Capítulo 42

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— Droga Plan perdemos eles – apesar das palavras parecerem rudes, o mais velho apenas suspira ao questionar o garoto — Eu precisava ir ao banheiro, o carro é chic mas não impermeável pai – o garoto cruzou os braços, formando aquele chateado beiço que já se tornaram sua marca registrada
— Tudo bem o gps ainda ta funcionando – como sempre Gun tinha tudo muito bem planejado, voltando ao carro eles seguem caminho acompanhando o pequeno aparelho nas mãos do médico. Ao se aproximarem do local indicado na pequena tela, quase alcançado os alfas, uma freada brusca de Tul assusta a todos — Que por – mas até o xingamento de Plan é interrompido quando as portas são rapidamente abertas pelos homem, que correram em direção ao seu carro saídos das enormes SUV’S que rodearam sua ferrari. Tul e Gun já colocavam as mãos sobre as armas escondidas em seus corpo, mas a rapidez dos homem, que claramente eram alfas, os impediu. Os ômegas foram arrastados carro a fora e levados a um pequeno prédio que parecia abandonado, tudo que Tul teve tempo de fazer foi instruir os mais novos a não reagir 

Surpreendentemente o prédio em nada se parecia com seu exterior, as janelas de vidro fumê escondiam a exuberância do local, que arrancou um “uaau “ de Gulf, a decoração em madeira escura e ferro deixava o local com um ar de poder, percorrendo o interior do lugar agora eles param em frente a uma enorme porta de madeira escura, duas batidas são dadas por um dos trogloditas e logo uma autorização é dada, e eles são levados para dentro da sala, onde se via  um homem em pé, vestido muito elegantemente em um terno azul marinho, e com um pequeno copo cheio de gelo e o líquido dourado sob as mãos o claramente alfa os recebe — O que é isso, solte-os – a ordem veio branda mas deixando claro quem mandava ali, o homem já se aproximava do grupo, agora tocando o ombro de Plan e dando um tapa na nuca do alfa que o segurava — Pela Deusa, ele está grávido tenha cuidado – o homem assustador que a pouco tinha os braços do garoto sob seu controle agora parecia um pequeno e acuado filhote, se curvando e pedindo desculpas, o chefe ali acena com a mão dispensando seus capangas
— Me perdoem, eles são excelentes com uma arma na mão mas não tem muito tato quando se trata de pessoas – fazendo um gesto com a mão ele convida os omegas a sentar, Tul já se preparava pra alcançar a arma sob o tornozelo — Sentem-se, aceitam uma bebida, pro gravidinho que tal um suco de melancia? – o assistente de policia ergue sua arma, colocando o dedo sobre a pequena trava — Quem é você – a mão era tão firme quanto sua voz, e não deixava brecha pra que o alfa fugisse. O mais velho se vira, erguendo as mãos e se virando, o alfa sorri pra ambos os convidados ali — Pemita-me me apresentar, eu sou ….






O pequeno corpo agora se encontrava em sono profundo, após alguns exames superficiais Mew apenas observa a pequenina garota, adormecida sob o banco do carro, claramente desnutrida e desidratada, o pediatra prestou os primeiros socorros, mas a falta de recursos, não facilitou seu trabalho — Mew como, como ela esta ? – quem se aproxima é Mean, os olhos do alfa estavam úmidos — Estável mas precisa ir pro hospital urgente, mas agora vamos falar sobre você, senta ai, acho que tem mais algumas gases no porta mala – o amigo manca um pouco se sentando no banco do carona a espera de Mew, mas ao abrir o porta mala o grito de surpresa do médico chama atenção de todos — Que droga Kao o que ta fazendo aqui !? – mesmo o jovem enfermeiro com a perna machucada corre até a parte traseira do carro ao ouvir aquele nome. Pra surpresa de todos o pequeno beta se encontrava todo encolhido no bagageiro do automóvel.

— Eu não podia ficar esperando Mew, ele… ele é meu amor – o impacto daquelas palavras calaram os alfas presentes no mesmo momento, todos podiam entender perfeitamente aquele sentimento, de qualquer forma não teriam como levar o beta de volta à cidade, porém não poderiam permitir que ele lhes acompanhasse — Não temos mais tempo, Kaownah você fica com a criança no carro, ele é aprova de balas, aja o que houver, não saia de dentro do carro – Max já direcionava o garoto até o interior do automóvel

— Cuide dela, apenas se for extremamente necessário – o policial se interrompe, forçando um pequeno esconderijo baixo do banco, ele saca um 38 cromado com cabo de madeira, logo checando as balas e entregando ao garoto — Atire primeiro, pergunte depois – ainda que muito nervoso Kaownah afirma positivamente aceitando o conselho e ordem do alfa — Mean você fica com ele – a frase saiu dos lábios do policial  — Não, eu vou junto – o enfermeiro quase bateu o pé diante de sua declaração, mas o machucado em sua canela não permitiu o ato, mas o rosto sério e a frase firme deixavam claro que ele não ficaria para trás — Acredite senhor Nattpol, se acha seu filho teimoso, vai se surpreender com Mean – Mew sorri após informar o mais velho de umas das características do amigo, e ainda mais pelo enorme sorriso que o amigo deu pro sogro recebendo um suspiro frustrado e convencido do mais velho, que recebeu um tapinha de conforto de Off que também ria  

O barulho de conversa e coisas sendo arrastadas podiam ser ouvidas lá dentro, se esgueirando ao redor do armazém os alfas se posicionam para invadir o lugar. Max abre uma pequena fresta do porta, aproveitando um estrondo alto que soou lá dentro, que abafou o ranger da porta, ao analisar a situação ele conta quantos homens se encontram  no interior do armazém, trocando sinais de mão e olhares com o Off o policial organiza os próximos passos,  a pequena brecha de distração que se abre, permite que os quatro alfas invadam o lugar se escondendo as costas das grandes caixas de madeira lá dentro, a movimentação é intensa lá, causando um pouco de preocupação ao alfa sobre como proceder, porém nem foi preciso que ele pensasse sobre isso, o estouro ressou pelo lugar e logo gritos e tiros começaram a tomar do espaço

Pouco Antes

O alfa ainda estava sobre a mira da arma, empunhada pelo omega de olhos frios, e sendo observado pelos outros três com olhos atentos, uma dúzia de capangas surgiu ali rapidamente graças ao sistema de câmeras que denunciaram a cena, porém foram parados pelo comando despreocupado do chefão na sala, o alfa ainda com o sorriso no rosto, se dá por vencido, queria esclarecer muitas coisas, mas o pequeno gesto de seu segurança atrás dos omegas lhe avisa que está na hora, a ação iria começar, então as demais explicações ficariam pra depois, a pergunta feita pelo garoto deveria ser a primeira a ser respondida
— Então sua pergunta é quem sou eu !? Gostaria de explicar com calma mas nosso tempo é curto, por tanto vamos simplificar as coisas já que o carro nos espera — Agora baixando as mãos e as colocando nos bolsos da calça impecável e de marca cara, o homem encara os irmãos ali presente, deixando Tul um pouco nervoso 

— Pakor, Nattharin… Eu sou seu avô 

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