Capítulo 16

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 ❌❌❌ Este capítulo pode conter gatilho pra algumas pessoas, não leia se for sensível a conteúdo relacionado a abuso sexual e abuso verbal. Priorize sua saúde mental ❌❌❌




Passado ⌛

O local estava escuro, o cheiro de urina e maconha era demais pra seu olfato, mas nada se comparava ao pescoço que adia por conta da marca que lhe foi feita ali

⏳Horas antes

— Por favor me deixa sair – as lágrimas já embargavam sua voz, os braços que lhe seguravam era fortes de mais, e mais uma vez o garoto se odiou por ser ômega — Shh para de fiasco, até parece que você não estava esperando por isso – a boca do alfa se esfregava contra seu pescoço enquanto o membro era pressionado contra o seu, os feromônios do garoto eram fracos mas ainda sim causavam uma espécie de paralisia no corpo de Plan — Se fazendo de difícil agora !? Depois de todos aqueles olhares e sorrisos pra mim, é alguma espécie de encenação, por que isso ta me deixando mais excitado – o choro do garoto ganhou intensidade enquanto o mais velho buscava seus lábios, a língua que se forçou pra dentro da boca do ômega era úmida e descoordenada, o enjoo embrulhou o estômago do menor, que em uma ato de coragem, mordeu a língua invasiva — Sua puta – o tapa que estalou em seu rosto jogou o menor diretamente contra o piso frio do bainheiro — Depois de me provocar todo esse tempo, agora vai dizer que não quer ? Que puta suja – o garoto se joga sobre seu corpo, intensificando um pouco os feromônios de controle sobre o ômega, por mais que Plan chorasse implorando pra que ele parasse, sua dor parecia apenas colocar mais fogo sobre o jovem alfa — Porque ta chorando, você devia me agradecer por querer fuder você, um ômega recessivo, que mal exala feromônios devia se sentir honrado em ter um alfa como eu atrás de você – a humilhação era derramada sobre o garoto enquanto o alfa começava a despir seu corpo — Veja nem lubrificado você fica direito, que vergonha pra um ômega...Mas eu vou te dar um presente, então seja uma boa vadia e fique quietinho – antes que pudesse lutar de alguma forma, Plan sentiu o peso sobre seu corpo e logo a dor se alastrou sobre seu pescoço, a mordida rasgou lhe a pele fazendo o cheiro de sangue se espalhar pelo ambiente, uma mão lhe tocou as nádegas, mas o apito de um telefone parou o alfa — Alo – seu corpo ainda pressionava o do menor, se esfregando em sua bunda — Que merda, ta, já to indo – se erguendo o alfa arruma suas roupas e caminha até a frente do espelho arrumando os cabelos e lavando as mãos, antes de sair do banheiro se despede do garoto, com um aviso — Tenho assuntos mais importantes pra resolver, mas agora você já é meu, então me espera bonitinho aí que quando volta eu termino nossa brincadeira – assim que a porta foi fechada, Plan se deu o direito de chorar ainda mais, o medo, a dor a impotência, todas saíram de uma só vez.

O ômega achou ter desmaiado, mas assim que recuperou sua consciência se esforçou o máximo que a dor latejante em seu pescoço permitia, sacou o telefone em seu bolso e ligou pra única pessoa que ele podia confiar naquela situação, queria mais do que tudo que seu pai estivesse ali, mas não poderia fazer isso com ele, os dedos trêmulos apertavam as telas no aparelho antes que o sinal de chamando pudesse ser ouvido, três toques depois a linha é atendida — Mark... por favor me ajuda

— Plan você ta louco, temos que contar ao seus pais, isso é uma marca – o garoto andava de um lado pro outro na sala de seu apartamento, Mark era o único amigo do jovem ômega, era seu confidente, o único que possuía a confiança de Plan, Mark ainda não tinha descoberto seu subgênero, talvez por esse motivo o garoto se sentisse tão tranquilo perto do amigo, Mark era muito maduro pra idade de 17 anos, talvez por ter sido criado longe dos pais ele precisou desenvolver responsabilidade muito cedo — Não posso Mark, meu pai não merece presenciar isso, e você sabe que Max cometeria um crime de ódio contra aquele babaca, se ele for preso por minha causa nunca vou me perdoar, já estraguei demais a vida deles – o menor se contorcia em dor sobre o sofá do amigo, a mordida em seu pescoço parecia enraizar choques pelo seu corpo — Deixa de ser idiota Plan, você tem 15 anos como diabos acha que vai poder lidar com isso sozinho ? – o até então beta, remexia os cabelos, buscando controlar sua fúria, ou seria capaz de colocar o amigo sobre o colo e lhe dar umas boas palmas afim de colocar juízo juízo sua cabeça — Eu vou dar um jeito, só preciso – o restante da frase ficou engasgada em sua garganta, o corpo do menor parecia entrar em convulsão, seus olhos se reviravam e logo o desmaio veio deixando Marc em completo pânico

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