Não consigo te deixar ir

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Chifuyu acordou com barulho vindo da cozinha, passou no quarto do filho e notou que Yukine já não estava na cama, desceu esfregando os olhos e bocejando. Não pôde deixar de sentir-se nostálgico com a cena que presenciou ao adentrar a cozinha.

Yukine já estava pronto para a escola e estava sentado em cima do balcão de madeira balançando as perninhas, Baji estava segurando uma grande frigideira e sorria para o filho, lançou uma panqueca ora cima cima e a pegou com perfeição fazendo o filho rir e aplaudir.

— Bom dia. — disse fazendo-se notar.

— Bom dia, papai! — Yukine não acordava animado assim há semanas — O papa tá virando panquecas no ar! É legal!

— Bom dia, Chifuyu. — Baji sorriu devolvendo a frigideira ao fogo, ao lado havia uma montanha de panquecas — Espero que esteja com fome.

— Está se sentindo bem? — perguntou sentindo-se em um dos bancos altos do balcão.

— Sim, muito bem. — respondeu o Keuske.

Era desconfortável para Chifuyu, ainda mais depois da conversa que tiveram na noite passada, mas para Baji parecia tudo pelo e natural. Tomaram o café brincando e rindo com Yukine, era uma atmosfera gostosa, inspirava Chifuyu a escrever.

Inui chegou para buscar Yukine e Chifuyu conversou rapidamente com o irmão, depois colocou café para fora e começou a cuidar da louça.

— Eu posso fazer isso. — disse Baji encostando-se ao seu lado.

— Já fez demais, deve descansar. — disse o menor e Baji sorriu.

— Eu fiz panquecas, não dei a volta no quarteirão. — desdenhou fazendo Chifuyu revirar os olhos — Eu disse para o Takemichi vir até aqui hoje para discutimos o manuscrito, tudo bem pra você?

— Claro, eu adoro o Takemichi. — Chifuyu notou a leve careta enciumada de Baji — Não sabia que ia tinha voltado a trabalhar.

— De leve. — explicou — Não quero ficar parado.

— Tudo bem. — Chifuyu secou as mãos — Não deve mesmo.

Baji continuou encostado ao lado de Chifuyu, o loiro o conhecia o suficiente pra saber que ele buscava palavras, retirou o avental e esperou.

— Chifuyu, sobre ontem... — Baji começou e umedeceu os lábios — Obrigado por ter se aberto comigo, fico feliz que tenhamos aberto esse canal de comunicação entre nós.

— Foi bom falar. — confessou o menor — Isso estava me corroendo por dentro.

— Hey. — Baji tomou o rosto de Chifuyu nas mãos, Baji estava próximo e Chifuyu se sentia esquentar, era o efeito que Baji tinha em seu corpo — A partir de agora sempre que algo te incomodar pode me dizer, vamos conversar...

Chifuyu não disse nada, apenas continuou olhando aquele belos olhos tão penetrantes. Foram interrompidos com o som da campainha e Chifuyu se afastou do toque, provavelmente era Takemichi e Baji foi atender.

Takemichi adentrou a cozinha indo diretamente até Chifuyu o abraçando pela cintura, Chifuyu sorriu retribuindo o abraço afetuoso. Por cima do ombro de Takemichi viu Baji trincar o maxilar e se sentar junto ao balcão.

— Bom dia, Fuyu. — disse Takemichi lhe beijando a bochecha.

— Bom dia. — respondeu o Matsuno o soltando — Quer café?

— O seu? Com certeza. — disse Takemichi se sentando junto ao balcão — E então Keisuke, me chamou aqui pra dizer o quanto eu sou maravilhoso?

— Você realmente não me conhecer. — disse Baji claramente mal-humorado, Chifuyu riu — Terminei o seu manuscrito e é bom, mas podemos melhorar.

| 𝐘𝐎𝐔 𝐀𝐑𝐄 𝐌𝐈𝐍𝐄, bajifuyuOnde histórias criam vida. Descubra agora