro e dando início à partida, nenhum dos homens no carro podia imaginar a onde aquele simples acaso os levaria.

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