Capítulo 25

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A porta mal havia sido fechada quando o corpo do omega foi prensado contra a parede, as mãos que invadiam sua roupa eram ágeis e quentes, a boca que sugava e mordia seus lábios era doce apesar da fúria do desejo, o corpo firme do omega foi erguido pelas coxas e pressionado contra o membro do alfa enquanto o mesmo caminhava em direção ao quarto

Algumas horas antes...

Max se mantinha em pé de braços cruzados apenas observando os homens à sua frente, que sentiam o peso do julgamento do policial. Plan estava sentado em silêncio bem ao seu lado, Mean foi colocado a duas cadeiras de distância de si, enquanto Mew estava ao seu lado mas com a atenção voltada completamente para a porta por onde Gulf entrou dando início a sua consulta. Em seus pensamentos a cena vivida mais cedo continua repetidamente passando diante de seus olhos

" O cheiro era forte, doce e excitante, por mais que ele soubesse que era errado, seu corpo inteiro lhe jogava pra cima do garoto, sua boca percorria a pele clara e levemente suada do ômega, ele apreciava a beleza do menor, ainda que não o pudesse definir com clareza dado os efeitos do hut. Por mais que ele tocasse, beijasse e explorasse o corpo do garoto, nada parecia o suficiente pra satisfazer seus instintos, ele precisava de mais, ele queria sentir que ele era seu por inteiro, o formigamento sob a gengiva era agoniante, era a primeira vez que o alfa experimentava um hut como aquele, a falta de controle, a forma como o mínimo estímulo do garoto arrancavam tudo de si, era demais para seu controle, e logo o gosto que ele tanto buscava surgiu em seu paladar quando os dentes se cravaram sobre a pele suave e levemente manchada pela sua luxúria. A parte quase inexistente de consciência do homem gritava pra que ele parasse, por mais que o alfa tentasse lutar seu corpo não lhe obedecia, as unhas do omega se cravaram em seu corpo, enquanto o prazer ainda que deturpado daquele ato atingisse os dois lobos que assumiram o controle deles "

— Não, não... Me perdoe, me perdoe – a agitação chamou atenção de Gulf, que acordou assustado por conta dos gritos vindo do lado de fora, apenas quando colocou os pés pra fora, na intenção de levantar e que o menor se deu conta de estar na cama, ' mas ele tinha certeza de ter dormido no sofá !? ' E ao pensar nisso, só achou duas alternativas, ou havia voltado a ter as crises de sonambulismo ou Mew havia lhe trazido pro quarto, e ao pensar na última opção o frio na barriga se faz presente ao imaginar ter estado novamente em seus braços, porém agora sua atenção foi novamente chamada para fora do quarto de onde uma voz alta soava, implorativa e agitada.

Abrindo a porta e saindo em direção a sala, tentando não fazer barulho, o ômega caminha lentamente até o sofá onde pode ver o corpo que ali repousava, os raios de sol já atravessam a janela iluminando o belo homem que ali dormia, a cena apesar de linda causou uma tristeza ao garoto, as sobrancelhas do médico estavam franzidas, sua testa tinha algumas gotas de suor e pelo canto dos olhos corriam delicadas lágrimas, o menor sentiu um nó em sua garganta, se aproximando ele chama pelo mais velho que parece preso em um pesadelo, sem resposta Gulf chega mais perto tocando levemente a mão de Mew que repousava sob seu peito, ainda chamando seu nome ele lentamente toca o rosto do mais velho limpando a lágrima que corria por ali, mas no mesmo segundo seu pulso é preso de forma um pouco dolorosa por uma mão forte, mas o que causou a pontada de medo no garoto foram os olhos que o encaram. Mew tinha os olhos embaçados e tão escuros que se tornavam quase negros, por alguns segundos Gulf prendeu até a respiração, mas o grito doloroso não pode ser contido, sua mão começava a ficar dormente tamanho a força do aperto sob seu pulso, e assim que sua voz chorosa saiu o homem lhe solta quase pulando do sofá pra se afastar dele. O pulso lateja e parece quase insuportavelmente quente, porém o que dói é seu peito ao apreciar as lágrimas sob os olhos de Mew  — Gulf eu...Não... Eu não... Pela Deusa me perdoa – o mais velho lhe encarava de olhos arregalados e a mão sobre a boca como se estivesse a ponto de vomitar, o omega não sabia o que fazer, claramente ele havia acordado assustado, mas Gulf não podia negar que por um momento se sentiu ameaçado, porém agora diante de si ele via apenas Mew, o homem que sempre era gentil e carinhoso consigo, que se preocupava em lhe pedir autorização paras menores  coisas, como tocar sua cintura enquanto corriam pro carro a fim de fugir da chuva, era esse homem que fazia seu coração palpitar, e talvez esse e o de agora a pouco fossem o mesmo, porque talvez em algum lugar lá dentro Mew também estivesse quebrado como ele pelos traumas do passado

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