Capítulo Dezesseis

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Um dia antes do casamento, o fotógrafo organizou os equipamentos que usaria no dia seguinte em seu escritório e preparou-se para ir jantar, esperando que assim melhorasse do cansaço mental. Havia tomado um banho relaxante e vestido seu pijama, tudo o que queria era comer e assistir algum filme até sentir sono, contudo, seus planos foram interrompidos pelo interfone que tocou.

— Quem será? – ele se perguntou, indo atendê-lo — Alô?

— Boa noite, senhor Kim – o porteiro respondeu — Seu amigo quer vê-lo, posso deixar subir?

Antes de dizer mais alguma coisa, Doyoung respirou fundo e ignorou o nervosismo que insistiu em dar as caras.

— Pode sim.

Assim que desligou o interfone, o desespero tomou conta de si. Devo trocar de roupa? Mas não tenho tempo! Tudo bem se ele me ver desse jeito? Droga, não sei o que fazer agora, era só o que Doyoung conseguia pensar naquele momento. Por fim, o que fez foi jogar-se no sofá e aguardou — nervosamente — ouvir o som da campainha.

Cinco minutos depois, a campainha tocou.

No mesmo instante, Doyoung levantou e ajeitou as roupas, se direcionando a porta de entrada logo em seguida. Ao abri-la, viu Johnny e quase perdeu o equilíbrio, ele estava ainda mais lindo do que antes. Havia cortado os cabelos e usava uma camisa azul clara, uma calça levemente apertada, e de bônus, trazia um presente consigo.

— Oi – disse, dando passagem ao outro entrar.

— Oi, obrigado – Johnny falou, entrando após deixar os sapatos ao lado do tapete — Podemos conversar de boa agora?

— Claro, eu estava mesmo esperando por esse dia – Doyoung respondeu, fechando a porta com a chave — Pode ficar à vontade, vou buscar um copo de água pra você.

— Não precisa, estou bem – ao terminar a frase, o Seo entregou-lhe o presente — Toma...

É para mim? o coreano perguntou-se, pegando o mesmo e agradecendo-o. Depois, os dois foram sentar no sofá, para assim, poderem dialogar e se resolverem tranquilamente.

— Eu sei que sou um completo babaca e agi errado, pensei muito no que fiz e me arrependo demais, mas estou aqui para te pedir perdão – Johnny começou a dizer, tremendo de nervosismo — Pode me xingar se quiser, não irei me importar.

— Eu não vou fazer isso – Doyoung continuou, segurando as mãos dele — Tudo bem, está perdoado, apenas me prometa que não fará aquilo outra vez.

— Eu prometo! – o maior exclamou, puxando o outro para um abraço — Obrigado por me perdoar, agora posso respirar melhor.

— Não exagere tanto... Irei abrir o presente agora, com licença.

Sem demora, Doyoung abriu o embrulho e encontrou uma caixa de bombons, uma folha branca dobrada e um porta retrato. De imediato, pegou o último citado e sorriu ao ver a foto, fora do dia que foram à palestra. Depois, desdobrou o papel e percebeu que se tratava de uma declaração.

— Foi você que escreveu? – perguntou a ele, o olhando.

— Em partes, recebi ajuda de uns amigos também – Johnny respondeu, sorrindo fraco e desviando o olhar — Leia, acho que irá gostar.

— Vamos ver – Doyoung disse, começando a ler em voz alta.

"Sempre que te vejo, meu coração acelera
Fico nervoso e não sei como agir, mas quando te abraço, todas as minhas inseguranças desaparecem
Seu sorriso ilumina o meu dia e me deixa completamente alegre
Preciso de você assim como o céu precisa das constelações
Desculpe meus erros, apesar de tudo, saiba que te amo muito."

Doctor, help me! - JohnDo (Reedição)Onde histórias criam vida. Descubra agora