A garota impulsiva

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Kim Jisoo era uma garota impulsiva.

Ela nunca media as consequências de seus atos, não era do tipo que fazia planos, não se importava, simplesmente agia. Tomava decisões sem pensar a respeito, e depois as consequências batiam na porta. E isso com certeza era o que mais a diferenciava de seu pai. Já que o senhor Kim era o tipo de pessoa que tinha cada movimento friamente calculado antes de tomar alguma atitude por menor que ela fosse, sua filha se comportava movida de acordo com seus impulsos.

Na verdade, havia sido por causa de sua impulsividade que a jovem Kim já tinha feito as maiores loucuras de sua vida, e era por causa dela que agora se encontrava sentada naquela cadeira esperando quase que sua sentença de morte sair.

Foi agindo sem pensar que ela decidiu entrar na equipe de taekwondo aos seis anos. Foi assim quando decidiu perder sua virgindade, foi assim quando sentiu vontade de ficar com uma garota pela primeira vez, e foi agindo por impulso que ela havia decidido entrar na sala da diretora da escola para adulterar sua nota em química.

Claro que deu tudo errado.

O colégio havia feito uma ligação para sua casa praticamente no mesmo dia do ocorrido, ela havia sido pega pelas câmeras de segurança. Câmeras essas que sua amiga Jennie havia ficado responsável por deligar enquanto ela colocava seu "plano infalível" em prática. Mas por algum motivo desconhecido por Jisoo, a garota falhou miseravelmente nessa tarefa. E agora a ela estava torcendo para que a Kim mais nova estivesse bem longe, por que assim que a visse faria questão de sumir com ela da face da terra.

ㅡ Perder um dia de trabalho para resolver seus problemas na escola, eu não acredito nisso ㅡ os pensamentos de Jisoo foram interrompidos pela voz grave e visivelmente furiosa do homem ao seu lado.

A expressão dele evidenciava tudo o que estava sentido com aquilo. Só existia uma coisa na vida que o senhor Kim odiava mais do que beterraba, e essa coisa era faltar as suas obrigações com a empresa. O trabalho era sua segunda família, e as vezes até a primeira. Foram poucas vezes que precisou abrir mão dele para ter que lidar com algum problema pessoal.

A garota suava mais que tampa de marmita enquanto batia o pé impaciente no chão. Quando a diretora Song finalmente deu as caras e pediu para que Jisoo e seu pai entrassem, a Kim fez questão de rezar para todas as entidades que conhecia. Deus, Buda, Odin, Ala, até mesmo pro próprio diabo. Não importava, algum ali deveria resolver. A diretora não fez rodeios, assim que os Kims se ajeitaram em suas cadeiras ela foi logo mostrando o vídeo.

ㅡ Como pode ver senhor Kim, as imagens não mentem. É claramente sua filha ㅡ a diretora articula apontando para a TV enquanto fazia questão e destacar o rosto de Jisoo nas câmeras de segurança. ㅡ Invadir minha sala para adulterar as notas é um crime muito sério. Não podemos deixar essa atitude passar despercebida, ela precisa ser punida. Espero que o senhor entenda.

Calada ela é perfeita | ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora