Que surpresa pode ser essa? Era o que Doyoung se questionava, enquanto escolhia uma roupa para usar naquela noite. Dali a trinta minutos, Johnny passaria para buscá-lo, o local do encontro seria escolha do americano e o mesmo só revelaria quando chegassem. A ansiedade falava alto, mas logo acabaria.
Os minutos se passaram e ele se arrumou, e às dezenove horas, trancou a porta do apartamento e desceu para a frente do prédio. Não demorou para o amado chegar, e sem demora, entrou no carro e o abraçou.
— Oi, tudo bem? – Doyoung perguntou, beijando a bochecha dele.
— Estou melhor agora, sua presença me deixou mais feliz – Johnny respondeu, lhe dando um selinho — Pronto para irmos?
— Sim, vamos – o outro concordou, colocando o cinto de segurança.
Enquanto seguiam caminho, conversavam sobre como fora o dia e quais eram os planos para o fim de semana. Doyoung falou que iria visitar o irmão com a mãe e a irmã, já Johnny continuaria na cidade e sairia com os amigos. A pedido deles, Yuta não contou nada aos demais, a decisão de revelar o compromisso ou não cabia somente a eles.
Pouco tempo depois, chegaram em um restaurante e o carro foi estacionado. Tamanho foi a surpresa do Kim, pois ao reparar melhor o exterior do lugar, logo o reconheceu. Como ele adivinhou? Perguntou-se, enquanto saíam do automóvel e se direcionavam à porta de entrada.
— O que achou daqui? – Johnny perguntou, assim que entraram e escolheram uma mesa, esta que ficava próxima a janela.
— Eu adorei! Você acertou em cheio, esse é o meu restaurante favorito – Doyoung respondeu, observando a decoração do ambiente.
— Sério? Que ótimo então – o Seo sorriu e chamou a garçonete, em seguida pegaram os cardápios e fizeram os pedidos.
Após anotá-los, a mesma se retirou e seguiu para a cozinha, deixando-os sozinhos novamente. O local estava quase cheio, afinal o movimento era maior nos fins de semana. A maioria das mesas eram ocupadas por casais, estes que não ligavam para os outros e prosseguiam falando sobre a belíssima noite e a comida saborosa. Observando-os, Doyoung resolveu fazer o mesmo.
— A noite está linda, não é?
— Sim, mas não mais do que você – Johnny respondeu, dando-lhe um sorriso — O que foi? Só falei a verdade.
— Bobo, não diga essas coisas quando estivermos em público – o coreano disse em voz baixa — Agora vamos tratar de um assunto importante. Você sabe tanto de mim, mas não sei de quase nada relacionado a ti, então me conte.
— Tem razão, bom, irei te contar sobre mim então – ele começou — Ao contrário do que os outros pensam, eu não nasci aqui, e sim nos Estados Unidos. Vim para cá quando iniciei a graduação em psicologia, sempre quis morar e estudar na Coreia do Sul apesar de amar o lugar onde fui criado, felizmente meus pais me apoiaram e ajudaram muito.
— Ter o apoio dos pais é ótimo, principalmente quando se está longe – Doyoung comentou, sem deixar de encará-lo — E como foi a vivência na universidade?
— Uma verdadeira montanha russa, havia dias calmos e dias tempestuosos, mas valia a pena e era meu sonho – Johnny continuou a falar, se recordando dos momentos bons e ruins — Não reclamo de nada, foi lá onde encontrei amigos de verdade, que nunca me abandonaram e estão ao meu lado até hoje.
— E em relação a namoros, você ficou comprometido durante esse tempo ou só curtiu sem se apegar a ninguém?
— Nunca gostei de ficar com um e outro ao mesmo tempo, mas já cheguei a namorar por dois anos uma garota que cursava medicina no mesmo ano que o meu – o americano falou, observando-o — Por quê?
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Doctor, help me! - JohnDo (Reedição)
FanfictionDesesperado por respostas, Doyoung procura a ajuda de um psicólogo para "resolver seu problema com mulheres". Mas o que era pra lhe ajudar a gostar do gênero oposto, só lhe deu a confirmação de que não sentia nenhum interesse amoroso pelo mesmo. Esc...