Pequenos imagines com Josh e Noah(CONCLUÍDA)

FIM

AVISO: ESSE CAP TEM GATILHO! ENTÃO SE VC É SENSÍVEL A QUALQUER TIPO DE CONTEÚDO ENVOLVENDO DOENÇAS PSICÓLOGAS NÃO LEIA!

PROCURE AJUDA.

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As gotas de uma chuva fina molhavam as pessoas que circulavam pela grande New York, umas iam, outras voltavam, mas muitas não pensavam nem na possibilidade de que poderia ser a última vez deles passando por ali, ou que, talvez, poderiam morrer ali mesmo.

S/n e seus melhores amigos nunca pensaram nessa possibilidade também, o que deveriam ter feito pois, quem sabe, poderiam ter aproveitado mais.

Mas mesmo assim eles viviam como loucos, se aventurando por esse mundo sombrio e triste que, para eles, era tão belo quanto a risada de um bebê.

Sempre tiveram problemas, mas nunca se quer ligaram para eles, apenas queriam que um dos três amigos mandasse mensagem perguntando onde iriam nesse final de semana, para terem motivos de esquecer tudo e todos.

Noah, Josh e S/n... Amigos, melhores amigos, irmãos! Ninguém nunca tinha visto tal conexão entre os três, poderia até se dizer que foram os melhores amigos DA HISTÓRIA, mas não se considera assim pois, melhores amigos são chamados assim por um motivo.

Apesar de todos os comentários, nunca ouve nenhum tipo de malícia entre os mesmos, sempre agiram como irmãos, desde o dia em que se conheceram, tinham apenas 6 anos, quando Josh resolveu chamá-los para brincar no parquinho...

Nunca pensamos sobre a morte, e quando pensamos nela, temos a pior imagem possível em nossa mente. Mas mal sabemos que se começarmos a aceita-la ela não é tão horrível quanto pensamos.

Ingênuos ou até tolos. Pensavam que morreriam os três juntos em mais uma de suas aventuras malucas. As vezes chegavam até a rir com a possibilidade de morrer ao lado das pessoas que mais amam, fazendo o que amam.

Mas infelizmente a morte não é tão perfeita, e já tinha tudo planejado. Mal saberiam eles que um simples dia indo até a sua pizzaria preferida poderia ser o último deles. E o pior, não estariam juntos.

S/n estava em casa no momento, o que pra muitos pode ser considerado como "sorte" ou até "livramento". Mas para ela era um azar, a pior coisa que poderia ter ocorrido em toda sua vida.

"Por que eu não estava na porra daquele carro?"

Gritava a todo momento a menina revoltada. E depois apenas pensava nisso o tempo todo.

Ela queria, de alguma forma, ter evitado tudo isso. Talvez evitar a morte deles, ou morrer junto com os mesmos. Muitos podem até pensar que era egoísmo da parte dela, ela apenas não queria sentir essa dor.

Mas não, ela os amava com tudo o que tinha. Ver as pessoas com que mais riu, chorou, brigou e amou, sendo postas dentro de um caixão que será enterrado debaixo da terra e ficará lá para todo o sempre, machucava. Machucava pensar que estava sozinha, sem ninguém. Machucava pensar que eles estariam, daqui alguns anos, quase como pó.

Machucava tanto que ela não tinha forças nem para respirar. Seu coração não queria bater tão forte quanto batia quando todos os três estavam juntos. Ela desejava que ele parasse de vez, para acabar com toda sua dor.

Era como se tudo o que S/n era se foi junto com os garotos.

Ela apenas queria morrer, não importava como, se fosse esfaqueada, baleada, ou até, se ardesse em chamas até que o último pedaço de seu  corpo virasse poeira.

Ela não queria ficar. Não queria suportar tudo aquilo, não queria ter que lidar com a realidade, não queria...

Seu coração — ou o que sobrou dele — estava em um aperto agoniante, a ponto de explodir. Sua alma se encontrava em silêncio, estava ali, ela sabia, mas parecia tão morta quanto seus amigos. Seu corpo era apenas mais um a perambular pela cidade, magnífica, aos olhos de quem ainda tem esperança.