Capítulo 41

585 102 52
                                    


A atenção de todos estava voltada para os papel sobre a mesa, onde Max fazia pequenas anotações e visualmente instruir os demais alfas de como funcionaria sua entrada no pequeno depósito, o serviço de inteligência  da polícia conseguiu descobrir o local onde os ômegas eram mantidos, antes de serem arrastados para arena, a ideia era que eles conseguissem invadir o local antes da próxima " apresentação" já que segundo os dados o local era menos vigiado — São duas entradas, o portão principal é de ferro, seria arriscado, vamos entrar pelo fundos, Off e eu daremos cobertura. Vocês já usaram uma arma ? – a voz de Max era firme, mostrando os anos de experiência do alfa — Porque sinto como se essa pergunta fosse um teste !? – o leve tom de brincadeira de Mean consegue arrancar um pequeno relaxamento na postura do policial — Sim, praticamos tiro esportivo na faculdade – quem responde é Mew sendo acompanhado pelo amigo logo em seguida — Sou melhor em arco e flecha, mas pela sua cara não acho que você tenha uma besta guardada no armário, Mew realmente precisa se segurar pra não responder que a única besta ali é ele.

O pelotão de fuzilamento já estava apostos... Na verdade eram apenas Gulf, Tul e Plan, mas a forma como lhes encravam fazia Mean sentir como se precisasse pensar em qual seria seu último desejo — Plan você sabe – a frase foi rapidamente interrompida — Não se atreva a dar um discurso de despedida, você fez isso comigo não se atreva a sumir e me deixar sozinho desse jeito – o garoto apontava pra própria barriga claramente fazendo referência ao pequeno filhote que se desenvolvia ali — Você tem que voltar pra cozinhar lasanha pra mim – ainda que alguns pequenos tapas tenham acertado o peito do alfa algumas lágrimas do omega também caíram sob sua camisa, agora eles apenas se abraçam sem fazer promessas ao universo, mas dividindo o mesmo sentimento de medo, saudade e amor

— Eu vou voltar – os olhos fixos do alfa não mostravam uma promessa e sim uma certeza, fosse como fosse ele voltaria pros braços de seu omega — Eu sei que sim, por que você sabe que se não, eu vou te buscar, nem que tenha que ser no inferno – e Max sabia que o marido era realmente capaz daquilo, agora aconchegado em seus braços, o alfa inspira o máximo que pode pra sentir o perfume de seu amado e o guardado na memória, fosse qual fosse a situação pensar em Tul sempre lhe dava força e coragem, era tudo que o mais velho precisava naquela missão

— Vai ficar tudo bem – o médico limpava as delicadas lágrimas que caiam sobre as bochechas de Gulf, seu pequeno omega era forte, ainda que sempre parece quieto, era genioso, mas agora estava tão frágil que Mew quase pensou em desistir de tudo por ele, e ele faria se o garoto pedisse, mas sabia que Gulf não faria, sabia que por mais que lhe doesse seu omega respeitaria sua decisão, e por isso mais ainda ele amava aquele garoto — Gulf te uma coisa que preciso te contar – porém o garoto apenas balança a cabeça e se agarra ao mais velho — Me conta quando voltar, me diga tudo que precisa quando voltar pros meus braços – as lágrimas quentes do menor tocam não só a roupa do alfa mas também seu coração que se aperta pela separação que se aproximava


Após as despedidas os alfas deixam o apartamento já que ainda passariam em um dos esconderijos para buscar coletes e armas, os ômegas que ficaram pra trás ainda encaram a porta por onde seus amores haviam passado, porém Tul já estava em outro momento, caminhando em direção ao quarto ele leva alguns minutos antes de voltar ao encontros dos filhotes na sala — Gulf tome, Plan já tomou sua medicação ? – entregando o pequeno comprimido ao seu irmão ele questiona o próprio filho deixando os dois ômegas confusos, os garotos encaram as costa do mais velho enquanto ele se direciona a mesa que a pouco foi usada como Távola Redonda pelos alfas, remexendo nos papéis ali, Tul analisa as marcações feitas no papel — Já, mas por que isso do nada ? – o mais novo agora tomado pela curiosidade vem em sua direção sendo seguido pelo tio — Não podemos correr riscos – ele realmente queria outra opção mas além de conhecer bem seu filho, bom o garoto era realmente seu filho, ele sabia que não aceitaria menos que aquilo

A MarcaOnde histórias criam vida. Descubra agora