Capítulo 24

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O homem que suspira cansado, se levanta em busca da quarta caneca de café, apenas aquele líquido precioso seria capaz de manter seus olhos abertos e sua frustração sobre controle, o homem que havia intimidado Gulf ainda estava sob custódia, mas não abriu mais a boca sobre todo aquele esquema, Max sabia que estava chegando cada vez mais perto, ele sentia que havia alguém grande por trás daquilo e como tal essa pessoa estava muito bem protegida. 

Pressionando as têmporas ele sente o celular vibrar em seu bolso, alcançando o aparelho um sorriso surge quando aquele nome aparece na tela — Bom dia amor, como você – porém os ruídos que vem do outro lado da linha não permitem que sua pergunta seja concluída — Tul fique calmo e me explique o que está acontecendo ? – ainda que o alfa soubesse que seu marido era sensível demais, ele nunca ligaria por besteira — Ma...Max eles...eles não voltaram, ninguém atende o telefone Max... Se algo acontecer eu – mas o nervosismo e o choro impediam suas conclusões. Mas o policial conhecia melhor que ninguém aquele omega, e claramente era possível entender a quem ele se referia — Tul fiquei calmo, eu vou achá-los, fique em casa e me ligue se alguém retornar – ainda sob choro o ômega concorda pedindo por notícias. Por mais que ele quisesse manter a posse de policial, naquele momento o lado paterno falou mais alto, sua primeira tentativa foi ligar pra Gulf, após cair na caixa postal, o número de Plan é o que adicionado a tela de chamada, 1...2...3 ligações caídas até que a próxima foi atendida e pro aumento da raiva do mais velho um voz conhecida atende do outro lado — Bom dia senhor Nattapol – o cumprimento era educado, mas para o policial parecia um explícito deboche — Onde estão ? — a pergunta foi feita seria e curta — Distrito 5, rua salgueiro, pousada Duas Luas – o endereço foi passado sem problemas, e isso irritava ainda mais o alfa, o fato de Mean não ter medo dele — Não se mexam dai – o celular foi desligado, a caneca de café abandonada e o mais velho já se dirigia ao carro estacionado no subsolo, porém não faria sua viagem sozinho, a antes pequena, mas agora insistente dor nas têmporas o acompanharia em seu trajeto



— Plan acorda – o alfa lhe fazia um carinho nos cabelos sedosos, o acordando lentamente — Humm, me deixa dormir só mais um pouco – o menor se remexia na cama fazendo um pequeno dengo, que fazia o sorriso de Mean ficar ainda maior, ele mal podia acreditar que acordou com o garoto em sua cama, na verdade teria acordado, se tivesse dormido. O alfa estava tão tomado por inúmeros sentimentos que não conseguiu pregar os olhos, após sua conversa com Erik, o mais velho ficou um pouco mais tranquilo, já que o amigo garantiu cuidar do assunto. Após tomar um copo de Whisky o alfa se deitou ao lado do garoto, mas a visão que era vista sob sua cama não lhe permitia adormecer. A pele clara levemente manchada pelos castigos que sua boca lhe proporcionou, aquecia seu corpo, os cabelos delicados caídos sobre a testa e os lábios levemente abertos, faziam Mean se sentir na presença de um anjo, o leve e doce aroma de melão se espalhava pelo quarto, causando uma paz que o alfa nunca havia sentindo em todos esses anos. Agora ver o pequeno se espreguiçar sob seus lençóis, pedindo pra permanecer ali mais um pouco, causava quase um instinto de possessão no alfa, trancá-lo no quarto era apenas um dos pensamentos que lhe vinham à mente, mas o medo de perdê-lo era muito mais potente que esse desejo — Sinto muito melãozinho, mas precisa levantar, seu pai está vindo pra cá – ainda com sobrancelhas franzidas e o os olhos semi abertos Plan o encara — Como Tul sabe onde estamos ? – mantendo o famoso beiço ele se cobre até o pescoço como lençol — Por que eu falei, mas quem está a caminho é Max – Mean quase caí pra trás, assustado com a reação do garoto, que salta da cama, jogando os lençóis e travesseiros para fora da mesma, se colocando em pé e segurando os cabelos com uma expressão de desespero — Estamos mortos...


Uma das mãos aperta a têmpora enquanto a outra segura a direção, a dor de cabeça era insistente, talvez devesse ir no médico depois de enterrar o corpo do alfa, ainda que soubesse que não o faria, nada impedia Max de idealizar as várias maneira de matar Mean e castigar Plan, até por que o transito que o mantinha parado na estrada não lhe deixa outra opção. Muito lentamente os carros vão se movimentando até que Max vê uma barreira diante de si. Saindo do carro ele caminha até o oficial encarregado de organizar o transito— Bom dia policial, o que está acontecendo ? – o policial termina sua conversa pelo rádio antes de se direcionar a Max — Bom dia senhor, nada que precise se preocupar, apenas alguns incidentes por causa da chuva, logo a estrada será liberada, por favor volte pro carro e espere – o jovem sorria, mas mal sabia ele que esse papo Max sabia de cor. A quantidade de viaturas e o carro da perícia escondido no local deixava claro que não era uma mera ocorrência devido a desastres naturais, olhando por cima das barreiras, o alfa pode ver a reunião de policiais e peritos que estavam por ali, inclusive uma silhueta muito conhecida, sacando seu distintivo da jaqueta ele se apresenta ao rapaz que parecia um beta e novato naquela função — Agora de verdade o que está acontecendo ? – o rapaz meio que congela, sem saber como reagir ao mais velho agora. Max toca seu ombro dando pequenas batidinhas — Tudo bem, está fazendo um ótimo trabalho, não se preocupe eu assumo a responsabilidade – o alfa rapidamente atravessa as faixas amarelas e pretas que separam os civis do local, de fato um deslizamento de terra aconteceu no local, mas isto seria facilmente resolvido, e não exigiria uma força tarefa tão grande, assim que chega bem perto, um dos policiais ali, lhe questiona,  chamando a atenção de todos em volta — Ei você, não pode estar aqui – o homem vem em sua direção lhe repreendendo, mas a voz do comandante da operação surge mais alto atrás do policial — Tudo bem, deixe-o passar, ele pode ajudar mais do que todos nós – o outro alfa lhe sorri esperando que ele se aproxime — Que bom que posso ser útil – Max abraça o amigo lhe dando um tapinha nas costas — É bom te ver Off... Então o que temos aqui ?

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