# 𝐭𝐰𝐨

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Maldita genética Baji! Keisuke era tão lindo que fazia o coração de Chifuyu palpitar e assim que foram embora ele se permitiu desmoronar, sentou-se no sofá tentando puxar o ar que parecia pesar nos pulmões, o coração aos galopes machucava o peito pela força com a qual batia. Dez minutos. DEZ FUCKING MINUTOS, e o cheiro amadeirado tinha tomado toda a sala, invadia as narinas do Matsuno que queria gritar.

Ouviu a campainha e olhou para o relógio, 8:05pm. Era Mikey. Quanto tempo tinha ficado senta do naquele sofá esperando o efeito de Keisuke passar? Pelo menos já estava pronto e era só sair. Pegou as chaves, o celular e a carteira, barrou os dedo pelos cabelos ao parar no espelho ao lado da porta, não queria parecer abalado e sorriu ao abrir a porta.

Manjiro era um homem bonito, tinha 32 anos e era chefe geral do hospital onde Hinata comandava a cardiologia, sorriu para Chifuyu lindamente o olhando de cima a baixo e isso o constrangeu, não havia o espírito do flerte da parte de Chifuyu, mas mesmo assim ele se envergonhava com os olhares nada discretos de Mikey.

— Você está muito bonito. —disse o médico sorrindo.

— Obrigado, Mikey. — disse o loiro — Você também está.

— Então vamo? Estou faminto! —pareceu sem graça e Chifuyu agradeceu por isso.

Foram no carro luxuoso de Manjiro conversando sobre o clima e outras futilidades. Mikey fez reserva em um restaurante italiano pois sabia que Chifuyu adorava massas, era atencioso e isso era bom.

Chifuyu optou por Penne no molho branco e Mikey escolheu Raviolli ao molho de camarões, o médico escolheu também o vinho branco Chardonnay branco muito suave.

— E como anda o novo livro? — Manjiro passou a mão pelos cabelos negros bem alinhados.

— Bem encaminhado. — Chifuyu gostava de falar do seu trabalho — Na verdade, acho que entregarei o manuscrito pro Baji no final da semana que vem.

— É difícil trabalhar com o ex-marido? — usou o tom cauteloso.

Chifuyu levou uma garfada até a boca pouco antes de perguntar e ficou incomodado por demorar pata responder ao mastigar e engolir.

— Keisuke é meu agente literário e editor chefe da minha editora, mesmo com tudo o que aconteceu ele continua sendo o melhor na área. — explicou soltando o talher — Mas é primeiro livro que escrevo depois... da separação.

— É muito maduro da sua parte agir assim, poucas pessoas sabem separar o profissional do pessoal. — elogiou ele e o loiro deu um curto sorriso.

— Foi assim com você e Matsuri? — Chifuyu quis saber. Manjiro era bissexual e há cinco anos tinha se divorciado da esposa com que passou três anos, falava muito pouco nela, mas nunca demonstrou uma reluta para falar.

— As coisas com Matsuri foram bem diferentes de você e seu ex-marido. — disse Mikey tomando um gole de vinho. — Não foi triste ou violentamente doloroso, só decidimos que era melhor rompermos antes que o respeito faltasse.

— Isso é ainda mais maduro. — comentou Chifuyu.

— Assim que assinamos os papéis ela foi fazer uma especialização em imunologia em Ohaio. — concluiu o Sano comendo mais e levando uma pequena pausa. — Somos bons amigos agora, até fui ao casamento dela com um outro homem.

— Eu sinto muito. — disse Chifuyu.

— Não havia amor, Fuyu, não fiquei triste e sim feliz por vê-la encontrar alguém que a pudesse fazer feliz como eu não pude. — ele sorriu sincero e Chifuyu o admirou ainda mais. Mikey era um bom homem e infelizmente Chifuyu só conseguia vê-lo como um bom amigo — Pense em como se sentiria se Baji iniciasse um relacionamento com alguém e você soubesse que é uma boa pessoa. Não ficaria feliz?

| 𝐘𝐎𝐔 𝐀𝐑𝐄 𝐌𝐈𝐍𝐄, bajifuyuOnde histórias criam vida. Descubra agora