Capitulo Um

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No dia seguinte, Doyoung saiu do trabalho ao meio dia e meio, passara trinta minutos editando algumas fotos e não percebeu o tempo passar. Como não sentia fome naquele momento, comeu apenas uma barrinha de cereal nutritiva, assim não se sentiria fraco e aguentaria até à noite. Às três da tarde tinha compromisso marcado com o psicólogo agendado pelo amigo, por isso adiantou-se em editar as fotos e deixá-las terminadas, feito isso só precisaria retornar ao estúdio na manhã seguinte. Não que odiasse o emprego — muito pelo contrário, amava o que fazia —, porém gostava de ter o dia livre às vezes.

Parado no sinal vermelho, o homem dirigia com destino ao seu lar, precisava tomar banho e arrumar-se antes de ir para a clínica. Contudo, seus planos foram completamente mudados. Quando o sinal ficou verde, ele voltou a dirigir, mas não demorou para sentir o carro parar abruptamente por conta de uma batida.

Conte até dez, respire fundo e saia calmamente, pensou, seguindo tais instruções e saindo do carro logo em seguida.

— Mil perdões, a culpa foi totalmente minha – o dono do outro carro disse, se aproximando — Não se preocupe, eu pagarei o conserto.

— Querendo ou não, iria pagar do mesmo jeito – Doyoung respondeu, encarando seriamente o outro homem — Por que não prestou mais atenção?

— Acabei acelerando mais do que deveria, me desculpe novamente – o maior tornou a dizer, tirando o celular do bolso e ligando para alguém — Espere um minuto, irei falar com o mecânico.

— Tudo bem, espero que ele venha logo, tenho um compromisso daqui a duas horas e meia.

Enquanto o homem falava com o mecânico pelo celular, Doyoung não deixou de notar o quanto o mesmo era bonito. A camisa branca que usava constratava bem seus braços e tinha o sotaque carregado, o que deixava claro que não era nativo do país. Sua postura também era impecável, e a voz grossa era capaz de deixar qualquer pessoa intimidada.

Virando o rosto para o outro lado, o Kim repreendeu-se por ter reparado em tais detalhes. Por via das dúvidas, resolveu culpar a sua curiosidade em saber se o conhecia ou não.

— Pronto, em cinco minutos o mecânico chegará – o maior avisou, guardando o aparelho móvel novamente.

— Sem problemas...

De braços cruzados, Doyoung permaneceu encostado na parede, sentia uma estranha sensação e não queria conversar no momento. Sem perceber, também era observado. O homem notou os traços delicados dele, seu rosto bem desenhado, o corpo bem atraente, e em sua visão, seu jeito sério e marrento só o deixava mais belo. Mas sabia que o mesmo não sentia interesse amoroso por homens, então achou melhor não puxar assunto.

— Desculpe a ignorância, caí da cama essa manhã – Doyoung disse, tentando ser simpático — Qual o seu nome?

— Tudo bem, acontece – o homem respondeu, deixando um risinho escapar — Pode me chamar de Johnny, e o seu?

— Dongyoung, mas prefiro que me chamem de Doyoung.

Ao ouvi-lo, lembrou do nome e das informações repassadas por Yuta, interligou com o horário do compromisso dito por ele e sorriu. Sem dúvidas, aquela não seria a única vez que conversariam.

Quando o mecânico chegou, voltaram a atenção deles para o serviço e as explicações do profissional, que inspecionava o carro. Feita a inspeção, ele avisou que precisaria levar o automóvel para a oficina, pois seria necessário uma revisão completa por precaução.

— Certo, vou só pegar minha bolsa e já entrego a chave – Doyoung falou, pegando-a no banco do passageiro, em seguida lhe entregando a chave.

— Pode me enviar o valor de tudo quando estiver no ponto – Johnny disse ao mecânico, este que assentiu e voltou ao seu trabalho. Ao vê-lo com aquela bolsa, reconheceu-a e sorriu — É fotógrafo?

Doctor, help me! - JohnDo (Reedição)Onde histórias criam vida. Descubra agora